INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO
N° 2
Año 2014
PROPOSTA EDUCACIONAL NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR DO MERCOSUL.
Osalda Maria Pessoa1
RESÚMO: Estes estudos pretendem discorrer sobre a criação do Mercado Comum do Sul, Tratado de Assunção, Protocolo de Intenções, integração da educação superior, o contexto
RESUMEN: Estos estudios tienen la intención de discutir la creación del Mercado Común del Sur, el Tratado de Asunción, la Carta de Intenciones, la integración de la educación superior, el contexto
1 Universidade Internacional Tres Fronteras, Paraguay. Email: osaldapessoa@oi.com.br
Educativo del MERCOSUR que favorecen la formación de la conciencia regional, internacional y ciudadana vía integración de la educación superior en el bloque. Los métodos empleados consisten en el análisis documental de los Planes de SEM 2001- 2005;
ABSTRACT: These studies intend discuss about the creation of South Common Market, Asunción Treaty, Intentions Protocol, superior education integration, the south American people
Introdução
Esta investigação educativa pretende discorrer sobre a criação do MERCOSUL, o Tratado de Assunção, o Protocolo de Intenções, a integração da educação superior, o contexto
168
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO
N° 2
Año 2014
do SEM são a favor da formação da consciência regional, nos limites da história, culturas e línguas da região e que favorecem a integração da educação superior ao bloco? Como objetivos específicos foram selecionados os seguintes: i) contextualizar o Tratado de Assunção e o Protocolo de Intenções como bases legais da criação do MERCOSUL; ii) conhecer as linhas prioritárias dos Planos do SEM
Proposta Educacional como variável independente provocará efeitos na integração regional da educação superior que será sua consequência. A Proposta Educacional não objetiva esgotar as problemáticas apresentadas em relação ao ensino superior no contexto do MERCOSUL, todavia deve contribuir para a integração e possível internacionalização do bloco via conhecimento mútuo da história, culturas e línguas da região.
A criação do MERCOSUL: o Tratado de Assunção e o protocolo de intenções
O mercado econômico regional para a América Latina foi estabelecido pela Associação
continuidade ao processo de integração econômica, ora iniciado. À época, a Argentina e o Brasil fizeram progressos na matéria, assinando a Declaração de Iguaçu (1985), que previa uma comissão bilateral, abraçando uma série de acordos comerciais no ano seguinte. O Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento, firmado entre ambos os países em 1988, fixou como meta o estabelecimento de um mercado comum, em torno do qual, outros países latinoamericanos poderiam se unir.
A criação do MERCOSUL (Mercado Comum do Sul)
Para entender as bases de criação do MERCOSUL
169
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO
N° 2
Año 2014
teóricas que envolvem a criação do bloco sul- americano: multilateralismo e regionalismo.
O multilateralismo protege o livre comércio como objetivo; teria a caráter que garantir a maximização do
O regionalismo surgiu como resultado de um novo contexto econômico mundial. Além de incentivar o desenvolvimento do progresso técnico, potencializado por um esforço comum, repartido entre empresas e instituições dos países associados, funcionaria como uma etapa construtiva, rumo a uma postura de liberalização cada vez mais ampla, permitindo que mercados pequenos, unidos regionalmente, alcançassem em economias de escala a redução do monopólio, buscando o aumento do IED - Investimento Estrangeiro Direto - de forma a beneficiar à rede industrial.
O MERCOSUL se encaixaria no caráter benéfico do regionalismo por diversas razões:
É um acordo heterogêneo em que países pequenos se associam com um maior;
Em que todos os membros promoveriam importantes reformas liberalizantes unilaterais;
Em que a liberalização intrabloco não é tão marcante como previsto, sobretudo em relação à liberalização unilateral;
Em que apenas os países pequenos fazem concessões econômicas, em benefício comum dos sócios;
É um acordo que se pretende profundo, não se preocupa apenas em reduzir barreiras comerciais, mas busca harmonizar políticas e regras,
Finalmente, é um acordo entre vizinhos geográficos, com relativa proximidade cultural.
O Tratado de Assunção assinado no Paraguay em 26/03/1991 e o Protocolo de Intenções criado em 13 de dezembro de 1991, em Brasília, foram os documentos iniciais que legitimaram o bloco de integração regional formado pelos Estados Membros do MERCOSUL. O Tratado versava sobre a integração econômica, política e social, o livre trânsito de pessoas, bens, serviços e fatores produtivos, através da eliminação dos direitos alfandegários e restrições não tarifárias de mercadorias, enquanto O Protocolo de Intenções, assinado pelos Ministros da
Educação naquela época, considerava estratégico o papel da educação na consolidação da integração regional. Muitos questionaram porque a formação do bloco ocorreu sem contar com a participação da sociedade civil por se tratar de profundas transformações no setor da economia e da educação, contudo convém lembrar que as atividades de integração para que se concretizem, implicam custos elevados, sendo necessário contar com a participação da sociedade civil e de diversas instituições. Perrota (2010:70) alega que “no MERCOSUL a integração passa pela economia e pelo comércio como objetivos fundamentais, estando sujeita a educação à lei do mercado”, mas apesar das dificuldades no setor da economia, do ponto de vista da educação o processo de integração tem
170
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO
N° 2
Año 2014
tido alguns avanços desde a criação do bloco, em 1991.
