VOLUMEN 36, NÚMERO 2 | JULIO-DICIEMBRE 2024 | PP. 57-71
ISSN: 2250-6101
DOI: https://doi.org/10.55767/2451.6007.v36.n2.47471
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Análise translacional de crenças de
autoeficácia na aprendizagem de
Física - Parte 1
Translational analysis of self-efficacy beliefs in
physics learning - Part 1
Marcello Ferreira 1,2*, Israel Marinho Araújo 3, Olavo Leopoldino da
Silva Filho 1,2 e André Luís Miranda de Barcellos Coelho 1
1 Instituto de Física, Universidade de Brasília (UnB).
2 Centro Internacional de Física, Universidade de Brasília (UnB).
3 Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF).
*E-mail: marcellof@unb.br
Recibido el 13 de octubre de 2024 | Aceptado el 10 de noviembre de 2024
Resumo
Este trabalho relata, em duas partes, pesquisa translacional em processos de ensino-aprendizagem de Física no Ensino Médio media-
dos por tecnologias digitais e fundamentados na Teoria Social Cognitiva (TSC). Abordaram-se crenças de autoeficácia, construto psico-
lógico central na compreensão da agência humana e importante preditor da motivação e do desempenho acadêmico. Nesta primeira
parte, discute-se, ensaisticamente, o conceito de autoeficácia e a TSC. Na segunda, desenvolveu-se, aplicou-se e avaliou-se sequência
didática dedicada a superar problemas do formato convencional, medindo e modulando crenças de autoeficácia. Adicionalmente,
foram analisados possíveis intervenientes da formação e da modificação dessas creas na motivação e na aprendizagem. Utilizou-se
experimento para examinar níveis das crenças de autoeficácia em Física e da compreensão de tema de mecânica clássica entre 288
estudantes. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos controle e experimental, conquanto ob-
tidas correlações de distinção significativas com variáveis socioeconômicas. As desproporcionalidades suscitam múltiplas questões
atinentes ao ensino-aprendizagem em Física.
Palavras-chave: Autoeficácia; Ensino de física; Ensino remoto emergencial; Tecnologias digitais; Teoria social cognitiva.
Abstract
This paper reports, in two parts, translational research on teaching-learning processes of Physics in High School mediated by digital
technologies and based on Social Cognitive Theory (SCT). Self-efficacy beliefs, a central psychological construct in the understanding of
human agency and an important predictor of motivation and academic performance, were addressed. In this first part, the concept of
self-efficacy and SCT are discussed in an essay-based manner. In the second part, a didactic sequence dedicated to overcoming prob-
lems of the conventional format was developed, applied and evaluated, measuring and modulating self-efficacy beliefs. Additionally,
possible intervening factors in the formation and modification of these beliefs in motivation and learning were analyzed. An experiment
was used to examine levels of self-efficacy beliefs in Physics and understanding of classical mechanics among 288 students. No statis-
tically significant differences were observed between the control and experimental groups, although significant correlations of distinc-
tion with socioeconomic variables were obtained. Disproportionalities raise multiple questions regarding teaching and learning in
Physics.
Keywords: Self-efficacy; Physics education; Emergency remote teaching; Digital technologies; Social cognitive theory.
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I. INTRODUÇÃO
Durante o ano de 2020, a crise sanitária mundial impactou incontáveis atividades humanas, o que inclui o funciona-
mento de instituições acadêmicas e escolares. A pandemia originada pela disseminação do vírus SARS-CoV-2 ocasio-
nou segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) a maior ruptura
educacional da história em razão do cancelamento de atividades presenciais que, em seu auge, atingiu aproximada-
mente 1,6 bilhão de estudantes, o que representava cerca de 90% da população estudantil mundial em mais de 190
países (Unesco, 2020). Esse fenômeno motivou discussões e ações nos mais diversos âmbitos sociais e institucionais
acerca das possibilidades de adaptação laboral nessa inesperada conjectura. Nesse sentido, convém refletir acerca
dos impactos do isolamento social na educação Brasileira em curto, médio e longo prazo.
