INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO |
N° 6 |
|
|
ISSN 2347 - 0658 |
Vol. 1 Año 2017 |
|
|
ORIGEM, EVOLUÇÃO E EXPANSÃO DOS CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA NO BRASIL1
José Vieira de Sousa2
Universidade de Brasília sovieira1@gmail.com
RECIBIDO: 13/11/2016
ACEPTADO: 20/12/2016
RESUMEN
El objetivo de este artículo es analizar el origen y la evolución de los Cursos Superiores de Tecnología (CSTs) en Brasil, destacándolos como modalidad de oferta de graduación, así como las características de su proceso expansionista, en el país, en el período
-LDBnº 9.394 - en vigor en el país, desde el 20 de diciembre de 1996. El texto está organizado en
cuatro partes, además de las consideraciones
1A discussão feita neste artigo se insere no contexto mais amplo da pesquisa intitulada “Expansão dos Cursos
Superiores de Tecnologia no Brasil: uma análise das tendências e controvérsias no período
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/Brasil). O estudo vem sendo desenvolvido no âmbito do Grupo de Estudos de Políticas de Avaliação da Educação Superior (Gepaes), coordenado pelo autor e sediado na Faculdade de Educação da Universidade de Brasília/Brasil.
2Professor do Programa de
iniciales y finales. En la primera parte se discuten los antecedentes históricos y legales de la implantación de los CST en Brasil, destacándose el pionerismo y aspectos conceptuales y legales del curso de Ingeniería de Operación. La segunda aborda la instalación de los CST en el segmento de la graduación, en el país, considerando los factores políticos y económicos que propiciaron su instalación en el país, a finales de la década de 1960. En la tercera parte del texto el foco de la discusión es la inserción de esos cursos en el marco El contexto de la reforma de la educación profesional y tecnológica, ocurrida a partir de la década de 1990, dando relieve a su organización por el Catálogo Nacional de los Cursos Superiores de Tecnología, creado en 2006 y actualizado en 2010. La última parte trata del proceso expansionista de estos cursos En Brasil, en el período entre 1997 y 2013, considerando datos estadísticos al respecto, la política definida en el país para el sector y su relación con el escenario más amplio de la graduación.
Tecnológica, Educación Superior, Oferta de 218 grado.
ORIGEN, EVOLUCIÓN Y EXPANSIÓN DE LOS CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGÍA EN BRASIL
RESUMO
O objetivo deste artigo é analisar a origem e a evolução dos Cursos Superiores de Tecnologia (CSTs) no Brasil,
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO |
N° 6 |
|
|
ISSN 2347 - 0658 |
Vol. 1 Año 2017 |
|
|
país, no final da década de 1960. Na terceira parte do texto o foco da discussão é a inserção desses cursos no contexto da reforma da educação profissional e tecnológica, ocorrida a partir da década de 1990,
ORIGIN, EVOLUTION AND EXPANSION OF THE HIGHER TECHNOLOGY COURSES IN BRAZIL
SUMMARY
The objective of this article is to analyze the origin and evolution of the Higher Technology Courses (CSTs) in Brazil, highlighting them as modality of graduation offer, as well as the characteristics of its expansionist process, in the country, in the post- Law of Guidelines and Bases - LDB No. 9.394 - in force in the country, since December 20, 1996. The text is organized in four parts, in addition to the considerations Initials and endings. The first part discusses the historical and legal antecedents of the implementation of the CST in Brazil, highlighting the pioneering and conceptual and legal aspects of the course of Operation Engineering. The second deals with the installation of CSTs in the graduation segment, in the country, considering the political and economic factors that led to its installation in the country in the late 1960s. In the third part of the text the focus of The discussion is the insertion of these courses in the context of the reform of professional and technological education, which began in the 1990s, giving prominence to its organization by the National Catalog of Advanced Courses of Technology, created in 2006 and updated in 2010. The last part deals with the expansionary process of these courses In Brazil, in the period between 1997 and 2013, considering statistical data in this respect,
the country's defined policy for the sector and its relation to the broader scenario.
Keywords: Professional and Technological Education, Higher Education, Graduate Trainning.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS |
|
||
O objetivo deste artigo é analisar a |
|
||
origem e a evolução dos Cursos Superiores |
|
||
de Tecnologia (CSTs) no Brasil, destacando- |
|
||
os como modalidade de oferta de graduação, |
|
||
bem como as características do seu processo |
|
||
expansionista, no país, no período |
|
||
Diretrizes e Bases – LDBnº 9.394 – em vigor |
|
||
no país, desde 20 de dezembro de 1996. |
|
||
Do ponto de vista temático, a |
|
||
reflexão |
|
||
definidas para a educação superior3 brasileira, |
|
||
nas duas últimas décadas. Neste cenário, |
|
||
|
|||
referida lei para a diversificação de |
|
||
instituições e |
cursos superiores |
no país. A |
219 |
discussão proposta parte da tese de que o |
|
||
|
|||
surgimento, a natureza e o processo de |
|
||
expansão desses cursos no Brasil se inserem |
|
||
no complexo |
e heterogêneo |
cenário da |
|
3De acordo com Weber (2012), na formulação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), em 2003, no Brasil, a expressão ensino superior foi substituída por educação superior com a finalidade de destacar a dimensão formativa e educativa inerente à formação nesse nível educacional, bem como ressaltar o compromisso com o uso social do conhecimento, na perspectiva de aprofundamento da construção da cidadania e da democracia. Essa mudança apresenta a educação como direito e como bem público, em um plano mais geral e, em um plano mais específico, a educação superior como tendo a missão de “formar cidadãos, profissional e cientificamente competentes e ao mesmo tempo, comprometidos com o projeto social do país”
(INEP, 2005, p. 10). É importante frisar que essa redenominação não foi apenas da nomenclatura, mas diz respeito, sobretudo, ao reconhecimento do papel da educação superior como espaço para formação e crítica. Em consequência, neste artigo, a expressão ensino superior será utilizada quando nos referirmos a períodos anteriores ao sancionamento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96 de 20 de dezembro de 1996, e educação superior à época posterior à promulgação da referida lei.
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO |
N° 6 |
|
|
ISSN 2347 - 0658 |
Vol. 1 Año 2017 |
|
|
educação superior, que combina uma
diversidade crescente de instituições, docentes, alunos, propostas, funções e orientações.
Um grande número de estudos indica uma expansão quantitativa dos sistemas de educação superior e o aumento de sua relevância na ordem social do mundo contemporâneo, em meio às tensões inerentes à relação público/privado instalada em seu interior e à diversidade de propostas que neles ganham vida (Guadilla, 2008; Morosini, 2011; Sguissardi, 2015; Sousa, 2006; 2012). Ao manter complexas relações com os sistemas, econômico, político e social, esse nível educacional tem se mostrado como fator básico no processo de transformação social e não apenas um simples reflexo das relações econômicas, sociais e culturais que o determinam (Sousa, 2013, 2015).