De acordo com Santos & Donini (2010:5), devido ao processo de globalização e o avanço das tecnologias, os países dos diversos continentes estão inseridos em blocos sub- regionais, visando à construção de políticas e ações conjuntas na economia, cultura, educação, meio ambiente, tecnologias, dentre outras áreas. As autoras citam que na Europa
De acordo com o Protocolo de Intenções (1991), que originou o 1º Plano Trienal (1991 – 1995), os programas e propostas do Setor Educacional do MERCOSUL (SEM) deviam abranger três grandes áreas: 1) formação da consciência cidadã favorável ao processo de integração - os programas e propostas deviam incorporar aos currículos de todos os níveis de ensino, conteúdos vinculados ao MERCOSUL; reformulação dos currículos em todos os níveis, em temáticas sobre o trabalho, emprego e
inovações
rápidas e eficientes aos setores socioeconômicos. 2) capacitação dos recursos humanos,nesta área, poderia se rever a formação e o aperfeiçoamento docente para melhorar os sistemas educativos educativos na região 3) Harmonização dos Sistemas Educativos
e compatibilizar os perfis para a formação de recursos humanos na região, além da criação e articulação do sistema de informação e comunicação (SIC).
O Protocolo de Intenções de 13 de dezembro de 1991 instituiu a Comissão de Ministros da Educação (responsável pela gestão educativa) e o Comitê Coordenador Regional para assessorar a Comissão de Ministros. A partir de 1992 a estrutura do Setor Educativo do MERCOSUL ficou composta pela Reunião dos Ministros da Educação (RME), Comitê Coordenador Regional (CCR) e por três Comissões Coordenadoras de Área (Educação Básica, Educação Tecnológica e Educação Superior), que por sua vez foram formadas por Comissões e Grupos de Trabalho. Os Grupos Gestores de Projetos, Comitê Assessor do Fundo de Financiamento do SEM, Comitê Assessor de Políticas Lingüísticas e Comissões Ad Hoc (temporárias) surgiram depois, conforme Regimento Interno do SEM (Cap. I, Art. 1º, que trata de sua Estrutura Orgânica). Esta contextualização sobre a criação do bloco, o Tratado de Assunção e o Protocolo de Intenções facilitará mais adiante a compreensão das políticas e Planos do SEM e do movimento de integração regional.
A integração da educação superior no
MERCOSUL
171
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO
N° 2
Año 2014
recursos nacionais e estrangeiros para esse fim. Todavia esse processo é lento, mas muitos avanços já se deram no MERCOSUL acadêmico conforme a análise dos Planos do SEM. Estudos do Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP, 1995:10) registram que “[...] a cooperação entre os países, em matéria de educação, ciência, tecnologia e cultura, tem ocorrido predominantemente no ensino superior de graduação e
Na integração acadêmica devem ser aprofundadas as implicações educacionais e culturais, políticas de intercâmbio docente e discente, compatibilização de currículos e produção de material didático imbuído da integração, pontos estes focados pelos Planos de 2001 até 2015. No tocante à cooperação interinstitucional as IES avançaram muito em termos de acordos bilaterais, multilaterais e de rede. Já existe a Associação das Universidades do Grupo Montevidéu (ALGUM), que impulsiona a integração acadêmica através da cooperação científica, tecnológica, educativa e cultural, desde 1994.
A União Europeia é o mais adiantado dos blocos regionais de integração da educação superior. A Declaração de Sorbone (1998 – França, Alemanha, Itália, Reino Unido) visava à criação de uma área Europeia de Educação Superior. Dias Sobrinho (2005, p.4), afirma sobre a Declaração de Bolonha que é o registro formal de um importante processo que visa criar uma sólida convergência na educação superior européia, a fim de que esta responda adequada e eficientemente aos problemas, oportunidades e desafios gestados pela globalização da economia. Daí a necessidade de adaptar currículos às demandas e às características do mercado de trabalho, impulsionar a mobilidade
de estudantes, docentes, funcionários e, não menos importante, tornar a educação superior atraente no mercado global.
O eixo central dessa reforma seria aumentar a competitividade do sistema educacional europeu face ao sistema
estadunidense, modificando currículos, reduzindo o tempo de formação universitária em virtude do atendimento às necessidades laborais e às características atuais do mercado de trabalho. Mesmo assim em 1999, Ministros assinaram a Declaração de Bolonha, que fixava bases para a criação do Espaço Europeu de Educação Superior (EEES), visando à
competitividade internacional e à empregabilidade com linhas de ações voltadas para:
a)sistema comparável de titulação e graus para o reconhecimento acadêmico e profissional nos distintos países membros;
b)sistema comum de créditos para
atender a flexibilidade, transferência e comparabilidade internacional;
c)promoção da mobilidade de docentes, pesquisadores, alunos e pessoal administrativo;
d)promoção da cooperação institucional para assegurar a qualidade;
e)promoção de um desenho curricular comparável;
f)fixação do ano de 2010 como momento final da criação do EEES.