Na literatura, as discussões em torno das modificações das sociedades e do espaço escolar não são recentes, por-
quanto as sociedades e os estudantes do século XIX são distintos daqueles do século XX, em alguma medida, pela
difusão e pelo avanço das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), questão que motiva inúmeras
pesquisas em respeito aos desafios escolares na atualidade dentro de uma acelerada transformação tecnológica (Bo-
nilla, 2009, 2011; Coelho; Costa y Motta, 2021; Silva; Sales y Castro, 2019; Xavier, 2007). De fato, a interação com
essas (recentes) tecnologias torna-se cada vez mais cotidiana e indissociável de nossos afazeres, potencializando o
volume e a velocidade de informações veiculadas globalmente, o que trouxe à tona termos como o “Século do Conhe-
cimento”, utilizado por Xavier (2007 Apud Vergna y Da Silva, 2018) semelhante à Sociedade do Conhecimento”, à
“Sociedade da Informação” ou à “Sociedade da Aprendizagem” (Coutinho y Lisbôa, 2011) em vista dos desdobra-
mentos sociais, culturais e epistêmicos desse contato com as TDIC.
Não obstante, essas nomenclaturas contrastam, em certa medida, com o cenário evidenciado no período pandê-
mico no Brasil. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Brasil, 2018) indicavam que, em 2018, havia
cerca de seis milhões de estudantes da pré-escola à pós-graduação sem acesso à internet de qualidade em sua resi-
dência; destes, cerca de 5,8 milhões estavam matriculados em instituições blicas (Nascimento et al., 2020), e que
em apenas 42% dos lares havia microcomputadores. Dessa maneira, fica evidente que, em países como o Brasil, a
“Sociedade da Informação” contém um volumoso número de famílias, crianças e jovens em idade escolar e, até
mesmo, profissionais da educação sem o acesso e (ou) preparo adequados aos desafios dos usos didáticos das redes
on-line. Com a pandemia, tornou-se mais evidente a frágil (e desigual) articulação entre os processos educacionais
formais e as TDIC, especialmente quando se trata dos estratos socioeconômicos menos privilegiados.
Segundo o Censo Escolar de 2021, o número de matrículas na rede pública tem se mantido, desde 2005, em valores
superiores a 80% do total de matrículas da Educação Básica brasileira. Por isso, ao tratar do ensino de Física no Brasil,
é imprescindível refletir acerca de como avançar em relação aos objetivos e às metas da Educação Básica. Durante
esta pesquisa, refletiu-se acerca dos usos das TDIC nos processos de ensino e de aprendizagem de Física e seu com-
plexo emaranhado de variáveis.
Em 2020, após 128 dias corridos de suspensão total das atividades escolares (no âmbito público), elas foram reto-
madas remotamente com a intenção de: (i) atender os direitos e os objetivos de aprendizagem; (ii) preservar o padrão
de qualidade previstos em lei; (iii) cumprir a carga horária mínima exigida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação;
(iv) evitar retrocessos na aprendizagem, o aumento da reprovação, e perda de vínculo (evasão ou abandono escolar);
e (v) estabelecer estratégias inclusivas não amplificadoras ou reforçadoras da desigualdade educacional (Brasil, 2020b;
Cunha; Silva y Silva, 2020). Para isso, ações foram tomadas, sobretudo, recorrendo às TDIC.
Costa e Souza (2020) aclaram que o sucesso no uso das TDIC não depende exclusivamente da abordagem didático-
pedagógica escolhida, sofrendo influência de políticas públicas e estruturas sociais e econômicas. Por isso, é necessá-
rio adaptar as abordagens às peculiaridades de cada comunidade escolar, instituição e região, especialmente quando
são usadas tecnologias digitais. De outro modo, existem fatores externos e internos aos estudantes que exercem in-
fluência (direta e indireta) nos processos escolares, como é o caso da motivação acadêmica, da autopercepção e das
próprias convicções perante o aprendizado de determinado campo do conhecimento científico. Portanto, é pertinente
investigar os principais preditores dos comportamentos, dos pensamentos e das emoções dos estudantes, para, en-
tão, propor e avaliar as propostas (políticas, institucionais, pedagógicas, didáticas etc.) direcionadas ao enfrentamento
de adversidades à formação básica pública no Brasil.