Nesse cenário, a investigação dos CSTs ganha relevância, visto que eles traduzem a opção pela expansão de graduações tecnológicas, ofertadas por um expressivo número de instituições, dotadas de características bem distintas e peculiares tanto no setor público quanto no setor privado.4
Estruturalmente, o presente texto está organizado em quatro partes, além das considerações iniciais e finais. Na primeira parte são discutidos os antecedentes históricos e legais da implantação dos CSTs no Brasil,
4São muitas as diferenças entre as instituições de educação superior (IES) no Brasil, especialmente quando se busca um contraste entre os setores público e privado. No âmbito deste último, uma IES pode
Engenharia de Operação. A segunda aborda
a instalação dos CSTs no segmento da graduação, no país, considerando os fatores políticos e econômicos que propiciaram sua instalação no país, no final da década de 1960. Na terceira parte do texto o foco da discussão é a inserção desses cursos no contexto da reforma da educação profissional e tecnológica, ocorrida a partir da década de 1990,
ANTECEDENTES HISTÓRICOS E
LEGAIS DOS CSTs NO BRASIL
|
Em uma perspectiva histórica, na |
220 |
||||
|
|
|||||
legislação educacional brasileira é possível |
|
|||||
encontrar diferentes denominações sobre a |
|
|||||
educação profissional e tecnológica, as quais |
|
|||||
traduzem distintas nuances dessa modalidade |
|
|||||
educacional. Para Fidalgo e Machado (2000), |
|
|||||
tais denominações |
|
são diversas: ensino |
|
|||
técnico, |
ensino |
|
profissional, |
educação |
|
|
profissional, formação profissional, educação |
|
|||||
técnica, |
qualificação |
profissional, educação |
|
|||
profissional |
técnica, |
educação |
profissional |
|
||
tecnológica |
e |
educação |
profissional |
|
||
tecnológica, que é a mais recente e |
|
|||||
abrangente, em termos epistemológicos. |
|
|||||
|
O reconhecimento do sentido e |
|
||||
alcance da nomenclatura atual – educação |
|
|||||
profissional e tecnológica – conforme |
|
|||||
legislação em vigor é relevante para uma |
|
|||||
adequada compreensão da origem e evolução |
|
|||||
dos CSTs no Brasil, de maneira articulada a |
|
|||||
diversos fatores de natureza política, social e |
|
|||||
econômica das décadas de 1960 e 1970. |
|
|||||
Nesse |
período, |
|
ocorreram |
mudanças |
|
|
significativas na consolidação desses cursos e |
|
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO |
N° 6 |
|
|
ISSN 2347 - 0658 |
Vol. 1 Año 2017 |
|
|
grandes debates que contribuíram para a revisão de seus pressupostos e objetivos.
Com a criação da primeira Lei de Diretrizes e Bases do país – LDB nº 4.024/61 (Brasil, 1961) – algumas mudanças são implementadas no sistema de ensino superior da época permitindo, dentre outras medidas, a criação de cursos diferenciados. Neste sentido e com base no artigo 104 da referida lei5é criado o curso de Engenharia de Operação, por meio do Parecer 60/63 do Conselho Federal de Educação/CFE (Brasil, 1963), considerando que havia outro dispositivo que disciplinava a organização das várias modalidades dos cursos de engenharia
–Parecern° 280/626(Brasil, 1962).
O curso de Engenharia de Operação era de curta duração e tinha o intuito de atender as demandas da indústria, sobretudo da automobilística. Em virtude do desenvolvimento tecnológico, o perfil do profissional desejado era o de um trabalhador capaz de lidar com situações voltadas para o cotidiano da produção, face às atividades práticas que emergiam de um setor em ascensão. Ele visava suprir gradativa e crescentemente as necessidades de dirigentes, supervisores e condutores de operações industriais, contando com um currículo mínimo de três anos fixado pelo Parecer CFE nº 25/65 (Brasil, 1965). Defendendo uma
formaçãoprofissional-tecnológica, predominantemente prática e necessária à
5 O artigo 104 da LDB 4.024/61 trata da organização de cursos ou escolas experimentais, com currículos, métodos e períodos escolares próprios.
6 O Parecer CFE nº 280/62 (Brasil, 1962) fixa o currículo mínimo e determina a duração do curso de Engenheiros Civis, Engenheiros Mecânicos, Engenheiros Eletricistas, Engenheiros Metalurgistas, Engenheiros de Minas, Engenheiros Navais e Engenheiros Químicos. Os conteúdos de cada currículo foram divididos em dois grupos: matérias básicas e matérias de formação profissional. Cada grupo, e principalmente o de formação profissional, poderia ser complementado com outros conteúdos de modo a dar ênfase a determinados domínios da Engenharia ou da Tecnologia, permitindo maior especialização das respectivas profissões.
condução dos processos industriais, esse
curso não deveria e nem poderia ser criado fora dos meios industriais. A regulamentação do seu funcionamento em estabelecimentos de ensino de engenharia ocorreu pelo Decreto Federal nº 57.075/65 (Brasil, 1965). Para a obtenção do diploma, o número de horas não deveria ser inferior a 2.200 dadas em aulas teóricas e práticas, sendo o currículo complementado com disciplinas específicas para cada modalidade.
Todavia, os cursos de Engenharia
de Operação duraram apenas aproximadamente dez anos, fato que se explica por duas razões básicas: (i) currículo, quase que exclusivamente, dedicado à engenharia mecânica, embora tivesse que
contemplar componentes curriculares voltados para elétrica e eletrônica; (ii) reação dos engenheiros à denominação de “Engenheiro de Operação” aos novos profissionais, alegando que a nomenclatura
atribuída aos últimos poderia gerar confusões 221 e permitir abusos em prejuízo dos serviços prestados na área. Em 1972, uma comissão de especialistas constituída pelo Ministério da Educação (MEC) recomendou a extinção, de forma gradativa, desses cursos, pelo fato de o profissional formado por eles não ter mais espaço nas indústrias. A comissão também propôs alterar seu nome para Engenharia Industrial, com a elaboração de um novo currículo e cargas horárias similares às outras habilitações da engenharia. Tal proposta foi analisada pelo Parecer CFE nº 4.434/76 (Brasil, 1976), que acatou as recomendações
feitas pela comissão, ressaltando que havia dois perfis de profissionais de nível superior, os engenheiros e os tecnólogos.7
7 O cargo de tecnólogo aparece caracterizado na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), criada pelo Decreto Federal n.º 94.664/87 (Brasil, 1987), com a seguinte descrição: “estudar, planejar, projetar, especificar e executar projetos específicos da área de atuação”. Entretanto, esta versão da CBO foi substituída e atualizada em 2002, pela Portaria nº 397/02. Esta inclui o exercício profissional do tecnólogo, formado em curso superior de nível tecnológico, com atribuições ampliadas desde o planejamento de serviços, a implementação de atividades a
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO |
N° 6 |
|
|
ISSN 2347 - 0658 |
Vol. 1 Año 2017 |
|
|
A Resolução CFE n° 05/77 (Brasil, 1977) revogou o currículo do curso de Engenharia de Operação, prevendo a data limite de 1º de janeiro de 1979 para a suspensão dos concursos vestibulares desse curso, devendo as instituições que os ofertavam resguardar o direito dos alunos
matriculados. Elas deveriam, ainda, comunicar ao CFE as providências tomadas para a extinção dos seus cursos, o que permitiu sua conversão em outros voltados para a formação de tecnólogos ou em habilitações do curso de engenharia. Em termos práticos, as universidades poderiam extinguir o curso de Engenharia em Operação ou
INSTALAÇÃO DOS CSTs NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NACIONAL
A compreensão da implantação dos CSTs na década de 1960, no país, requer
sentido específico da modernização, relacionado aos interesses da nação que avançava com seu pensamento hegemônico nas esferas política e econômica – Estados Unidos. O desenvolvimento pretendido não estava atrelado apenas à economia, mas
administração e gerência de recursos, a promoção de mudanças tecnológicas até o aprimoramento das condições de segurança, qualidade, saúde e meio ambiente. (Brasil, 2002a)
também à ciência, à tecnologia e ao sistema
educacional. Além disso, a implantação do regime militar, que teve origem com o Golpe de 1964, gerou retrocessos e impedimentos, sobretudo, no que se refere à economia, que se tornou cada vez mais dependente de outros países. Ao mesmo tempo, o mesmo governo adotou medidas que restringiam as liberdades das universidades, dando início a um processo de modernização das instituições de ensino superior que atingiam, diretamente, as estruturas institucionais, em termos de gestão, bem como a pesquisa.
Para Favretto e Moretto (2013) o desenvolvimento das graduações tecnológicas tem suas raízes na Reforma Universitária de 1968, instituída pela Lei nº 5.540 (Brasil, 1968), ao propor a instalação e o funcionamento de cursos profissionais de curta duração. Sendo assim, essa reforma deu origem aos CSTs como um modelo de ensino superior alternativo ao modelo universitário,
oferecendo cursos com flexibilidade 222 curricular, mais práticos e rápidos, para atender as demandas empresarias e de desenvolvimento,
18 e 23 da lei. Assim, os CSTs começaram a ser ofertados na educação profissional do país, com mais força, nos anos 1970, em função da necessidade de formação e qualificação de trabalhadores para o modelo
de industrialização e modernização desenhado pelo governo brasileiro, na década anterior (Takahashi, 2010).