A preocupação central da Declaração de Bolonha é com a mercantilização da educação superior; o espaço universitário europeu deve cooperar para uma maior coesão e redução das desigualdades sociais. A inclusão da educação como atividade mercantil a ser regulamentada pela Organização Mundial do Comércio, não
172
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO
N° 2
Año 2014
apenas tem fortalecida a tendência à internacionalização, mas também aos avanços de privatização e mercantilização. Neste cenário, entre “a consideração da educação superior como bem público de um lado e a mercantilização de outro, a análise da criação do SEM adquire relevância” (LEHER, 2009:15). No Espaço do Ensino Superior – EES – na América do Sul
áreas de base interdisciplinar; internacionalização das IES públicas e dilemas do financiamento das universidades. O SEM deve seguir o intento de atender aos desafios da diversificação das IES, investimentos em
pesquisa, inovação tecnológica, internacionalização e financiamento, através de seus Planos, políticas e propostas educacionais sem se mercantilizar.
A educação superior no MERCOSUL: balanço dos planos e das agendas
O Setor Educacional do MERCOSUL (SEM) sempre definiu linhas de ações, a partir da elaboração de seus Planos Estratégicos que caracterizam as diferentes Fases do Setor: O SEM tem papel fundamental nas decisões do Espaço de Ensino Superior na América do Sul e ao mesmo tempo de formar a consciência regional cidadã que torne possível a integração dos países da região. Vejamos em que fases se planejaram as políticas do SEM através de seus Planos:
1ª Fase
–1º Plano Trienal).
2ª Fase
3ª Fase
acreditação, mobilidade e cooperação interinstitucional.
a. acreditação (MEXA – Mecanismo Experimental de Acreditação) – estimula
os processos de avaliação e comparabilidade de formação acadêmica, inicialmente nos cursos de Agronomia, Engenharia e Medicina. Posteriormente foi criado o mecanismo permanente de institucionalização - ARCASUL – Acordo Regional de Acreditação de Carreiras
173
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO
N° 2
Año 2014
Universitárias dos Estados do MERCOSUL, em novembro de 2006 e aprovado pelo Conselho em junho de 2008.
b. mobilidade – gestão acadêmica
institucional, mobilidade estudantil, sistema de transferência de créditos, intercâmbios de docentes e investigadores (MARCA – Programa de Mobilidade
Acadêmica Regional dos Cursos Acreditados).
c. políticas de cooperação – programas
de graduação,
O Plano 2001- 2005, avaliado no Seminário de Reflexão em Córdoba, teve como pontos negativos: crises econômicas e políticas
vividas pelos membros do bloco; relacionamento ruim do SEM com a sociedade civil; deficitária relação com os meios de comunicação; ausência de um verdadeiro intercâmbio com as organizações e sociedade civil; ausência do setor docente organizado; déficit de informações sobre o SEM. Pontos positivos: - criação de bibliotecas escolares do MERCOSUL; acreditação para as carreiras de Agronomia, Engenharias, Medicina; mobilidade nas carreiras acreditadas; títulos, certificados e diplomas para o exercício da docência de Espanhol e Português como línguas estrangeiras no Mercado do Sul; criação do selo MERCOSUL de qualidade educativa; Tabela de Equivalência para a Educação Media Técnica.
4ª Fase
1.Contribuir para a integração regional acordando e executando políticas
educacionais que promovam uma cidadania regional, uma cultura de paz, o respeito à democracia, aos direitos humanos e ao meio ambiente;
2.Promover a educação de qualidade para todos como fator de inclusão social, de desenvolvimento humano e produtivo;
3.Promover a cooperação solidária e o intercâmbio, para a melhoria dos sistemas educacionais;
4.Promover e fortalecer os programas de mobilidade de estudantes, estagiários,
docentes, gestores, diretores e profissionais;
5.Acordar políticas que articulem a educação como um processo de integração do MERCOSUL.
Esses objetivos são princípios gerais de difícil alcance. Para Souza Júnior
No Documento, A Educação Superior no Setor Educacional do MERCOSUL, produzido por Aparecida Andrés, em 2010 e publicado pela Biblioteca da Câmara dos Deputados em Brasília (http://bd.camara.gov.br), a autora através do Anexo II (p.63 a 66) faz um balanço do 4º Plano de Ação do SEM 2006 – 2010, em relação aos cinco objetivos já mencionados,
174
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO
N° 2
Año 2014
destacando muitas metas já realizadas na educação superior e outras ainda em andamento,
asaber:
Objetivo 1 – conhecimento de História e Geografia regional pouco incorporado aos currículos e poucos materiais difundidos e disponíveis na Web do SIC; formação docente sobre a temática da integração regional; programa de leitura de países do bloco; encontros sobre a paz, os direitos humanos e o meio ambiente; programas de ensino dos idiomas oficiais da região, incorporados às propostas educativas e aos currículos do Brasil e Argentina; programas de formação de professores de Espanhol e Português, em cada país do bloco em andamento.