As adversidades relativas ao ensino de Física e à difusão do conhecimento científico, em especial mediado por
TDIC na sociedade brasileira, compõem o objeto desta pesquisa translacional, que se fundamenta na perspectiva so-
cial-cognitiva do prolífico psicólogo Albert Bandura (1925-2021).
A Teoria Social Cognitiva (TSC) é o nome dado à formulação geral desenvolvida por Bandura (1977; 1986; 1997;
2023) com o propósito de compreender, de modo amplo, o ser humano, seu funcionamento e comportamento. Esse
quadro teórico guarda grande relevância na psicologia contemporânea (Azzi y Polydoro, 2006). Nesse enfoque, fatores
socioestruturais operam, mediante mecanismos psicológicos, produzindo efeitos comportamentais. Portanto, condi-
ções socioeconômicas, estruturas familiares e escolares exercem influência nas ações humanas, em grande medida,
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em razão de suas repercussões nas aspirações dos indivíduos, no senso de autoeficácia, nos padrões pessoais e nos
processos autorregulatórios (Bandura, 2001). Não raramente surgem afirmações no cotidiano escolar de que os estu-
dantes são ou estão desmotivados, particularmente na aprendizagem em Física, o que repercute negativamente em
todo o processo pedagógico. Essa correlação, contudo, é determinantemente carente de mediadores estruturados.
A TSC é composta por construtos que são cruciais para uma explicação adequada da agência humana e de suas
transformações nos mais diversos contextos. Uma formulação central na TSC é a das crenças de autoeficácia. É notável
o número crescente de pesquisas, sobretudo internacionais, que acionam a perspectiva social-cognitiva em diversas
áreas da saúde, do esporte, da educação e do ensino, entre outras, encontrando ressonância com pesquisas atuais
acerca da motivação comportamental (Azevedo, 1992; Lefrançois, 2019). Nesse sentido, o presente trabalho espera
contribuir com o potente (mas ainda tímido) debate acerca das contribuições da TSC para o campo do ensino de Física.
No decurso dos anos letivos de 2020 e 2021, as diferentes unidades federativas brasileiras passaram a ofertar
atividades pedagógicas virtuais e híbridas adaptadas às especificidades regionais, mediadas por TDIC; em sua maioria,
disciplinas e atividades veiculadas em ambiente virtual de aprendizagem, transmissões de aulas e uso de recursos
como simulações, aplicativos e games. Semelhantemente, na capital brasileira lócus desta investigação foi imple-
mentado o ensino remoto na rede pública, mediado por um conjunto de ferramentas digitais on-line da empresa
Google. As interações síncronas e asncronas que ocorriam nesses ambientes virtuais constituíram a principal ação
do governo da capital federal em relação à oferta da Educação Básica enquanto perdurava a crise sanitária.
Nessa perspectiva, este texto encaminha-se com o principal objetivo de tecer considerações e propor intervenções
que contribuam com o debate acerca da articulação entre TDIC e, em particular, o ensino de Física no pelo prisma
social-cognitivo. Na segunda parte do trabalho, relataremos a pesquisa exploratória desenvolvida que, considerando
desafios específicos do ensino de Física (Silva; Sales y Castro, 2019), avaliou quantitativamente as repercussões de
duas estratégias pedagógicas nos níveis das crenças de autoeficácia para a performance nessa disciplina e o desem-
penho dos estudantes em um teste padronizado de Física. Além disso, analisamos potenciais relações entre essas
crenças, os desempenhos e as características socioeconômicas dos estudantes foram examinados.