Em 1969, o
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO |
N° 6 |
|
|
ISSN 2347 - 0658 |
Vol. 1 Año 2017 |
|
|
Por meio do Parecer n° 50/70, o Conselho Estadual de Educação de São Paulo autorizou o funcionamento dos primeiros cursos de tecnologia da referida instituição, cujo egresso seria responsável por preencher a lacuna existente entre o engenheiro e a mão de obra especializada. No mesmo ano, o Parecer CFE nº 278/70 determinou que esses cursos não deveriam ser denominados como de curta duração, mas de duração média. Disso
Todavia, é preciso ter clareza que a expansão da oferta dos CSTs, no início da década de 1970,
ideológico que deveria inspirar a universidade. Desse ponto de vista, a implantação gradativa dos cursos de curta duração serviria de subsídio para integrar a universidade à realidade, fundamentada nas necessidades da comunidade. Por outro lado, as transformações
Neste contexto, ganha destaque o Parecer nº 1.060/73 (Brasil, 1973), que trata da formação de Técnicos Mecânicos de Nível Superior, na modalidade Manutenção e Operação Industrial. Nele era destacada a conveniência de que os cursos técnicos de nível superior na área de Tecnologia passassem a ser chamados “Cursos Superiores de Tecnologia” e seus diplomados de “Tecnólogos”. Era subjacente a esta proposta a ideia de que a denominação dada aos egressos dos cursos traduziria melhor o profissional formado em uma instituição que visava à formação de um especialista em determinado ramo da tecnologia. Nesse mesmo ano, foram aprovados pelo CFE os seguintes cursos: (i) Formação de Tecnólogos Mecânicos de Nível Superior; (ii) Formação
de Tecnólogos de Nível Superior em |
|
|
Processamento de Dados; (iii) Formação de |
|
|
Tecnólogos em Análise Química Industrial |
|
|
em Nível Superior. Para Takahashi (2010), as |
|
|
novas diretrizes contribuíram para que, entre |
|
|
1973 e 1975, os cursos de curta duração |
|
|
fossem expandidos, passando a ser |
|
|
ministrados em dezenove instituições, sendo |
|
|
a maioria universidades e instituições |
|
|
federais. À época, havia vinte e oito novos |
|
|
cursos: dois na Região Norte, oito na |
|
|
Nordeste, nove na Sudeste, três na Sul e seis |
|
|
na |
|
|
autor, neste contexto de expansão, ainda que |
|
|
o Projeto Setorial nº 15, do II Plano Setorial |
|
|
de Educação e Cultura |
|
|
reforçado o incentivo aos CSTs visando sua |
|
|
melhoria, as recomendações não foram |
|
|
amplamente acatadas, gerando a oferta de |
|
|
cursos sem os requisitos mínimos necessários |
|
|
para a qualidade esperada. Por sua vez, |
|
|
Vitorette (2001) afirma que o número de |
|
|
cursos superiores de curta duração cresceu |
223 |
|
rapidamente, no Brasil, atingindo, em 1980,o |
||
|
||
expressivo total de 138 cursos. |
|
Éneste contexto que a Resolução CFE nº 12/80 (Brasil, 1980) dispõe sobre a nomenclatura dos CSTs nas áreas de Engenharia, Ciências Agrárias e Ciências da Saúde. À luz desse dispositivo legal, cada CST poderia abarcar várias modalidades, correspondentes a setores mais especializados que constituíssem seu objetivo. Em termos de titulação, o profissional formado receberia a denominação de tecnólogo, com a qualificação e a modalidade dada pelo respectivo curso.
Nos anos de 1980, muitos CSTs foram extintos no setor público, passando o crescimento de sua oferta a ser feita nas instituições privadas. Todavia, em um cenário de estabelecimentos com perfis bastante diferenciados, nem sempre isto se deu por vocação, mas para aumentar o número de cursos superiores oferecidos, visando à futura transformação daqueles em universidade,
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO |
N° 6 |
|
|
ISSN 2347 - 0658 |
Vol. 1 Año 2017 |
|
|
conforme relata o Parecer Nº 436/2001 (Brasil, 2001), emitido pelo CNE. Para
Andrade (2009), do final da década de 1980 até a década de 1990, as instituições superiores privadas, em sua maioria de pequeno porte, passaram a se credenciar como universidades a partir de processos de fusão, como estratégia para ter autonomia para criação e extinção de cursos. Assim, passou a existir um grande número de universidades privadas não confessionais, também interessadas na oferta dos CSTs.
OS CSTs E A REFORMA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÔGICA
Ainda que dedique um capítulo específico à educação profissional, dentro do título que se refere aos níveis e modalidades de educação e ensino, com ênfase ao
desenvolvimento de competências profissionais, a LDB nº 9.394/96 é omissa em relação à expressão “Cursos Superiores de Tecnologia” (Souza, 2012). Essa omissão ocorre em um contexto de uma expressiva reforma de educação profissional e tecnológica ocorrida no país, a partir da década de 1990, e que foi acompanhada de vários instrumentos normativos. Na prática, a reorganização dessa modalidade trouxe uma nova perspectiva de ingresso à educação superior no Brasil.
A instituição das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Tecnológico, por meio da Resolução CNE nº 3/2002 (Brasil, 2002b), em 2002, permitiu direcionar a organização, o funcionamento dos CSTs e a definição dos critérios e dos objetivos da educação tecnológica, em uma perspectiva mais ampla. Desse ponto de vista, elas constituíram uma tentativa de romper com o preconceito histórico nacional de associar a educação profissional à formação de classes sociais menos favorecidas. Além disso, revelam a compreensão de que a educação profissional
de nível superior é “fundamentada no
desenvolvimento do conhecimento
tecnológico e na realidade do mundo do trabalho.” (Takahashi, 2010, p. 392)
Em 2008, ocorreram significativas alterações em dispositivos da LDB nº 9.394/96, com vistas a redimensionar, institucionalizar e articular as ações da educação profissional e tecnológica. A Lei nº. 11.741/08 (Brasil, 2008) alterou o capítulo III do título V daquela lei, que antes era “Da Educação Profissional” para “Da Educação Profissional e Tecnológica” e atualizou as nomenclaturas dos cursos e programas previstas no Art. 39, § 2o, Inciso III, “de educação profissional de nível tecnológico” para “de educação profissional tecnológica de graduação e
deste artigo.224 Para Souza (2012), no contexto da
reforma em questão, o primeiro documento a tratar diretamente dos CSTs foi o Parecer CNEnº 436/01 (Brasil, 2001). Esse dispositivo analisou a trajetória dos cursos de curta duração, indicou as primeiras diretrizes sobre eles, regulamentou a sua oferta, identificou as áreas profissionais, estabeleceu as cargas horárias mínimas para as diferentes áreas no intervalo de 1.600 a 2.400 horas e mencionou sua implementação pelas
instituições superiores que possuem diferentes organizações acadêmicas.
Entretanto, apesar se situarem como cursos de graduação com características especiais e estando submetidos a seguir as referidas diretrizes, no contexto atual, os CSTs apresentam determinadas limitações, como aquelas relacionadas ao próprio mercado de trabalho. Conforme apontam Campello et al (2009), é comum conselhos profissionais regulamentarem medidas que visem garantir a certas áreas o desempenho por profissionais egressos dos cursos de
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO |
N° 6 |
|
|
ISSN 2347 - 0658 |
Vol. 1 Año 2017 |
|
|
bacharelado. Apesar disso, Machado e Mesquita (2013) caracterizam o perfil dos
estudantes que buscam esses cursos como pessoas majoritariamente de 18 a 30 anos, com atuação profissional nas áreas afins ao curso ou em área diversa com a pretensão de realizar a capacitação para ter outras oportunidades no mercado de trabalho. Os mesmos autores apontam que a oferta privada de cursos tende a atender às demandas de mercado,
àmedida que é pautada em pesquisas de marketing, e que garante a competitividade do setor. Em contrapartida, os CSTs da rede pública são, por vezes, voltados para uma educação com ligação ao desenvolvimento sustentável e regional.
Com efeito, a proposta curricular dos CSTs prevê duração mais curta da formação comparada aos cursos de graduação. Esse direcionamento vai ao encontro do que recomenda o Parecer CNE nº 776/97 (Brasil, 1997) de
apresentou orientações às diretrizes curriculares dos cursos de graduação, com base na flexibilidade para a organização de cursos e carreiras apontada pela LDB nº 9.394/96.