Objetivo 2 – intercâmbio sobre metodologias e propostas para alunos com necessidades educativas especiais; inclusão da diversidade étnica e cultural lentas; ferramentas para o uso de novas tecnologias na educação; vínculo das IES com o setor produtivo; perfis
profissionais harmonizados e incorporados às propostas de formação dos cursos credenciados em andamento; congressos de educação tecnológica; acreditação das Carreiras de Graduação funcionando; sistema de acreditação de estudos de
Objetivo 3 – redes de formação docente, investigadores e de IES, funcionando; cooperação da excelência entre as IES; cooperação entre os cursos de pós- graduação associados; transferência de
tecnologias em distintas áreas; indicadores estatísticos da educação realizados.
Objetivo 4 – intercâmbios de alunos do nível básico, médio, técnico e universitário em andamento; mobilidade de alunos nos cursos de graduação: Engenharias, Agronomia, Medicina, Odontologia, Enfermagem, Arquitetura e Veterinária...; programa de mobilidade de docentes e alunos de
Objetivo 5 – relacionamento do SEM com outros blocos e organismos
internacionais – Conselho Sul- Americano de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia; estrutura e fundos do SEM fortalecidos; participação dos Ministros no Conselho do Mercado Comum para tratar de educação; negociação para a circulação de profissionais das IES, transferência de conhecimento e tecnologia avançada entre as IES da região; eliminação das restrições legais que dificultam a mobilidade; vistos de alunos, docentes e pesquisadores gratuitos; contribuições econômicas para os projetos do SEM obtidas; experiências e resultados do SEM difundidos através dos meios de comunicação e sociedade civil; base de
terminologia consensuada entre comissões e grupos de trabalho nas áreas do MERCOSUL Educativo em cada país, fortalecida; encontros com as organizações da sociedade civil realizados; acordo a ser estabelecido com a União Européia para a Criação de um Programa de Mobilidade do
MERCOSUL.
Pelas dificuldades financeiras e de articulação, a integração dos países do bloco será possível, mesmo com os entraves e resultados do Plano 2001-
175
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO
N° 2
Año 2014
2005.
5ª Fase
–fortaleceu as relações entre os países da região. Através do MERCOSUL, existe um processo de integração política e cultural que responde às aspirações históricas dos povos sul- americanos, todavia, permanecem ainda, as dívidas em matéria de inclusão e qualidade educacional.
O Plano SEM
àdiversidade cultural dos povos da região. Quanto ao Plano SEM 2011 – 2015
Na análise de Aparecida Andrés (2010), as linhas prioritárias da educação superior estão distribuídas ao logo dos cinco objetivos já citados, merecendo destaques algumas mais importantes e inovadoras da agenda em curso:
a)Objetivo 1 – Metas: promover instrumentos para a cooperação, em particular com outras instâncias
regionais e internacionais; implementação de um programa educacional para a promoção do conhecimento mútuo da história, das culturas e das línguas da região.
b)Objetivo 2 – Metas: compartilhar e promover políticas e programas de formação docente em nível de pós- graduação com qualidade; elaboração de um projeto regional de experiências em EAD; vínculos entre a educação superior e os sistemas produtivos locais; aprofundamento, expansão e divulgação do ARCUSUL com maior número de carreiras e qualidade dos títulos com a adoção de critérios para alcançar uma gestão eficiente.
c)Objetivo 3 – Metas: cooperação
interinstitucional que envolva gestores, acadêmicos e diretores universitários; criação de um banco de dados comuns dos países do MERCOSUL sobre seus sistemas de educação superior; consolidação do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação Superior nos países do MERCOSUL e de sua interface com a região e o resto do mundo;
d)Objetivo 4 – Metas: otimização e expansão do Programa MARCA; construção coletiva de um mecanismo regional para reconhecimento de
títulos; avaliação do Sistema ARCUSUL e divulgação de seus
176
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO
N° 2
Año 2014
resultados; ampliação da acreditação de carreiras no Sistema ARCUSUL;
e)Objetivo 5 – Metas: difusão nas IES dos países da região, em outros países e em outros blocos regionais, dos avanços da educação superior.
Cabe a todos conhecer as Metas desse Plano em relação à educação superior, a fim de prepararmos indivíduos altamente qualificados para a inserção ativa na sociedade, quanto ao atendimento das demandas específicas de uma minoria marginalizada, de forma que favoreçam
àintegração. Portanto as universidades deverão
∙
∙privilegiar a ecologia e o meio ambiente
sustentável, saúde, educação e segurança;
∙reforçar a identidade dos países latinoamericanos;
∙enfrentar a falta de investimentos em ciência e tecnologia na região, entre outras tarefas.