Como a TSC não comparece tipicamente na produção intelectual no campo da pesquisa em ensino de Física, de-
senvolvemos um sólido referencial teórico a partir dela nesta primeira parte do trabalho. Uma vez apresentado ao
leitor, sua articulação com os métodos de pesquisa, bem como os resultados e análises da pesquisa poderão ser bem
compreendidos na segunda parte dessa produção.
II. AUTOEFICÁCIA E A TEORIA SOCIAL COGNITIVA
O caráter translacional desta pesquisa verifica-se pela tentativa de, como definem Colombo, Anjos y Antures (2019),
Ferreira et al. (2020) e Ferreira et al. (2021, articular diferentes áreas do conhecimento para produzir saberes aplicá-
veis e replicáveis dentro de uma realidade escolar concreta, numa relação horizontal, imersiva e de retroalimentação
epistêmica, teórica e metodológica. Em outras palavras, aqui um esforço em transitar entre as esferas teórica e
prática, almejando avançar objetivamente em um contexto educacional concreto e específico ao dialogar com a lite-
ratura especializada. Nesse sentido, buscou-se por obras relevantes acerca do tema do ensino de Física, o que permitiu
a elaboração de um quadro teórico robusto com o qual se estabelece um diálogo.
Como elemento que subsidia análises de autoeficácia, faz-se importante mencionar elementos intervenientes e
estruturais. Um estado de crise geral na educação está amplamente documentado, tanto no Brasil quanto internaci-
onalmente (Mattews, 1995; Arendt, 2000; Silva, 2006; Coelho, 2023). Uma dimensão do problema que se acentua no
Brasil é o da desigualdade. Segundo Nascimento, Cavalcanti e Ostermann (2018), desde 1960, é conhecida a correla-
ção entre desempenho escolar e o recorte socioeconômico dos estudantes, como no estudo Equality of Educational
Opportunity de Coleman et al. (1966), que reportou a alta correlação entre o desempenho acadêmico e os anteceden-
tes familiares (family backgrounds) dos estudantes; e a significativa, mas consideravelmente mais baixa, correlação
do desempenho com relação à qualidade das escolas e dos professores. Estudos com resultados semelhantes surgiram
também no Brasil a partir de exames como o SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica) e o ENEM (Exame Naci-
onal do Ensino Médio). Nesse mérito, destaca-se as obras de Bourdieu e Passeron (2009; 2014) que clarificam a ques-
tão das desigualdades de classe e desigualdades escolares.
Nessa perspectiva, os diferentes capitais (cultural, social e econômico), tomados como heranças de classe, conjun-
tamente ao habitus do sujeito, isto é, a relativa homogeneidade de interesses e disposições de indivíduos e grupos de
mesma classe socioeconômica, são os principais determinantes do sucesso ou insucesso escolar. Isso significa que os
sistemas educacionais também atuam na reprodução das desigualdades sociais e o êxito escolar não depende exclu-
sivamente das atitudes individuais dos estudantes, senão, profundamente de suas origens sociais, o que é exemplifi-
cado pelos resultados de Nascimento, Cavalcanti y Ostermann (2018) que, analisando itens de Física do ENEM,
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observaram, por exemplo, que as questões quantitativas apresentam menor número de acertos e forte associação
com o nível socioeconômicos quando comparados a itens qualitativos, corroborando os estudos de Kleinke (2017).
Ao examinar as obras do campo de ensino de Física, como descrito, percebe-se um grande empenho em procurar
alternativas para os problemáticos processos de ensino e de aprendizado de Física. Junior, Pinheiro y Ostermann
(2012) criticam as investigações em educação científica que limitam as análises a processos cognitivos de aquisição de
conhecimento, visto que o trabalho pedagógico é perpassado por questões sociais. De acordo com isso, é necessário
compreender os processos de ensino e de aprendizagem de modo multifacetado e, nesse sentido, a presente investi-
gação discute a relação entre: (i) determinantes internos, como sentimentos e pensamentos, especialmente relativos
às percepções de autoeficácia dos estudantes; (ii) determinantes externos (ambientais, sociais e econômicos); e (iii)
suas ações.
