INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO

N° 7

 

ISSN 2347 - 0658

Vol. 2 Año 2018

 

 

Reseña de evento

5º COLÓQUIO INTERNACIONAL EDUCAÇÃO

SUPERIOR E POVOS INDÍGENAS E

AFRODESCENDENTES NA AMÉRICA LATINA

Colaboração Intercultural: serviço, investigação e aprendizagens

Fernanda Nogueira Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS/Brasil Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS/Brasil fernanda.nogueira@ufrgs.br

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A luta dos povos indígenas e afrodescendentes da América Latina pelo acesso à Educação Superior é pauta histórica e vem conquistando nas últimas décadas importantes avanços em termos de políticas públicas e espaços institucionais nos diversos países da região. Embora bastante incipientes frente aos cinco séculos que transcorreram desde o processo de colonização, a presença de estudantes indígenas e afro-latinos no ambiente acadêmico, espaço social de saber e poder, firma novos movimentos, epistemologias, linguagens, culturas, que se configuram como importantes conquistas.

Com os primórdios no Projeto intitulado Diversidade Cultural e Intercultural na Educação Superior do Instituto Internacional para la Educación Superior en América Latina y el Caribe de la Organización de las Naciones Unidas (UNESCO-IESALC), iniciado no ano de 2007 sob a coordenação de Daniel Mato, busca-se desde então promover maior visibilidade e valorização do protagonismo dos povos e seus projetos. Atualmente, as redes de colaboração vêm se aprofundando com a parceria entre o Centro Interdisciplinario de Estudios Avanzados (CEIA-UNTREF), a Red Interuniversitaria de Educación Superior y Pueblos Indígenas de América Latina (Red ESIAL) e a Cátedra UNESCO Educação Superior e povos indígenas e afrodescendentes em América Latina, bem como o apoio e colaboração do Instituto UNESCO-IESALC.

Nesse sentido, foram realizados desde o ano de 2014 cinco Colóquios Internacionais que objetivaram o fortalecimento de redes colaborativas latino-americanas. Nas primeiras edições, ocorridas nos anos 2014 e 2015 (Guaymás, 2014; Hernández Loeza, 2015) foi tratado o tema da

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Educação Superior e Povos Indígenas em Contextos, experiências e desafios. Na terceira edição, em 2016 (Loncón, 2016) o Colóquio passa a envolver também os povos Afrodescendentes da região e aborda Logros, problemas e desafios das políticas e práticas de democratização, interculturalização e inclusão. No 4º Colóquio realizado em 2017 (Parra, 2017) segue-se tratando a temática das Políticas Públicas Possibilidades, Obstáculos e Desafios, momento em que diversos países discutem, implementam e/ou consolidam políticas de ingresso e permanência dos povos indígenas e afro-latinos na Educação Superior.

Seguindo no aprofundamento desde espaço de intercâmbios e diálogos, o 5º Colóquio Internacional Educação Superior e Povos Indígenas e Afrodescendentes na América Latina foi realizado entre os dias 24 e 26 de outubro de 2018 na “Sede Rectorado Centro da Universidad Nacional de Tres de Febrero”, Buenos Aires, e avança em valorizar experiências efetivas de colaboração intercultural em serviço, investigação e aprendizagens. Com a direção e coordenação do Dr. Daniel Mato, contou com a colaboração de Álvaro Guaymás da Universidad Nacional de Salta, Nadia Ramírez da Universidad Nacional de Rosario, Daniel Loncón da Universidad Nacional de La Patagonia San Juan Bosco, Beatriz Alor e Mayra Juárez da Universidad Nacional General de Sarmiento e Anny Ocoró Loango da Universidad Nacional de Tres de Febrero. Foram realizados

07 painéis envolvendo a participação de instituições de Educação Superior, comunidade de povos indígenas e afrodescendentes de países da América Latina. Contou com 28 comunicações apresentadas, 18 partilhadas por universidades da Rede ESIAL e 10 selecionadas por um jurado internacional.