No contexto da reforma da educação profissional e tecnológica, um importante marco legal na organização dos CSTs foi a elaboração do Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia, em 2006, com as denominações dos cursos, perfil profissional para cada curso, carga horária mínima e infraestrutura recomendada. Para Rocha (2009), tal esforço indica a intenção de controle sobre a oferta desses cursos, ao relacionar o seu reconhecimento às
denominações constantes no catálogo. Quanto à carga horária mínima, mesmo
depois das mudanças realizadas pelo catálogo |
|
|||||
e confirmadas pelo Parecer CNE277/2006 |
|
|||||
(Brasil, 2006), não houve modificações. |
|
|||||
A versão preliminar desse catálogo |
|
|||||
foi disponibilizada no sítio eletrônico oficial |
|
|||||
do Ministério da Educação para consulta da |
|
|||||
sociedade civil e da comunidade acadêmica, |
|
|||||
pelo prazo de 30 dias para o recebimento de |
|
|||||
sugestões, estabelecido pela Portaria nº |
|
|||||
1.024/2006 |
(Mec, |
2006). |
Finalizados os |
|
||
trabalhos, os quais foram regulamentados |
|
|||||
pela Portaria n°12/2006 (Brasil, 2006), o |
|
|||||
Catálogo passou por atualizações e novas |
|
|||||
inclusões.8 |
|
|
|
|
|
|
Por meio da Secretaria de Educação |
|
|||||
Profissional e Tecnológica (Setec), o MEC |
|
|||||
atualizou o referido catálogo em 2010, |
|
|||||
ocasião em que foi publicada a sua segunda |
|
|||||
edição. De acordo com o referido órgão, o |
|
|||||
catálogo objetiva ser um guia de referência |
|
|||||
para “estudantes, |
educadores, instituições |
225 |
||||
ofertantes, sistemas e redes de ensino, |
||||||
|
||||||
entidades |
representativas |
de |
classes, |
|
||
empregadores e o público em geral” (Mec, |
|
|||||
2010, p. 8). |
|
|
|
|
|
|
Em síntese, o catálogo apresenta |
|
|||||
denominações, perfil do |
egresso, |
carga |
|
horária mínima e infraestrutura recomendada para 112 graduações tecnológicas organizadas em 13 eixos tecnológicos, conforme descrito no Quadro 1.
8 O Curso Superior em Processos Ambientais e o Curso Superior de Tecnologia Oftálmica foram incluídos no Catálogo por meio da Portaria n° 282/2006 (Brasil, 2006)
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO |
|
|
|
|
N° 6 |
||||||||||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
||||||
ISSN 2347 - 0658 |
|
|
|
|
|
|
|
Vol. 1 Año 2017 |
|||||||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
||||
|
|
|
|
|
|
|
contribuído para |
||||||||
|
Quadro 1 – Eixos e Cursos Superiores de Tecnologia |
|
|
|
|
|
|
|
|
||||||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
EIXOS |
|
|
CURSOS |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Ambiente e Saúde |
|
|
Gestão Ambiental, Gestão Hospitalar, |
Oftálmica, Radiologia, |
Saneamento |
|
|||||||
|
|
|
|
Ambiental e Sistemas Biomédicos. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|||
|
|
Apoio Escolar |
|
|
Processos Escolares |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Controle e |
|
|
Automação Industrial, Eletrônica Industrial, Eletrotécnica Industrial, Gestão da |
|
|||||||||
|
|
|
|
Produção |
Industrial, |
Manutenção |
de |
Aeronaves, |
Manutenção |
Industrial, |
|
|
|
||
|
|
Processos |
|
|
|
||||||||||
|
|
|
|
Mecânica de Precisão, Mecatrônica Industrial, Processos Ambientais, Processos |
|
|
|
||||||||
|
|
Industriais |
|
|
|
||||||||||
|
|
|
|
Metalúrgicos, Processos Químicos e Sistemas Elétricos. |
|
|
|
|
|
|
|||||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|||||
|
|
|
|
|
Comércio Exterior, Gestão Comercial, Gestão da Qualidade, Gestão de |
|
|
||||||||
|
|
Gestão e Negócios |
|
|
Cooperativas, Gestão de Recursos Humanos, Gestão Financeira, Gestão Pública, |
|
|
||||||||
|
|
|
|
Logística, Marketing, Negócios Imobiliários, Processos Gerenciais e |
|
|
|
|
|||||||
|
|
|
|
|
|
|
|||||||||
|
|
|
|
|
Secretariado. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Hospitalidade e |
|
|
Eventos, Gastronomia, Gestão Desportiva e de Lazer, Gestão de Turismo e |
|
|||||||||
|
|
Lazer |
|
|
Hotelaria |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Banco de Dados, Geoprocessamento, |
|
|
||||||||
|
|
Informação e |
|
|
Gestão da Tecnologia da Informação, Gestão de Telecomunicações, Jogos |
|
|
||||||||
|
|
Comunicação |
|
|
Digitais, Redes de Computadores, Redes de Telecomunicações, Segurança da |
|
|
||||||||
|
|
|
|
|
Informação, Sistemas de Telecomunicações, Sistemas para Internet e Telemática. |
|
|
||||||||
|
|
|
|
|
Agrimensura, Construção de Edifícios, Controle de Obras, Estradas, Gestão |
|
|||||||||
|
|
Infraestrutura |
|
|
Portuária, Material de Construção, Obras Hidráulicas, Pilotagem Profissional de |
|
|||||||||
|
|
|
|
Aeronaves, Sistemas de Navegação Fluvial, Transporte Aéreo e Transporte |
|
|
|
||||||||
|
|
|
|
|
|
||||||||||
|
|
|
|
|
Terrestre. |
|
|
|
|
|
|
226 |
|
||
|
|
|
|
|
Comunicações Aeronáuticas, Fotointeligência, Gerenciamento de Tráfego Aéreo, |
|
|
|
|
||||||
|
|
|
|
||||||||||||
|
|
Militar |
|
|
Gestão e Manutenção Aeronáutica, Meteorologia Aeronáutica e Sistemas de |
|
|
||||||||
|
|
|
|
|
Armas |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Produção |
|
|
Agroindústria, Alimentos, Laticínios, Processamento de Carnes, Produção de |
|
|||||||||
|
|
Alimentícia |
|
|
Cachaça, Viticultura e Enologia. |
|
|
|
|
|
|
|
|
||
|
|
|
|
|
Comunicação Assistiva, Comunicação Institucional, Conservação e |
|
|
||||||||
|
|
Produção Cultura |
|
|
Restauro,Design de Interiores, Design de Moda, Design de Produto, Design |
|
|
||||||||
|
|
e Design |
|
|
Gráfico, Fotografia, Produção Audiovisual, Produção Cênica, Produção Cultural, |
|
|
||||||||
|
|
|
|
|
Produção Fonográfica, Produção Multimídia e Produção Publicitária. |
|
|
|
|
|
|||||
|
|
Produção |
|
|
Biocombustíveis, Construção Naval, |
Fabricação Mecânica, Papel |
e Celulose, |
|
|||||||
|
|
|
|
Petróleo e Gás, Polímeros, Produção de Vestuário e Produção Gráfica, Produção |
|
|
|
||||||||
|
|
Industrial |
|
|
|
||||||||||
|
|
|
|
Joalheira, Produção Moveleira, Produção Sucroalcooleira e Produção Têxtil. |
|
|
|
||||||||
|
|
|
|
|
|
||||||||||
|
|
Recursos |
|
|
Agroecologia, Agronegócio, Aquicultura, Cafeicultura, Horticultura, Irrigação e |
|
|
||||||||
|
|
|
|
Drenagem, |
Produção |
de Grãos, Produção Pesqueira, |
Rochas Ornamentais e |
|
|
|
|
||||
|
|
Naturais |
|
|
|
|
|||||||||
|
|
|
|
Silvicultura. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
||
|
|
Segurança |
|
|
Gestão de Segurança Privada, Segurança no Trabalho, Segurança no Trânsito, |
|
|||||||||
|
|
|
|
Segurança Pública e Serviços Penais. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Fonte: Organizado com base no Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia (Mec, 2010)
Com efeito, em um cenário no qual a oferta dos CSTs acontece em grande expansão e diversificação, a nomenclatura dada pelo Catálogo a esses cursos tem
diversificado campo da educação superior brasileira.