Contexto
A integração regional de blocos implica a ampliação de vínculos econômicos, políticos, sociais e culturais, sendo fundada no sonho bolivariano, liderada pelos diferentes setores da sociedade civil. Quando se trata de integração via etnias e culturas, deve ser defendida no MERCOSUL, já que integrar não é dissolver ou justapor, mas colocar em comum, como exemplo
A América Latina é um lugar de sonho produzido pelo entrecruzamento de etnias e
culturas, marcado pelos processos de colonização portuguesa e castelhana. Uma cultura mestiça superposta à cultura europeia, que luta para visitar a casa do outro.
uruguayos, brasileiros, guaranis, tupis, mapuches, etc., todos somos irmãos em uma unidade”. Integrar, interagir e respeitar o outro é o que objetiva a educação multicultural. O multiculturalismo não foi inserido como teoria e prática nos currículos de educação superior no Brasil, uma vez que os documentos oficiais como as Diretrizes Curriculares das Licenciaturas o propunham ora como tema transversal ora como matéria optativa,
O multiculturalismo já devia ser teoria
curricular predominante nas propostas pedagógicas das Licenciaturas. Isso se justifica porque na America Latina temos três culturas de raízes: povos
177
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO
N° 2
Año 2014
culturais e científicos das IES com países da África (Moçambique, Angola, Timor Leste, São Tomé e Príncipe,
Lusofonia
Democratizar o MERCOSUL quanto à educação superior depende da mídia e da comunicação, das leis e diretrizes educacionais elaboradas entre os países membros, da adequação dos currículos e conteúdos mínimos desde o início já propostos nos Planos do SEM, da elaboração de livros e materiais didáticos para esse fim; da formação de professores nas IES; de seminários, concursos, festivais, olimpíadas nessas áreas para favorecer a integração; do uso de tecnologias para divulgar conhecimentos produzidos entre os países do bloco. No tocante à diversidade cultural, as IES do MERCOSUL devem
históricas e culturais – nossas diferenças nos unem melhor do que as nossas semelhanças. Na defesa do multiculturalismo e no combate à globalização desenfreada da economia mundial que desumaniza os povos fica como reflexão o poema La Patria es América (Agenda Latino- Americana, p. 187):
La Patria es América, mestiza, mulata, guaraní, mapuche, quéchua, aymara... , la del dios azteca y la biblia maya, la del son caribe, el tango y la samba.
La Patria es América, ternura y abrazo de unpueblo que ama su Tierra y su sangre; que canta la vida, y se hace hermano del árbol, la arcilla, el condor y el água.
La Patria es América, unida en un sueño: ser nación de pueblos, ser más que folklore y más que paisaje; ser la Patria Grande de todos los rostros que buscan su cielo.
O tema da integração regional recoloca o “Tema da Nação”, para
O conhecimento mútuo da história, das culturas e línguas da região
A contextualização sobre a criação do bloco, o Tratado de Assunção, o Protocolo de Intenções, o conhecimento das linhas prioritárias dos Planos do SEM
178
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO
N° 2
Año 2014
Tecnologias desencadearão a partir desses estudos uma Proposta Educacional que não pretende esgotar as problemáticas aqui apresentadas em relação ao ensino superior no contexto do MERCOSUL, mas trazer algumas contribuições dessas áreas que favoreçam à
integração regional e à possível internacionalização do bloco, via conhecimento mútuo da História, das Culturas e das Línguas da região.
A questão linguística se justifica por ser retomada na Proposta porque as políticas de inclusão das línguas oficiais (Português e Espanhol) foram levadas a cabo apenas pela Argentina (lei 24.648/2009) e Brasil (lei 11.161/2005) que aportaram esses idiomas no currículo do Ensino Médio. Pôde se verificar esse fato através de análises das Atas do Comitê Assessor de Políticas Linguísticas
Educativo (www.mercosur.int/edu) ou www.simercosul.mec.gov.br/pt/- BR/componente/jdowloads/finish/310/465.htl.
O Brasil ampliou os Cursos de Licenciaturas em Letras Espanhol em todo o território como sendo uma política de expansão do bilinguismo. O Seminário de Educação, Línguas e Integração (na Colônia de Sacramento
–Uruguay) realizado em abril de 2014, foi retomado com a preocupação de dar visibilidade às políticas lingüísticas, envolvendo estado e sociedade para formar uma comunidade acadêmica, já que o Programa Iberoamericano de Ensino de Espanhol: Cervantes – América, apresentado em Cádiz, em novembro de 2012 poderá afetar a integração, ora iniciada, e dar novos rumos aos acordos de línguas entre Espanha e Europa.