Integrando as atividades do dia 24 de outubro, o ato de abertura, esteve a cargo do Dr. Pablo 180 Jacovkis, Secretário de Investigação e Desenvolvimento da UNTREF, e o Dr. Francisco Tamarit (Coordenador Geral da III Conferência Regional de Educação Superior - CRES 2018), a Dra. Débora Ramos Torres (em representação do Diretor de UNESCO-IESALC) e o Dr. Daniel Mato (Diretor do Programa e Cátedra UNESCO Educação Superior e Povos Indígenas e Afrodescendentes na América Latina) no qual foram dadas as boas vindas aos participantes provindos de diversos países e instituições, bem como firmando o compromisso no aprofundamento das lutas epistêmicas em prol dos povos indígenas e afrodescendentes latino- americanos. Os painelistas ponderaram de forma ampla os desafios e contextos da Educação Superior na atualidade, principalmente no processo de descolonização dos saberes, bem como a necessidade de conectar as diversas ações da região.

O painel dedicado à CRES 2018 intitulado La Educación Superior por/con/para pueblos indígenas y afrodescendientes na 3ª Conferência Regional de Educação Superior (CRES 2018): Propostas para o Plano de Ação, contou com a participação de Francisco Tamarit (Coordenador Geral de CRES), Débora Ramos Torres (em representação do Diretor da UNESCO-IESALC), Maribel Mora Curriao (Diretora da Oficina de Equidade e Inclusão, Universidad de Chile), Pablo Ceto (Reitor da Universidad Ixil, Guatemala), Anny Ocoró Loango (UNTREF-CONICET, Argentina), Álvaro Guaymás (Universidad Nacional de Salta, Argentina), Yuri Zapata Webb (Universidad de las Regiones Autónomas de la Costa Caribe Nicaragüense), Maria Nilza da Silva (Universidade Estadual de Londrina, Brasil) e Daniel Mato.

Foram evidenciadas as concepções sobre Educação Superior assinadas na CRES 2018 como um bem público social, coletivo e estratégico, um direito humano universal “essencial para poder

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garantir os direitos humanos básicos e imprescindíveis para o bem-estar dos nossos povos, a construção de uma cidadania plena, a emancipação social e a integração regional solidária latino- americana e caribenha”. Realizou-se a leitura da Declaração Final do eixo temático Educação Superior, Diversidade Cultural e Interculturalidade no qual foi destacada a necessidade de haver um ‘rompimento epistêmico’ na produção de conhecimento, a valorização das particularidades educativas e pedagógicas, incorporando nas instituições “cosmovisões, valores, conhecimentos, saberes, sistemas linguísticos, formas de aprendizagem e modos de produção de conhecimento de ditos povos e grupos sociais (...) na luta pela soberania cultural e a integração pluricultural das regiões” (Declaração III CRES, 2018, p. 01; 08; 10). Por fim, os painelistas debateram recomendações sobre o plano de ação.

Nesta oportunidade, foi apresentado o livro Educación Superior y Pueblos Indígenas y Afrodescendientes en América Latina, políticas y experiencias de inclusión y colaboración intercultural, que contêm uma versão amplificada dos trabalhos apresentados no IV Colóquio Internacional de 2017.

O primeiro painél esteve integrado por Joana dos Passos (Universidade Federal de Santa Catarina e Núcleo de Estudos Negros, Brasil), cuja comunicação expõe sobre os movimentos negros e a democratização da Educação Superior no Brasil, uma das experiências selecionadas pelo Jurado; Vitalino Similox (Reitor da Universidad Maya Kaqchikel, Guatemala), quem falou sobre as tarefas orientadas à recuperação da nação kaqchikel realizadas pela instituição; Laura Rosso, Teresa L. Artieda e Adriana E. Luján (Universidad Nacional del Nordeste- UNNE, Argentina), em que a primeira autora se referiu às ações para a promoção da participação no Programa Povos Indígenas

da UNNE; Wagner Roberto do Amaral (Universidade Estadual de Londrina, Paraná, Brasil), cuja 181 comunicação também havia resultado selecionada pelo Jurado, quem expôs sobre a CUIA – Comissão Universitário para os Índios-, sistema que estabelece vagas para os indígenas nas universidades públicas do Estado de Paraná, Brasil; Carolina Sánchez e José Del Val (Universidad Nacional Autónoma de México), em que a primeira autora dissertou sobre os projetos de investigação do Programa de Estudos da Diversidade Cultural da UNAM e sua relação com a participação comunitária.