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO |
N° 6 |
|
|
ISSN 2347 - 0658 |
Vol. 1 Año 2017 |
|
|
EXPANSÃO DOS CST NO BRASIL NO PERÍODO
A discussão feita nas seções anteriores a respeito da origem e evolução dos CSTs no Brasil foi importante para uma melhor compreensão do seu recente processo de expansão no Brasil, que será feita nesta parte do artigo com base em dados estatísticos relativos aos últimos vinte anos.
mostram que o movimento de expansão
Nesta lógica, os dados mostrados na Tabela 1 dizem respeito à evolução dos cursos de graduação, de maneira geral, e dos CSTs, em particular, no período entre 1999 a 2013, no Brasil.
No que tange aos cursos de graduação, em geral, ofertados em instituições públicas e privadas, os dados crescimento destes últimos, no recorte de interesse para este artigo.
Tabela 1 – Evolução do número de cursos de graduação, no Brasil
Evolução do número de cursos de graduação
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Ano |
|
Graduação, em |
|
|
Variação da graduação |
|
Cursos Superiores de Tecnologia |
|
Variação CSTs |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|||||
|
|
|
geral |
|
|
em geral |
|
(CSTs) |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|||||||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
1999 |
|
8.878 |
|
|
|
317 |
|
|
|
|
||
|
2000 |
|
10.576 |
|
|
19,10% |
|
364 |
|
14,80% |
|
|
|
2001 |
12.155 |
|
14,90% |
446 |
22,50% |
|
|
|
|||||
|
2002 |
|
14.396 |
|
|
18,40% |
|
636 |
|
42,60% |
|
|
|
2003 |
16.438 |
|
14,20% |
1.142 |
79,60% |
|
|
227 |
|||||
|
2004 |
|
18.644 |
|
|
13,40% |
|
1.804 |
|
58,00% |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|||||
2005 |
20.407 |
|
9,50% |
2.525 |
40,00% |
|
|
|
|||||
|
2006 |
|
22.101 |
|
|
8,30% |
|
3.037 |
|
20,30% |
|
|
|
2007 |
23.488 |
|
6,30% |
3.702 |
21,90% |
|
|
|
|||||
|
2008 |
|
24.719 |
|
|
5,20% |
|
4.355 |
|
17,60% |
|
|
|
2009 |
27.827 |
|
12,60% |
4.691 |
7,70% |
|
|
|
|||||
|
2010 |
|
24.508 |
|
|
|
4.999 |
|
6,60% |
|
|
|
|
2011 |
24.942 |
|
1,80% |
5.478 |
9,60% |
|
|
|
|||||
|
2012 |
|
25.897 |
|
|
3,80% |
|
5.969 |
|
9,00% |
|
|
|
2013 |
30.791 |
|
18,90% |
6.363 |
6,59% |
|
|
|
Fonte: Microdados do Censo da Educação Superior e Resumos Técnicos (Inep,
Após mostrar a expansão dos cursos de graduação como um todo, no Brasil, no período eleito para estudo, e sua relação com os CSTs, passemos à análise do processo de crescimento destes últimos, no recorte de interesse para este artigo.
Os retratos quinquenais do período entre 1997 e 2012, trazidos pelo Gráfico 1
número total de cursos aumentou cerca de seis vezes, passando de 636, em 2002, para 3.803 cursos em 2007, o que corresponde a um aumento da ordem de 498,0%. No período imediatamente anterior, entre 1997 e 2002, embora bastante significativo, o crescimento de cursos conseguiu apenas
9Os dados oficiais disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, via Censo da Educação Superior, que coleta dados anualmente, só separa os cursos presenciais daqueles ofertados a distância a partir de 2007.
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO |
N° 6 |
|
|
ISSN 2347 - 0658 |
Vol. 1 Año 2017 |
|
|
triplicar o seu total. Enquanto isso, entre 2007 e 2012, o ritmo foi menor ainda, visto que o total de cursos nem dobrou.
Gráfico 1 – Evolução do número de CSTs por modalidade (Brasil,
Presencial Distância Total
5619 5969
3702 3803
194 194 636 636
101
350
1997
2002
2007
2012
Fonte: Censo da Educação Superior (Inep,
Os dados sistematizados no próximo gráfico demonstram que os primeiros quinze anos após a promulgação da LDBnº 9.394/96 foram marcados por um expressivo incremento no número de CSTs no Brasil. Assim, em 1997,
penúltimo ano definido neste estudo para a |
|
|
análise da expansão desses cursos, os dados |
228 |
|
indicavam um total de 5.969 cursos, como |
||
|
||
mostrado na Tabela 1. O gráfico a seguir mostra |
|
|
|
||
a evolução desses cursos, ano a ano, contribuindo |
|
|
para uma melhor percepção das oscilações no |
|
|
processo. |
|
Gráfico 2 – Número de CSTs presenciais e a distância ofertados no Brasil entre 1997 e 2012
Fonte: Microdados do Censo da Educação Superior
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO |
N° 6 |
|
|
ISSN 2347 - 0658 |
Vol. 1 Año 2017 |
|
|
Apesar de um movimento aparentemente oscilante no ritmo de crescimento dessa oferta, em números absolutos, o incremento no número de cursos foi sempre positivo. No período 2007 e 2012, apresentado na ilustração em destaque, o aumento no número de CST foi de 2.166 cursos, correspondendo a um percentual em torno de 60%. Com isso, os dados coletados sugerem que a expansão da oferta de CST ainda não havia atingido a estabilidade, na série histórica estudada, embora o seu ritmo tenha diminuído proporcionalmente, pela própria ampliação da oferta.
Nesse sentido, a busca pelos fatores que contribuíram para a expansão acelerada dos CSTs entre 2002 e 2007, bem como daqueles que continuaram influenciando essa expansão no quinquênio seguinte (período entre 2007 e 2012) se delineou como um importante elemento de investigação. Adicionalmente, as diferenças e pontos de contato entre os movimentos dos cursos presenciais e a distância nessa expansão também necessitam ser adequadamente desvendados.
Conforme os dados apresentados no |
|
||||
Gráfico 1, anteriormente apresentado, os |
|
||||
cursos presenciais foram responsáveis por |
|
||||
mais de 95% da oferta de cursos no universo |
|
||||
dos CSTs. Os primeiros números sobre a |
|
||||
modalidade a distância só apareceram a partir |
|
||||
de 2002. |
No |
entanto, |
embora ainda |
|
|
percentualmente |
pouco |
expressivo, o |
|
||
surgimento e ampliação da oferta de cursos a |
|
||||
distância pareceram oferecer grande potencial |
|
||||
para impulsionar a expansão dos cursos |
|
||||
investigados, especialmente do ponto de vista |
|
||||
do número de matrículas. |
|
|
|||
A Tabela 2 mostra a representação do |
|
||||
número de cursos por área, em cada um dos |
|
||||
três anos escolhidos – 2001, 2004 e 2012 – |
|
||||
que cobrem quase todo o período discutido |
|
||||
neste artigo. Os seus dados mostram que, nos |
229 |
||||
dois últimos anos da série (2004 e 2012), bem |
|||||
|
|||||
como em relação ao total, a área da “Saúde e |
|
||||
|
|||||
Sociais, Negócios e Direito” e “Serviços” |
|
||||
tiveram, perante o total de cursos/áreas, |
|
||||
representatividade positiva, em relação, ao |
|
||||
primeiro |
(2001). |
As demais perderam |
|
representatividade em relação ao segundo e ao terceiro períodos da série, bem como ao total.