Incluir nos currículos de Letras das IES aspectos da Literatura
dos países membros, concursos literários (redefinindo as temáticas do concurso Caminhos do MERCOSUL), intercâmbios entre docentes e discentes, tradução das obras para os idiomas oficiais, adaptações dos livros didáticos com capítulos que referendem a Literatura Sul- Americana, elaboração de materiais, uso das TIC’s para divulgação da produção literária da região, só consolidarão a integração, dando maior visibilidade à diversidade linguística, à cultura local e ao ensino das línguas oficiais.
Merece destaque o Fórum: Bilingüismo, Identidade e Interculturalidade, levado a cabo apenas pelo Paraguay, em 2011, que apresentou a lei 4.251 sobre as Línguas do Paraguay. Esta nação desde 2010 insiste que o Brasil apresente no Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), um retrato sobre nossas línguas indígenas, na perspectiva plurilíngüe, no marco das políticas linguísticas para o MERCOSUL. Um fato importante seria a elaboração de mapas linguísticos da América do Sul para
Em relação ao ensino de História,
179
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO
N° 2
Año 2014
concretos e em dinâmicas sociais, políticas e culturais, intelectuais e pedagógicas, expostas às novas dinâmicas da sociedade e reinterpretadas em cada contexto histórico. Um conhecimento que reconhece a multiculturalidade e a diversidade como elementos constitutivos do processo ensino aprendizagem.
Contudo no Brasil temos um currículo reducionista. Os historiadores, curriculistas e autores da literatura, produtores de arte e de livros didáticos, programadores de softwares têm que repensarem o MERCOSUL no coração da América do Sul, para reinterpretarem esses contextos à luz da miscigenação. No tocante ao ensino de História, aspectos são abordados da História Geral, sendo exposta apenas a América Latina e o seu subdesenvolvimento, nada que contemple especialmente o MERCOSUL, sua formação no tempo e espaço, economia, cultura, educação, arte e respeito às diferenças.
No que se relaciona às Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC’s), associadas aos conhecimentos científicos e às linguagens, elas darão sempre suporte aos problemas que se propõem solucionar na vida social. A Argentina conseguiu informatizar em 100% o ensino conforme Ata da Comissão Regional Coordenadora da Educação Básica acessada no sítio oficial do SEM, doando um tablet por aluno no programa Conectar Igualdad. Por que o Brasil e os outros países ainda não conseguiram este intento? Se as IES não capacitam os jovens às rápidas mudanças que as tecnologias vêm impondo ao mundo globalizado, através de seus currículos, o que será do uso dessas ferramentas como estratégias de aprendizagem nas diversas áreas? Inclusive já está passando do tempo de garantir em todos os currículos dos cursos superiores a oferta da disciplina de Informática. Por que somente alguns cursos a ofertam?
O ensino de Arte tem um agravante para a integração: artistas plásticos, da música, do teatro e do cinema
O Protocolo de Integração Educativa assumido pelos Ministros dos quatro países membros em 1994, também prevê a inclusão nos currículos escolares, dos conteúdos mínimos de Literatura, História e Geografia. Isso possibilitaria a consolidação das raízes históricas dos países, base para uma real integração para a convivência e a cooperação. Para que se construa a integração é necessária adesão voluntária a um projeto integracionista e concordância com o modelo econômico proposto. Muitos ainda não conhecem o MERCOSUL e os benefícios que a integração regional pode trazer: uma identidade regional comunitária. A identidade “brasileira”, por exemplo, ainda é mais forte do que a regional. “Os nossos estudantes conhecem mais a Geografia, História, Literatura e a Arte dos outros continentes do que as da América Latina”. (INEP, 1995, p. 10).
Por isso que na Proposta que segue
180
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO
N° 2
Año 2014
formação dos docentes, livros didáticos, raízes históricas e as manifestações artísticas entre os países, sob a
A
(GTPG); Grupo de Trabalho de Reconhecimento de Títulos (GTRT); Grupo Gestor do Programa MARCA e Núcleo de
Estudos e Pesquisas em Educação Superior do MERCOSUL – Revista.
Proposta educacional no âmbito da educação superior no MERCOSUL
1. Tema: História, Cultura, Línguas e
Tecnologias: Uma nova perspectiva de integração regional do SEM
2.Objetivo Estratégico do SEM: contribuir para a integração regional acordando e executando políticas educacionais que promovam uma cidadania regional, uma cultura de paz e respeito à democracia, aos direitos humanos e ao meio ambiente.
3.Objetivo específico do SEM: promover o conhecimento mútuo da história, das culturas e línguas da região por meio de projetos conjuntos.
Metas e ações: 2014/2020.