O segundo painel foi integrado por cinco comunicações selecionadas pelo Jurado Fernanda Nogueira e Michele Barcelos Doebber (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Universidade Federal do Rio Grande do Sul- UFRGS, Brasil), em que a primeira autora falou sobre Encontro de Saberes, experiência educativa da UFRGS, na qual participam como docentes procedentes de povos indígenas e afro-brasileiros; Deidamia López e Violorio Ayarza (Universidad Especializada de las Américas- UDELAS, Panamá), em que a primeira autora se referiu à experiência de construção coletiva entre a UDELAS e o Congreso General Guna no Panamá e à formação de docentes especializados com competências para aplicar estratégias didáticas e metodologias para ensinar em contextos socioculturais diversos; Vicky Azucena Muelas e Yesica Alejandra Quina (Universidad del Cauca, Colombia), em que a primeira autora narrou a experiência de produção de materiais didáticos interculturais no contexto da Licenciatura en Etnoeducación; Cintia Carrió e Micaela Lorenzotti (Universidad Nacional del Litoral, Argentina), na qual a segunda autora também dissertou sobre a experiência de realização de material didático que busca promover o ensino da língua mocoví; Camilo Ballena e Virginia Unamuno (Universidad Nacional de San Martín – CONICET, Argentina), em que a segunda autora apresentou o projeto Egresados, um

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mapeamanto colaborativo realizado junto com integrantes das comunidades moqoit, qom e wichi e destinado a localizar os docentes indígenas ao longo das escolas de Chaco e a relevar dificuldades/possibilidades institucionais para ensinar de forma bilingue e intercultural; ademais de Claudia Gotta e Nadia Ramirez (Universidad Nacional de Rosario,-UNR Argentina), em que a primeira autora apresentou uma análise dos logros e desafios do Programa Intercultural para Estudantes de Povos Originários da UNR.

A atividade da quinta-feira 25 de outubro começou com o terceiro painel, no que se apresentaram Antonio Aguilera Urquiza e Valéria Calderoni (Universidad Federal Mato Grosso do Sul, Brasil), em que o primeiro autor expôs um estúdio sobre colaboração intercultural nas experiências de acesso e permanência de indígenas nas instituições de Educação Superior no Estado de Mato Grosso do Sul; Olga Sulca e Zulma Segura (Universidad Nacional de Tucumán, Argentina), em que a segunda autora expôs acerca de uma experiência que surge da necessidade de revitalização de técnicas textis ancestrais como o tecido das comunidades do valle Calchaquí; Natalia Correa Yu’tjeng e Alejandra Paz Fernández (Universidad del Cauca, Colombia), outra comunicadora selecionada pelo Jurado, em que a primeira autora dissertou sobre uma experiência de ensino filosófico na educação secundária com população indígena e afro do Departamento del Cauca, na que se utilizou o cinema como atividade sensibilizadora; Eugenia Legorreta Maldonado e Sebastián Olvera (Universidad Iberoamericana Ciudad de México), em que a primeira autora falou sobre o Programa Ibero-ISIA, em que alunas e alunos do Instituto Superior Intercultural Ayuuk (ISIA) cursam um semestre na Universidad Iberoamericana.