Tabela 2 – Quantitativo de CSTs por área – Brasil, 2001, 2004 e 2012
|
Área |
|
|
2001 |
|
|
2004 |
|
|
2012 |
|
|
Total Geral |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|||||
Agricultura e Veterinária |
9,2 |
|
0,4 |
|
4,6 |
|
4,0 |
|
||||||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
||||||
|
Ciências Sociais, Negócios e Direito |
|
|
20,1 |
|
|
41,0 |
|
|
58,5 |
|
|
52,6 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Ciências, Matemática e Computação |
26,1 |
|
26,9 |
|
2,4 |
|
9,1 |
|
||||||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
||||||
|
Engenharia, Produção e Construção |
|
|
37,5 |
|
|
16,6 |
|
|
9,8 |
|
|
12,8 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Química e engenharia de processos |
2,2 |
|
3,4 |
|
0,0 |
|
0,9 |
|
||||||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
||||||
|
Saúde e |
|
|
3,8 |
|
|
9,9 |
|
|
9,4 |
|
|
9,2 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Serviços |
1,1 |
|
1,7 |
|
15,3 |
|
11,5 |
|
||||||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
||||||
|
Total Geral |
|
|
100,0 |
|
|
100,0 |
|
|
100,0 |
|
|
100,0 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Fonte: Microdados dos Censos da Educação Superior (Inep, 2002, 2005, 2014)
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO |
N° 6 |
|
|
ISSN 2347 - 0658 |
Vol. 1 Año 2017 |
|
|
Com base na série histórica mostrada na tabela, podemos inferir que a predominância de alguns cursos em relação a outros ocorre devido a diversos fatores. Sendo assim, o fenômeno não pode ser relacionado apenas à preferência profissional, mas também ao custo financeiro dos cursos e ao número de vagas ofertadas, como alerta Takahashi (2010).
No que se refere à distribuição de matrícula nos cursos por área de conhecimento, os dados oficiais mostram que tanto na oferta a distância, quanto na presencial, houve uma concentração de cursos na área de Ciências Sociais, Negócios e Direito nos anos de 2007 (90%) e 2012. Particularmente, na modalidade a distância, no primeiro ano mencionado, esse percentual chegou a 90%, enquanto no segundo alcançou 80%. No caso da modalidade presencial, esses percentuais chegaram aproximadamente, nos respectivos anos, a 40% e 50%. Os dados atestam uma posição hegemônica dessa área, ainda que ela venha cedendo espaço para outras, se consideramos a série histórica estudada. Em outra direção, na área de Ciências, Matemática e Computação, as matrículas nos cursos
presenciais encolheram percentualmente ao longo do tempo, saindo de um patamar de 70% para algo em torno de 15% no último ano considerado. Enquanto isso, no mesmo período, na modalidade a distancia, as matrículas tiveram um leve crescimento.
Do ponto de vista da categoria administrativa das instituições que ofertam os CSTs, os dados presentes no Gráfico 2, antes mostrado, evidenciam a predominância das IES privadas na oferta dos CST. Atestam também que, ao longo dos anos, consolidou- se a tendência de aumento na participação das instituições privadas no universo daquelas que ofertaram CST no período analisado: de um percentual aproximado de 75 %, em 1997, ultrapassou 80%, em 2012.
No que tange à dinâmica da rede 230 pública, a despeito da redução de sua participação,
no crescimento entre as instituições municipais, em contrapartida à redução proporcional da rede federal e estadual, quando comparados os números de 1997 e
2012. Esse dado leva ao reconhecimento de que, seguindo uma tendência histórica na educação superior brasileira, a expansão dos CSTs, no período estudando, ocorreu majoritariamente no setor privado.
Gráfico 2 – Evolução do número de IES que oferecem CST por categoria administrativa (Brasil,
100% |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
17 |
20 |
32 |
73 |
|
|
|
||||
|
|
|
|
|
|||||||
90% |
|
29 |
59 |
64 |
|
|
|
||||
|
|
|
|
|
|||||||
|
|
12 |
11 |
26 |
|
|
|
||||
80% |
|
6 |
|
|
|
||||||
|
4 |
|
|
|
|
|
|
|
|||
70% |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Estadual |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
||
60% |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Federal |
|
50% |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
567 |
890 |
|
|||||
40% |
|
99 |
194 |
|
|
Municipal |
|||||
|
|
|
|
|
|
|
|||||
30% |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Privada |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
||
20% |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
10% |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
0% |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
1997 |
2002 |
2007 |
2012 |
|
|
|
Fonte: Censo da Educação Superior (Inep,
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO |
N° 6 |
|
|
ISSN 2347 - 0658 |
Vol. 1 Año 2017 |
|
|
Do ponto de vista da comparação da expansão dos CSTs entre o número de matriculados e o de concluintes, os dados sistematizados no Gráfico 3 revelam uma curva de crescimento menos ascendente em relação aos concluintes do que aquela
cenário foi explorada a literatura da área, interpretadas informações obtidas em
leis/documentos, bem como dados estatísticos obtidos em fontes oficiais.
observada entre os matriculados. Para os anos de 2007 e 2012, a relação entre os números de ambos esteve em torno de 20%, indicando uma melhoria nesse índice em relação a 2002, cujo número de concluintes representados
Gráfico 3 – Evolução de matriculados e concluintes em CST (Brasil – 2012; 2007; 2002; 1997)
Matriculados |
Distância |
944.904
|
|
414.822 |
|
|
42.231 |
|
|
189.035 |
231 |
81.348 |
|
|
|
|
0 |
84.341 |
|
|
|
12.673 |
|
|
||
|
|
|
||
|
|
|
|
|
1997 |
2002 |
2007 |
2012 |
|
Fonte: Censo da Educação Superior (Inep,
Por último, registramos que a consulta aos dados oficiais, em relação à comparação entre matriculados e concluintes, contribui para confirmar a relação encontrada para os dados agrupados para o Brasil. Sendo assim, evidenciam haver poucas diferenças, quando comparada a conclusão dos alunos e o ritmo de ingresso de matriculados no sistema.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este artigo buscou analisar a origem, evolução e expansão dos Cursos Superiores de Tecnologia no Brasil, com destaque para o período posterior à LDB 9.394/96. Para melhor compreender desse
Na década de 1990, o sistema educacional brasileiro teve reflexos de um panorama mundial e pressão para ampliar a oferta de vagas de cursos superiores. Para tanto, dentre outras estratégias, o governo fomentou a educação profissional e tecnológica, desencadeando um processo de reorganização, reformulação e expansão de CSTs. Isto veio acompanhado de um amplo e variado aparato legal e de novas transformações no mundo do trabalho e nessa modalidade (Sousa, 2013).
A LDB nº 9.394/96 é vista como um marco na possibilidade de ampliar as opções de oferta na educação superior, porém a implantação dos CSTs remonta aos anos 1960, processo marcado, ao longo das
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO |
N° 6 |
|
|
ISSN 2347 - 0658 |
Vol. 1 Año 2017 |
|
|
décadas, por intensos debates e divergências sobre seu papel frente à educação superior.
Operíodo
Na análise realizada fica evidente que houve um aumento significativo do número de instituições que passaram a ofertar cursos direcionados à formação tecnológica. Tudo indica que sua implantação parte da premissa de que eles buscariam equilibrar a oferta de mão de obra e a capacidade de absorção pelo mercado. Além de a qualificação rápida tornar os CSTs atrativos, os dados analisados permitem inferir que o aumento de sua procura tem se dado pelo fato de serem oferecidos também na modalidade de educação a distância.
Todavia, ainda que devam seguir as Diretrizes Curriculares Nacionais, os CSTs são envolvidos por polêmicas, algumas associadas a discursos contraditórios quanto aos seus objetivos e à sua configuração. E em uma direção contrária, o poder público os vincula a uma perspectiva de atualização e
Por último, observamos que os dilemas enfrentados nos últimos anos pela educação superior brasileira tornam relevante examinar como se comporta a oferta dos CSTs, no âmbito mais abrangente do segmento da graduação, em função da política definida para o setor, das demandas sociais
contemporâneas e do alcance de sua recente expansão nas esferas pública e privada. Essa expansão reflete o cenário social marcado pela acirrada competitividade e pela
reestruturação produtiva do capital, frente às novas exigências impostas ao campo da educação superior, que precisa atender às demandas do mercado.