METAS |
|
|
AÇÕES |
|
PERÍODO |
|
RESPONSÁVEL |
|
RESULTADOS |
|
1. Organizar e |
|
∙ |
Versão do Seminário |
|
2014/ 2020 |
|
CAPL |
|
Seminários |
|
difundir eventos |
|
Regional de Educação e |
|
|
|
|
|
realizados |
|
|
relacionados com |
|
Integração Lingüística, |
|
|
|
|
|
|
|
|
História, Arte, |
|
|
|
|
|
|
|
|
||
Tecnologias e |
|
associados. |
|
|
|
|
|
Concursos |
|
|
Línguas entre os |
|
∙ |
Concursos literários sobre |
|
2014 / 2020 |
|
|
|
realizados |
|
países do |
|
autores |
|
|
|
|
|
|
|
|
MERCOSUL e |
|
redefinir “Caminhos do |
|
|
|
|
|
|
|
|
Associados. |
|
MERCOSUL”. |
|
|
|
|
|
I Salão do Livro |
|
|
|
|
∙ |
I Salão internacional do |
|
2014 / 2020 |
|
|
|
realizado |
|
|
|
Livro no MERCOSUL. |
|
|
|
|
|
I Festival |
|
|
|
|
∙ I Festival de Canções sul- |
|
|
|
|
|
|
||
|
|
americanas. |
|
|
|
|
|
realizado |
|
|
|
|
|
2014 / 2020 |
|
|
|
|
|
||
|
|
∙ |
Visitas de docentes e |
|
|
|
|
Visitas e |
|
|
|
|
alunos através de |
|
|
|
|
|
|
||
|
|
|
|
|
|
|
intercâmbios |
|
||
|
|
intercâmbios, a museus |
|
|
|
|
|
|
||
|
|
|
|
|
|
|
realizados |
|
||
|
|
históricos, de arte e letras do |
|
|
|
|
|
|
||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
||
|
|
MERCOSUL. |
|
2014/ 2020 |
|
|
|
I Mostra de Teatro |
|
|
|
|
∙ |
I Mostra de Teatro |
|
|
|
|
|
||
|
|
|
|
|
|
|
realizada |
|
||
|
|
Universitário |
|
|
|
|
|
|
||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
||
|
|
contexto do MERCOSUL. |
|
2014 /2020 |
|
|
|
|
|
|
|
|
∙ |
I Festival de Cinema sul- |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
I Festival de |
|
||
|
|
americano, dentro de cada |
|
|
|
|
|
|
||
|
|
|
|
|
|
|
Cinema realizado |
|
||
|
|
país. |
|
|
|
|
|
|
||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
181
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
N° 2 |
|
|
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO |
|
|
|
|
|
|
|
Año 2014 |
||||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
METAS |
|
|
AÇÕES |
|
PERÍODO |
|
|
RESPONSÁVEL |
|
|
RESULTADOS |
|
|
2. Realizar |
|
∙ |
Criação de softwares |
|
2014 /2020 |
|
|
|
|
Aplicativos |
|
|
|
atividades de |
|
educativos que tratem da |
|
|
|
|
|
|
|
produzidos |
|
|
|
Literatura, História |
|
Literatura, História e Arte no |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
e Arte que utilizem |
|
contexto do MERCOSUL. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
as TIC’s. |
|
∙ |
Implantação de Informática |
|
2014/ 2020 |
|
|
|
|
Informática |
|
|
|
|
|
com doação de tabletes a |
|
|
|
|
|
|
|
implementada |
|
|
|
|
|
docentes e alunos em todos os |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
países do bloco e associados. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
3. Adaptar livros e |
|
∙ |
Expansão do Programa |
|
2014 / 2020 |
|
|
CAPL e |
|
|
Livros e currículos |
|
|
currículos de |
|
Bibliotecas de Fronteiras a |
|
|
|
|
|
|
|
adaptados |
|
|
|
ensino com |
|
todos os países membros e |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
conteúdos mínimos |
|
associados, para através de |
|
|
|
|
|
|
|
Bibliotecas de |
|
|
|
de Literatura, Arte, |
|
obras literárias se aprender os |
|
|
|
|
|
|
|
Fronteiras |
|
|
|
Historia e |
|
idiomas oficiais do Mercosul. |
|
|
|
|
SIC e |
|
|
expandidas |
|
|
|
Tecnologia do |
|
∙ |
Produção de materiais |
|
2014 /2020 |
|
|
|
|
|
|
|
|
MERCOSUL |
|
didáticos, experiências de |
|
|
|
|
|
|
|
Materiais didáticos |
|
|
|
|
|
Literatura Historia, Arte, e |
|
|
|
|
|
|
|
produzidos e |
|
|
|
|
|
TIC´S, bem sucedidas, através |
|
|
|
|
|
|
|
divulgados |
|
|
|
|
|
de portfólios, encartes. |
|
2014 / 2020 |
|
|
CAPL, |
|
|
Mapas lingüísticos |
|
|
|
|
|
∙ Criação do mapa lingüístico |
|
|
|
|
|
|
||||
|
|
|
dos países do MERCOSUL para |
|
|
|
|
SIC |
|
|
criados |
|
|
|
|
|
implementar as políticas |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
lingüísticas bilíngües e |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
plurilíngües nas fronteiras. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
∙ |
Adaptação dos livros |
|
2014 /2020 |
|
|
|
|
Livros adaptados |
|
|
|
|
|
didáticos com tópicos |
|
|
|
|
|
|
||||
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
||
|
|
|
específicos de Literatura, |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
História e Arte do |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
MERCOSUL. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