No quarto painel participaram Iara Bonin e Roberto Liebgott (Universidade Luterana do 182 Brasil), em que a primeira autora se referiu a três experiências de colaboração intercultural entre

sua universidade e outras instituições, comunidades indígenas e afro-brasileiras; Alejandra Rodríguez de Anca, Cristina Valdez e Jorgelina Villareal (Universidad Nacional del Comahue, Argentina), em que a primeira autora fez foco na experiência do Centro de Educação Popular e Intercultural (CEPINT), que vincula organizações e lof/comunidades do Povo Mapuche en Neuquén com a Universidade; Alma Patricia Soto Sánchez, Érica González Apodaca e Gustavo Corral Guillé (Centro de Investigações e Estudos Superiores em Atropologia Social - CIESAS, México), em que a segunda autora expôs a análise de uma experiência intercultural de formação docente em Oaxaca e Michoacán; María Verónica Miranda, Sonia Liliana Ivanoff e Daniel Leónidas Loncón, em que a primeira autora falou sobre o Curso de Promotores Jurídicos indígenas, que capacita as comunidades para encarar a violação de direito e a falta de acesso à justiça.

O quinto painel teve a participação de Adelaida Jerez, Ana de Anquín, Mabel Arganaraz, Ariel Durán e Álvaro Guaymás (Universidad Nacional de Salta, Argentina), em que a primeira autora expôs sobre a atividade da docência, investigação e extensão universitária do Centro de Investigações Sociais e Educativas do norte argentino (CISEN) com as comunidades e organizações indígenas da região; Amilcar Forno e Pilar Álvarez-Santullano (Universidad de Los Lagos, Chile), em que o segundo autor dissertou sobre o processo de vinculação entre a única universidade estadual da Región de Los Lagos, ao sul do Chile, e as comunidades mapuche williches que a habitam; Oscar Lucan Parrao Rivero e Ildefonso Palemón (Universidad Maya de

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Quintana Roo, México), em que o primeiro autor expôs os projetos de formação de profissionais

 

 

educadores na convivência com as comunidades.

 

 

No sexto painel teve lugar a apresentação de Julio Cesar Tunubalá Yalanda e Maria Antonia

 

 

Calambas Pillimue (Universidad del Valle, Colombia), em que o primeiro autor analisou a

 

 

experiência dos jovens do povo misak que saem do território para realizar seus estudos

 

 

universitários com vagas especiais na Universidad del Valle, experiência selecionada pelo Jurado;

 

 

Pamela Esther Degele, Mirta Millán e Edith Martínez (Universidad Nacional del Centro de la

 

 

Provincia de Buenos Aires, Argentina), em que a segunda autora expôs uma reflexão sobre

 

 

experiências colaborativas entre a Comunidad Mapuche Urbana Pillan Manke de Olavarría

 

 

(provincia de Buenos Aires,

Argentina) e diferentes instituições de Educação Superior dessa

 

 

cidade, trabalho selecionado pelo Jurado; Adir Casaro Nascimento e Beatriz dos Santos Landa

 

 

(Universidade Católica Dom Bosco, Brasil), em que a primeira autora se referiu a duas experiências

 

 

em que sua universidade se associou com a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul em

 

 

projetos de colaboração intercultural com comunidades indígenas.

 

 

Por último, o sétimo painel contou com as comunicações de María José Vázquez e Beatriz

 

 

Gualdieri (Universidad Nacional de Luján, Argentina), em que a primeira autora apresentou uma

 

 

retrospectiva da experiência de interação intercultural da Universidade com povos originários a

 

 

partir de 2001; Silvia Hirsch (Universidad Nacional de General San Martín; Argentina), quem

 

 

expôs sobre a equipe interdisciplinar formado por pedagogas, educadoras, professoras

 

 

universitárias e docentes indígenas que colaboram na construção da educação intercultural bilingue

 

 

nas escolas com população guarani do norte argentino e Clara Pedraza Goyeneche (Universidad

183

 

Nacional Abierta y a Distancia, Colombia), que dissertou sobre a experiência surgida de um

 

 

 

convenio educativo de cooperação intercultural entre a UNAD e o Governo do Depto de Nariño,

 

 

em 2014, com a participação

de líderes de conselhos comunitários afros e indígenas.