REFERÊNCIAS
Andrade, A. (2009). Cursos Superiores |
de |
|
||||
Tecnologia: um estudo de sua demanda sob a ótica |
|
|||||
dos estudantes. |
Dissertação |
(Mestrado |
em |
|
||
Educação). |
Brasília: |
Faculdade |
de |
|
||
Educação/Universidade de Brasília. |
|
|
||||
Brandão, M. (2009). O curso de engenharia |
|
|||||
de operação (anos 1960/ 1970) e sua relação |
|
|||||
histórica com a criação dos CEFET. Revista |
|
|||||
Brasileira da Educação Profissional e Tecnológica. |
|
|||||
2(2), |
|
|
|
|
|
|
Brasil. Lei n. 4.024, de 20 de dezembro de |
|
|||||
1961 (1961). |
Estabelece |
as |
Diretrizes da |
232 |
||
Educação Nacional. Recuperado em 10 |
||||||
|
||||||
novembro, |
2016, |
|
de |
|
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L 4024.htm
Brasil. Parecer n. 280, de 05 de abril de 1962, do Conselho Federal de Educação. Estabelece os currículos das diversas áreas de especialização em Engenharia. Documenta. N. 10,
Brasil. Parecer n. 60, de 08 de julho de 1963, do Conselho Federal de Educação. Aprova a criação do curso de Engenharia de Operação. Documenta. N. 12,
Brasil. Parecer n. 25, de 28 de maio de 1965, do Conselho Federal de Educação. Trata do currículo dos cursos de engenheiros de operação. Documenta. N. 32,
Brasil. Decreto n. 57.075 de 15 de outubro de 1965 (1965). Dispõe sobre o funcionamento de cursos de Engenheiro de Operação em estabelecimentos de ensino de engenharia. Recuperado em 11 novembro, 2016 de http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO |
|
|
|
|
N° 6 |
|
|
||||
|
|
|
|
|
|
|
|
||||
ISSN 2347 - 0658 |
|
|
|
|
|
|
Vol. 1 Año 2017 |
|
|
||
|
|
|
|
|
|||||||
|
Brasil. Resolução n. 12, de 30 de dezembro |
|
|
||||||||
de 1980. Conselho Federal de Educação. |
|
|
|||||||||
Brasil. Lei n. 5.540, de 28 de novembro de |
Dispõe sobre nomenclatura dos cursos |
|
|
||||||||
1968 (1968). Fixa normas de organização e |
superiores |
de tecnologia nas áreas |
de |
|
|
||||||
funcionamento do ensino superior e sua |
|
|
|
|
|
|
|||||
articulação com a escola média, e dá outras |
engenharia, ciências agrárias e ciências da |
|
|
||||||||
providências. Recuperado em 10 novembro, |
saúde.Documenta. N. 241, |
|
|
|
|||||||
2016, |
|
|
|
|
de |
Brasil. Decreto n. 94.664, de 23 de julho de |
|
|
|||
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/ |
1987. (1987). Aprova o Plano Único de |
|
|
||||||||
L5540.htm |
|
|
|
|
Classificação e Retribuição de Cargos e |
|
|
||||
Brasil. |
Empregos de que trata a Lei nº 7.596, de 10 |
|
|
||||||||
1969 (1969). Autoriza a organização e o |
de abril |
de 1987. |
Recuperado em |
09 |
|
|
|||||
funcionamento |
de |
cursos |
profissionais |
novembro, |
2016, |
de |
|
|
|||
superiores de curta duração. Recuperado em |
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decret |
|
|
||||||||
12 |
|
novembro, |
|
2016, |
o/antigos/D94664.htm |
|
|
|
|
||
dehttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/dec |
Brasil. Portaria n. 646, de 14 de maio de |
|
|
||||||||
|
1997, do Ministério de Estado da Educação e |
|
|
||||||||
Brasil. Parecer n. 1.060, de 28 de julho de |
do Desporto (1997). Regulamenta a |
|
|
||||||||
1973 (1973). Trata da formação de técnicos |
implantação do disposto nos artigos 39 e 42 |
|
|
||||||||
de nível superior, Universidade Federal do |
do decreto n. 2.208/97 e dá outras |
|
|
||||||||
Espírito Santo em convênio – Projeto |
providências. Recuperado em 06 novembro, |
|
|
||||||||
encaminhado |
pelo |
Departamento |
de |
2016, |
|
|
de |
|
|
||
Assuntos Universitários. Documenta. N. 152, |
http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf |
233 |
|
||||||||
|
|
|
|
|
/PMEC646_97.pdf |
|
|
|
|||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|||
Brasil. Parecer nº 4.434, de 16 de dezembro |
Brasil. Parecer n. 776, de 03 de dezembro de |
|
|
||||||||
de 1976, do Conselho Federal de Educação. |
1997, do Conselho Nacional de Educação. |
|
|
||||||||
Dispõe sobre a Engenharia Industrial: |
Orientação para as diretrizes curriculares dos |
|
|
||||||||
caracterização de nova habilitação do curso |
cursos de graduação. Recuperado em 06 |
|
|
||||||||
de Engenharia. Extingue os cursos de |
novembro, |
2016, |
de |
|
|
||||||
Engenharia de Operação e cria os cursos de |
http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf |
|
|
||||||||
engenharia Industrial. Documenta. N. 193, |
_legislacao/superior/legisla_superior_parecer |
|
|
||||||||
|
|
|
|
|
77697.pdf |
|
|
|
|
|
|
Brasil. Resolução n, 48, de 27 de abril de |
Brasil. Parecer n. 436, de 05 de abril de 2001, |
|
|
||||||||
1976, do Conselho Federal de Educação. |
do Conselho Nacional de Educação (2001). |
|
|
||||||||
Fixa os mínimos de conteúdo e de duração |
Trata dos Cursos Superiores de Tecnologia – |
|
|
||||||||
do curso de graduação em Engenharia e |
Formação de Tecnólogos. Recuperado em 12 |
|
|
||||||||
define suas Grandes Áreas da Engenharia |
novembro, |
2016, |
de |
|
|
||||||
(Civil, |
Elétrica, |
Mecânica, |
Química, |
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/ |
|
|
|||||
Metalúrgica e de Minas). Documenta. N. 194, |
CES0436.pdf |
|
|
|
|
||||||
|
|
|
|
|
Brasil. Portaria n. 397, de 09 de outubro de |
|
|
||||
Brasil. Parecer n. 05, de 25 de fevereiro de |
2002 (2002a). Aprova a Classificação |
|
|
||||||||
1977 do Conselho Federal de Educação |
Brasileira de Ocupações – CBO/2002, para |
|
|
||||||||
(1977). Revoga o currículo mínimo do curso |
uso em todo território nacional e autoriza a |
|
|
||||||||
de Engenharia de Operação, estabelecendo a |
sua publicação. Recuperado em 09 |
|
|
||||||||
data limite de 01 de janeiro de 1979 para que |
novembro, |
2016, |
de |
|
|
||||||
fossem sustados os vestibulares para o curso. |
http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/le |
|
|
||||||||
Documenta. N. 198, |
|
|
gislacao.jsf |
|
|
|
|
|
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO |
|
|
|
|
|
N° 6 |
|
|
||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
||
ISSN 2347 - 0658 |
|
|
|
|
|
Vol. 1 Año 2017 |
|
|
||
|
|
|
|
|||||||
Brasil. Resolução n. 3, de 18 de dezembro de |
_legislacao/superior/legisla_superior_port28 |
|
|
|||||||
2002, do Conselho Nacional de Educação |
2.pdf |
|
|
|
|
|
|
|
||
(2002b). Institui as Diretrizes Curriculares |
Brasil. Lei nº 11.741, de 16 de julho de 2008 |
|
|
|||||||
Nacionais Gerais para a organização e o |
(2008). Altera dispositivos da Lei nº 9.394, de |
|
|
|||||||
funcionamento dos cursos superiores de |
|
20 de dezembro de 1996, que estabelece as |
|
|
|
|||||
tecnologia. Recuperado em 06 novembro, |
diretrizes e bases da educação nacional, para |
|
|
|||||||
2016, |
|
de |
redimensionar, institucionalizar e integrar as |
|
|
|||||
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/ |
ações da educação profissional técnica de |
|
|
|||||||
CP032002.pdf |
|
|
nível médio, da educação de jovens e adultos |
|
|
|||||
Brasil. Portaria Normativa, n. 1.024, de 11 de |
e da educação profissional e tecnológica. |
|
|
|||||||
maio de 2006, do Ministério da Educação. |