4. Capacitação |
|
∙ Programas de intercâmbios |
|
2014 / 2020 |
|
|
Embaixadas, IES, |
|
|
Intercâmbios de |
|
|
|
regional de |
|
docentes nessas áreas. |
|
|
|
|
MEC |
|
|
docentes realizados |
|
|
|
docentes nas áreas |
|
∙ Seminários Semestrais sobre o |
|
2014 / 2020 |
|
|
|
|
Seminários |
|
||
|
de Literatura, |
|
ensino de Literatura História |
|
|
|
|
CAPL |
|
|
realizados |
|
|
|
História Arte e |
|
Arte e Tecnologias. |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Tecnologias |
|
∙ Projetos educativos nessas |
|
2014 / 2020 |
|
|
|
|
Projetos educativos |
|
||
|
|
|
áreas nas IES do MERCOSUL. |
|
|
|
|
CAPL |
|
|
interdisciplinares |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
SIC |
|
|
realizados |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
IES |
|
|
|
|
182
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO
N° 2
Año 2014
Alterações do Currículo do Ensino Superior nos países do MERCOSUL
∙Reelaboração do Protocolo de Educação Integrativa (1994) entre países membros e validação dele para todos os países associados, acrescentando à integração o ensino de História, Literatura, Arte e Tecnologias no âmbito do MERCOSUL, nos Cursos das IES;
∙Criação de leis educacionais coerentes entre os países membros e associados que favoreçam à integração no setor educacional que visem a romper com as barreiras geográficas e burocráticas e alienantes;
∙Alteração das Diretrizes Curriculares de História, Letras, Arte e Tecnologias junto ao MEC de cada país, dos projetos políticos pedagógicos desses Cursos nas IES, dos livros didáticos e outros materiais integrativos, incluindo aspectos peculiares dessas áreas no contexto do MERCOSUL;
∙Elaboração de aplicativos e materiais educativos comuns aos países da região que favoreçam à integração.
Avaliação do impacto da proposta na sociedade.
Assim devem proceder com a adequação da legislação educacional vigente e com as políticas dessas áreas, entre os países do bloco e associados,
formação da consciência regional e internacional cidadã, postulada desde os primeiros Planos do SEM, explicitando a dinâmica do MERCOSUL,
Básica), CAPL (Comitê Assessor de Políticas Linguísticas) e SIC (Sistema de Informação e Comunicação) no âmbito do MERCOSUL Educativo, no que se refere ao Ensino Superior através das áreas aqui postuladas como
oportunidade para se incluir o multiculturalismo, a história, arte, informática nos currículos e livros didáticos das IES.
Considerações Finais
A contextualização sobre o Tratado de Assunção, o Protocolo de Intenções, o conhecimento acerca das linhas prioritárias dos Planos do SEM
183
INTEGRACIÓN Y CONOCIMIENTO
N° 2
Año 2014
Referências Bibligráficas
ANDRÉS, A. (2010). A educação superior no setor educacional do MERCOSUL. Brasília: Biblioteca
Digital da Câmara dos Deputados; http://www.bd.camara.gov.br. Acesso: nov./ 2013. DIAS SOBRINHO, J. (2005). Dilemas da educação superior no mundo globalizado: Sociedade do conhecimento ou economia do conhecimento? São Paulo: Casa do Psicólogo. Cap. 4
GADOTTI, M. (2007). O MERCOSUL educacional e os desafios do século 21. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E
PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. Brasília: INEP (1995).
LEHER, R. (2009). Estrategias de mercantilización de la educación y tiempos desiguales de los tratados de libre comercio: El caso de Brasil. Rosário: Homo Sapiens Ediciones, p.15.
MERCOSUL. Mercosul Educacional. Disponível
__________. Protocolo de Intenções. Brasília, 13 de
dezembro de 1991. Disponível em: http://www.
___________. Tratado de Assunção. Disponível em:
<http:www.stf.jus.br/arquivos/cms.../anexo/Tratado_ de_ Assunção..pdf>. Acesso em 30 de agos.2014. Perrota, D. (2010) La cooperación en Mercosur: El caso de las universidades. Temas n. 54, p.
PLANO DE AÇÃO DO SETOR EDUCATIVO DO MERCOSUL
Oriental del Uruguay. 2005. Disponível em: <http:/sic.inep..gov.br>. Acesso 04/2014.
Plano de Ação do Setor Educacional do MERCOSUL
SANTOS & DONINI (2010). Políticas de integração e internacionalização da educação superior no mercosur educativo. X Colóquio Internacional sobre Gestión Universitaria en América del Sur. Mar Del
Plata. Diciembre Disponível em:
SANTOS JUNIOR, J.M. (2011). A educação superior na agenda da integração do MERCOSUL: os programas promovidos pelo SEM. In: Revista Científica Digital Videre Futura ANO I, VOL I, JAN/JULH 2011, 8p.
184