La risa y el riesgo de la prosa: una comparación entre el bocage francés y el sertão brasileño
DOI:
https://doi.org/10.31048/1852.4826.v11.n0.21460Palabras clave:
charla, humor, Sertão de Brasil, chismes, cuerpoResumen
Basado en la etnografía de los Buracos, un pueblo de pequeños agricultores en el norte del interior de Minas Gerais, Brasil, me concentro en momentos de "cisma" en los que ciertas relaciones personales se ponen en riesgo debido a conversaciones truncadas. Este riesgo es objeto de preocupación constante de los agujeros, que en general se proclaman a sí mismos como personas "buenas en prosa" y "consideradas"; contrariamente a los "cismas". Esta preocupación por los riesgos de la prosa mantiene algunos puntos de comparación con las actitudes de miedo y cautela que los agricultores del Bocage francés desarrollan ante el "sistema de brujería" etnografiado por Jeanne Favret-Saada. Esta etnografía sirve aquí, en cambio, para explicar cómo, en los Agujeros, el riesgo de la prosa no es una amenaza para la vida social, sino que, por el contrario, es constitutivo, quizás deseado y buscado a través del humor.Descargas
Referencias
Andriolli, C. S. (2011). Sob as vestes do Sertão, o Gerais: “Mexer com criação” no Sertão do Ibama. Tese de doutorado. Campinas, SP: Unicamp.
Barbosa Neto, E. R. (2012). “O quem as coisas: feitiçaria e etnografia em Les mots, la mort, les sorts”. In: Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 18, n. 37, p. 235-260, jan./jun.
Benites L. F. R. (2010). Olhando da Ribanceira: Perspectivas de Influência e Vulnerabilidade no Vale do Alto-Médio São Francisco. Tese de Doutorado. Museu Nacional, UFRJ, Rio de Janeiro, 2010.
Besnier, N. (2009). Gossip and the everyday production of politics. Honolulu: University of Hawaii Press.
Carneiro, A. (2015a). “O sistema da mexida de cozinha”. In: Comerford, Carneiro e Dainese. (orgs.). Giros etnográficos em Minas Gerais: conflito, casa, comida, prosa, festa, política e o diabo. Rio de Janeiro: 7Letras.
Carneiro, A. (2015b). O povo parente dos Buracos: sistema de prosa e mexida de cozinha. Rio de Janeiro: E-Papers.
Carneiro, A. (2014). “Um causo, um povo, uma televisão: formas análogas”. In: Revista Mana vol. 20, n. 3, dez.
Carneiro, A. (2013). “Os rumos da prosa: parentes chegados, primos cunhados”. In: Revista de Ciências Sociais vol. 44, n. 2. Fortaleza: UFC.
Carneiro, A. (2009). “De moça a esposa: casa, casamento e êxodo feminino no sertão mineiro”. In Revista Desenvolvimento Social da Unimontes, v. 4, p. 37-45.
Carneiro, A. e Dainese, G. (2015). “Notas sobre diferenças e diferenciações etnográficas do movimento”. In Revista Ruris, vol. 09, n. 1.
Comerford, J. C. (2003). Como uma família: sociabilidade, territórios de parentesco e sindicalismo rural. Rio de Janeiro : Relume Dumará.
Comerford, J; Carneiro, A. e Dainese, G. (orgs.). (2015). Giros etnográficos em Minas Gerais: conflito, casa, comida, prosa, festa, política e o diabo. Rio de Janeiro: 7Letras.
Dainese, G. (2011). Chegar ao cerrado mineiro: hospitalidade, política e paixões. Rio de Janeiro: Tese de Doutorado, PPGAS – Museu Nacional/UFRJ.
Darnton, Robert. (2010). O Diabo na Água Benta, ou a arte da calúnia e da difamação de Luis XIV a Napoleão. São Paulo: Companhia das Letras.
De Certeau, M. (1990). L’Invention du quotidien. vol.1 Arts de faire. Paris: Éditions Gallimard.
Deleuze, G. (2006 [1968]). Diferença e repetição. São Paulo: Graal.
Deleuze, G. (2000[1969]). Lógica do sentido. São Paulo: Perspectiva.
Deleuze, G. (1978). Cours de Vincennes. Disponível em: http://www.webdeleuze.com
Deleuze G. e Guattari F. (1980). Mille Plateaux. Paris: Minuit.
Favret-Saada, J. (2005 [1977]). Les mots, la mort, les sorts. Paris: Galimard.
Favret-Saada, J. (1990). "Être affecté", Gradhiva. Revue d'Histoire et d'Archives de l'Anthropologie, 8: 3-9.
Goldman, M.; Viveiros De Castro, E. (2006). Abaeté, rede de antropologia simétrica. Cadernos de Campo, n. 14/15, p. 177-190. (Entrevista concedida a Aristóteles Barcelos Neto, Danilo Ramos, Maíra Santi Bühler, Renato Sztutman, Stelio Marras e Valéria Macedo).
Guedes, A. D. (2013). O trecho, as mães e os papéis: etnografia dos movimentos e durações no norte de Goiás. São Paulo: Garamond.
Huizinga, A, J. (1980 [1938]). Homo Ludens. O jogo como elemento da cultura. São Paulo, Perspectiva.
Jackson, J. (2008). Building publics, shaping public opinion: interanimating registers in Malagasy kabary oratory and political cartooning. Journal of Linguistic Anthropology 18 (2)
Medeiros, C. P. (2011). No rastro de quem anda: comparações entre o tempo do parque e o hoje em um assentamento no noroeste mineiro. Tese de Doutorado. Rio de Janeiro: UFRJ-MN/PPGAS.
Pereira, L. (2012). Os giros do sagrado: um estudo etnográfico sobre as folias em Urucuia, MG. Rio de Janeiro: 7Letras.
Weitzman, R. (2011). Entre a roça e a cidade - um processo de invenção de práticas alimentares e agrícolas. Dissertação do mestrado em Antropologia Social.Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Museu Nacional, UFRJ, Rio de Janeiro.
Palmeira, M. e Almeida, A.W. (1977). “A invenção da migração”. In Projeto Emprego e Mudança Sócio-Econômica no Nordeste – Relatório de Pesquisa. Rio de Janeiro: Museu Nacional.
Zourrabichvili, F. (2004). O Vocabulário de Deleuze. Rio de Janeiro: Relume-Dumará.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Aquellos autores/as que tengan publicaciones con esta revista, aceptan los términos siguientes:
- Los autores/as conservarán sus derechos de autor y garantizarán a la revista el derecho de primera publicación de su obra, el cual estará simultáneamente sujeto a la Licencia de reconocimiento de Creative Commons que permite a terceros compartir la obra siempre que se indique su autor y su primera publicación en esta revista.
- Los autores/as podrán adoptar otros acuerdos de licencia no exclusiva de distribución de la versión de la obra publicada (p. ej.: depositarla en un archivo telemático institucional o publicarla en un volumen monográfico) siempre que se indique la publicación inicial en esta revista.
- Se permite y recomienda a los autores/as difundir su obra a través de Internet (p. ej.: en archivos telemáticos institucionales o en su página web) antes y durante el proceso de envío, lo cual puede producir intercambios interesantes y aumentar las citas de la obra publicada. (Véase El efecto del acceso abierto).