Recuperado em 10 novembro, 2016, de |
|
|
|||||||
Estabelece que o Catálogo Nacional dos |
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2 |
|
|
|||||||
Cursos Superiores de Tecnologia estará |
|
|
|
|
||||||
disponível no sítio eletrônico oficial do |
Campello, A; Almeida, A; Costa, L; Candeias, |
|
|
|||||||
Ministério da Educação para consulta da |
De Seta, M; Farah Neto y M. & Rangel, P. |
|
|
|||||||
sociedade civil e da comunidade acadêmica a |
(2009). O ensino como negócio: a expansão |
|
|
|||||||
partir da publicação desta portaria, pelo prazo |
da oferta dos cursos de formação de |
|
|
|||||||
de 30 dias. Recuperado em 06 novembro, |
tecnólogos em saúde no Brasil. Trabalho |
|
|
|||||||
2016, |
|
de |
Educação e Saúde. (7), suplemento, |
|
|
|
||||
http://www.ufrgs.br/sai/legislacao/arquivos |
Favretto, J. & Moretto, C. F. (2013). Os |
|
|
|||||||
- |
|
|
cursos superiores de tecnologia no contexto |
|
|
|||||
legislacao/PN%20MEC%201.024_2006%20- |
de expansão da educação superior no Brasil: |
|
|
|||||||
%20Cursos%20Superiores%20de%20Tecnol |
a retomada |
|
da |
ênfase na |
educação |
234 |
|
|||
|
profissional. Educação & Sociedade. 123(34), |
|
||||||||
|
|
|
||||||||
Brasil. Portaria Normativa n. 12, de 14 de |
|
|
|
|
|
|
|
|||
agosto de 2006, do Ministério da Educação. |
Fidalgo, F; Machado, L. (Ed.) (2000). |
|
|
|||||||
Dispõe sobre a adequação da denominação |
Dicionário da Educação Profissional. Belo |
|
|
|||||||
dos cursos superiores de tecnologia ao |
Horizonte: |
de |
|
|
||||||
Catálogo Nacional de Cursos Superiores de |
Estudos sobre Trabalho e Educação – |
|
|
|||||||
Tecnologia, nos termos do art. 71, § 1º e 2º, |
Universidade Federal de Minas Gerais. |
|
|
|
||||||
do Decreto 5.773, de 2006. Recuperado em |
Garcia Guadilla, C. (Org.). (2008) Pensamiento |
|
|
|||||||
12 |
novembro, |
2016, |
universitario latinoamericano: pensadores e forjadores. |
|
|
|||||
dehttp://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/ |
Caracas: CENDES, |
|
|
|||||||
pdf_legislacao/rede/legisla_rede_port12.pdf |
BID & Co. |
|
|
|
|
|
|
|
||
Brasil. Parecer n. 277, de 07 de dezembro de |
Governo do Estado de São Paulo. Decreto- |
|
|
|||||||
2006, do Conselho Nacional de Educação |
Lei, de 06 de outubro de 1969 (1969). Cria, |
|
|
|||||||
(2006). Define a nova forma de organização |
como entidade autárquica, o Centro Estadual |
|
|
|||||||
da Educação Profissional e Tecnológica de |
de Educação Tecnológica de São Paulo e da |
|
|
|||||||
graduação. Recuperado em 06 novembro, |
providências correlatas. Recuperado em 09 |
|
|
|||||||
2016, |
|
de |
novembro, |
|
|
2016, |
|
de |
|
|
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/ |
http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislac |
|
|
|||||||
pces277_06.pdf |
|
|
|
|
|
|
||||
Brasil. Portaria n. 282, de 29 de dezembro de |
06.10.1969.html |
|
|
|
|
|
|
|||
2006 (2006). Inclusões no Catálogo Nacional |
Governo do Estado de São Paulo. Parecer n. |
|
|
|||||||
dos Cursos Superiores de Tecnologia. |
50 do Conselho Estadual de Educação de |
|
|
|||||||
Recuperado em 09 novembro, 2016, de |
São Paulo (1970). Trata da instalação e |
|
|
|||||||
http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf |
funcionamento |
dos |
primeiros |
cursos |
de |
|
|
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO |
N° 6 |
|
|
ISSN 2347 - 0658 |
Vol. 1 Año 2017 |
|
|
tecnologia do Centro Estadual de Educação Tecnológica de CEE/SP.
Governo do Estado de São Paulo. Decreto n. 1.418, de 10 de abril de 1973 (1973). Dá denominação ao Centro Estadual de
Educação Tecnológica e altera a constituição de seus cursos. Recuperado em 09 novembro, 2016, de http://governo- sp.jusbrasil.com.br/legislacao/221720/decret
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Censo da Educação Superior (1999/2013). Brasília. Inep.
Machado, L. M. C. V. & Mesquita, J. M. C. (2013). Atributos determinantes da escolha de um Curso de Graduação Tecnológica. Revista Brasileira de Gestão e Engenharia. VIII,
Ministério da Educação. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (2010). Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia. Brasília: MEC.
Morosini, M. C. (2011). Internacionalização na produção do conhecimento em IES
brasileiras: cooperação internacional tradicional e cooperação internacional horizontal. Educação em Revista. 1(27),
Sguissardi, V. (2015). Educação superior no Brasil: democratização ou massificação mercantil? Educação e Sociedade. 133(36), 867- 889.
Sousa, J. V. (2006). Restrição do público e estímulo à iniciativa privada: tendência histórica no ensino superior brasileiro. En S. Maria.; S. Ronalda (Ed.). A ideia de universidade: rumos e desafios (pp.
Sousa, J. V. (2012). Educação superior no Distrito Federal: consensos, conflitos e transformações na configuração de um campo. Brasília: Líber
Editora;Faculdadede Educação/Universidade de Brasília.
Sousa, J. V. (2013) Expansão dos Cursos Superiores de Tecnologia no Brasil entre 1997 e 2011. En S. José (Ed.) Educação superior: cenários, impasses e propostas (pp. 219- 247). Campinas/SP: Autores Associados;
Brasília: |
|
|
Faculdade |
|
|
de |
|
|
Educação/Universidade de Brasília. |
|
|
|
|||||
Sousa, J. V. (2015). Prospecção de tendências |
|
|||||||
da recente expansão dos Cursos Superiores |
|
|||||||
de Tecnologia no Brasil. En S. José (Ed.) |
|
|
||||||
Expansão e avaliação da educação superior |
|
|||||||
brasileira: formatos, desafios e novas configurações (p. |
|
|||||||
|
||||||||
Brasília: |
|
|
Faculdade |
|
|
de |
|
|
Educação/Universidade de Brasília. |
|
|
|
|||||
Souza, J. B. (2012). Política de expansão dos |
|
|||||||
Cursos Superiores de Tecnologia: nova face da |
|
|||||||
educação profissional e tecnológica. Tese |
|
|||||||
[Doutorado em Educação]. Belo Horizonte: |
|
|||||||
Faculdade de Educação da Universidade |
|
|||||||
Federal de Minas Gerais. |
|
|
|
|
||||
Takahashi, A. R. W. (2008). Reformulação e |
|
|||||||
expansão dos cursos superiores de tecnologia |
|
|||||||
no Brasil: as dificuldades da retomada da |
|
|||||||
educação profissional. Ensaio: Avaliação e |
|
|||||||
Políticas Públicas em Educação. 59(16), |
|
|||||||
Takahashi, |
A. |
R. W. (2010). Cursos |
|
|||||
superiores de tecnologia em gestão: reflexões |
235 |
|||||||
e implicações da expansão de uma (nova) |
||||||||
|
||||||||
modalidade de ensino superior em |
|
|||||||
administração |
no |
Brasil. Revista |
de |
|
||||
Administração Pública. 2(44), |
|
|
||||||
Vitorette, J. M. B. (2001). A implantação dos |
|
|||||||
cursos superiores |
de |
tecnologia |
no |
CEFET- |
|
|||
PR. Dissertação (Mestrado em Tecnologia). |
|
|||||||
Curitiba: |
Centro |
Federal |
de |
Educação |
|
|||
Tecnológica do Paraná. |
|
|
|
|
||||
Weber, S. (2012) A |
|
|||||||
a melhoria da educação básica no Brasil. |
|
|||||||
EmC. Célio, S. José & S. |
Maria (Ed.). |
|
||||||
Universidade e educação básica: políticas e |
|
|||||||
articulações possíveis |
|
|||||||
Faculdade |
de |
Educação/Universidade |
de |
|
Brasília; Liber Livro.