 

 

A organizão dos painéis esteve a cargo de Álvaro Guaymás (Universidad Nacional de Salta), Anny Ocoró Loango (UNTREF-CONICET); Nadia Ramírez (Universidad Nacional de Rosario); Daniel Leónidas Loncón (Universidad Nacional de la Patagonia San Juan Bosco, Argentina); Beatriz Alor (Universidad Nacional de General Sarmiento) e Mayra Juárez (Universidad Nacional de General Sarmiento).

No dia 26 de outubro se realizou a Oficina Internacional que esteve reservado para organização do livro que reunirá os trabalhados apresentados no V Colóquio Internacional, a ser lançado no ano de 2019. Ademais, para as próximas edições do Colóquio foi definida a temática Racismo na Educação Superior, considerando a necessidade do reconhecimento de sua existência estrutural, nos âmbitos sociais e institucionais na América Latina, seus efeitos nefastos e sistemáticos nas vidas das populações indígenas e afrodescendentes, e sua urgente erradicação. Nesse sentido, foram realizadas uma série de entrevistas com os participantes do Colóquio sobre situações que vivenciaram a partir de práticas racistas.

Ressalta-se a importância do evento em promover o encontro de diversas experiências e possibilidades de projetos colaborativos e interculturais, bem como seu espaço de composição de novas redes entre povos e instituições. A urgência de ações reais de descolonização dos saberes acadêmicos, valorizando e trazendo ao protagonismo as cosmovisões, as compreensões de mundo, formas de significação e produção do conhecimento dos povos indígenas e afrodescendenteses,

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estiveram presentes nas vozes de todos os painelistas, o que nos remete a seguir neste caminho, na busca de “interculturalizar toda a Educação Superior” (Mato, 2015, p. 37), pois muito há de ser construído, preservado e ampliado nos espaços da Educação Superior latino-americana.

Referências

Declaração III Conferência Regional de Educação Superior para a América Latina e o Caribe - CRES 2018. Córdoba/Argentina, 2018. Recuperado em: http://www.cres2018.org/uploads/ declaracion_cres2018%20(2).pdf.

Guaymás, A. (2014). Coloquio Educación Superior y Pueblos Indígenas en América Latina. Contextos, experiencias y desafíos. Revista Tramas/Maepova, 2(1), 149-153. Recuperado em: http://ppct.caicyt.gov.ar/index.php/cisen/article/view/4521/10493.

Hernandez Loeza, S. E. (2015). II Coloquio Internacional Educación Superior y Pueblos Indígenas en América Latina. Contextos, experiencias y desafíos. Revista Integración y Conocimiento, 4(3), 210-

215. Recuperado em: https://revistas.unc.edu.ar/index.php/integracionyconocimiento /article/view/12559/12856.

Loncón, D. L. (2016). III Coloquio Internacional Educación Superior y Pueblos Indígenas y Afrodescendientes en América Latina. Logros, problemas y desafíos de las políticas y prácticas de democratización, interculturalización e inclusión. Revista Integración y Conocimiento, 2(5), 158-161. Recuperado em: http://untref.edu.ar/sitios/wp-content/uploads/sites/6/2015/05/Resena-3er- Coloquio-DanielLoncon-Revista-UNC.pdf.

Mato, D. (2015) Educación Superior, Estados y pueblos indígenas en América Latina. Contextos, 184 experiencias, conflictos y desafíos. In.: Mato, D. (Coord.). Educación Superior y Pueblos Indígenas en América Latina: contextos y experiencias (pp. 19-44). Sáenz Peña, Argentina: Universidad Nacional de

Tres de Febrero,

Parra, S. I. R. (2017). IV Coloquio Internacional Educación Superior y Pueblos Indígenas y Afrodescendientes en América Latina. Políticas Públicas: Posibilidades, obstáculos y desafíos. Revista Integración y Conocimiento, 6(2), 302-307. Recuperado em: https://revistas.unc.edu.ar /index.php/integracionyconocimiento/article/view/18711/19126.