Cabe observar que, dentre os diferentes enfoques na pesquisa em ensino de Física, tem-se destacado o tema do
engajamento dos estudantes neste aprendizado. Silva, Sales y Castro (2019) apresentam a comparação do ganho nor-
matizado <g> no desempenho de dois grupos (Experimental e Controle) de estudantes, em que um deles foi subme-
tido a estratégias de gameficação, as quais, segundo os autores, têm a intenção de motivar, engajar e melhorar o
desempenho estudantil. O ganho normatizado <g>, proposto por Hake (1998), é um parâmetro amplamente utilizado
nesse campo, a partir de testes padronizados aplicados prévia e posteriormente (pré e pós-teste) a algum processo
pedagógico, como uma forma de avaliá-lo e de observar indiretamente a ocorrência (ou não) de aprendizagem.
O estudo de Hake (1998) ilustra a preocupação da comunidade em tratar com destaque o tema do engajamento
e da motivação estudantil no aprendizado de Física, em grande medida, buscando alternativas à forma quase cristali-
zada de aprender e de ensinar essa ciência (Mazur y Hilborn, 1997; Araújo y Mazur, 2013; Silva; Sales y Castro, 2019;
Santos y Dickman, 2019; Selau et al. (2019); Studart, 2019). Os estudos de Hake (1998), Silva, Sales y Castro (2019) e
Selau et al. (2019), particularmente, foram referências importantes nesta investigação que, de modo experimental,
buscou avaliar o ganho <g> no desempenho dos estudantes em um exame de física e o nível de suas crenças de au-
toeficácia para performar a disciplina de Física. A relação entre a percepção de autoeficácia e a Física é concretamente
notada nos dispositivos de interesse, confiança e credulidade nas condições de compreensão dos objetos conceituais
do campo.
Outro elemento que merece destaque na discussão acerca do engajamento no âmbito do ensino de sica são as
TDIC cuja articulação com processos educacionais entra em pauta no Brasil desde a década de 1980, em relativo
descompasso entre o acelerado desenvolvimento dessas tecnologias e seu amplo acesso pela população. De acordo
com Lemos (2011, p. 16), os programas (de Estado) deveriam perseguir a ideia da inclusão digital em sentido amplo,
pensando a formação global do indivíduo para a sua inclusão social. Com o avanço das TDIC, são incontáveis as trans-
formações individuais e estruturais que, não raramente, excluem certos grupos sociais, obstaculizando o acesso a
direitos básicos, como o da educação de qualidade. Mediante as complexidades sociais culturais, econômicas, políti-
cas, dentre outras que envolvem a interface das TDIC com a educação, Coelho, Costa e Motta (2021) propõem uma
reflexão acerca das usabilidades técnica e pedagógica dessas tecnologias.
Em relação ao ensino de Física, Ferreira et al. (2020) discutem a necessidade de perseguir uma aprendizagem
significativa (Ausubel, 2012) e, para isso, consideram a pertinência do uso de TDIC e estratégias ativas de ensino de
Física. Neste caso, propuseram uma abordagem de temas de Ótica com apoio de diversos recursos de smartphones,
isto é, para a visualização de vídeos, interação com aplicativos e jogos. Kielt, Silva e Miquelin (2017), por sua vez,
apresentam um aplicativo para celular que possibilita a realização de atividades de resolução de exercícios dentro de
uma “Instrução por Pares” (Peer Instruction). Barroso et al. (2018) combinam o uso de dois softwares (Geogebra e
PhET Interactive Simulations) ao método gráfico de Pierre Lucie para a obtenção de dados e dedução de uma relevante
relação matemática da ótica de lentes (equação de Gauss). Nestes três últimos estudos, as propostas voltam-se ao
ensino em nível médio.
Ortiz, Krause y Santos (2019), por sua vez, relatam uma experiência de formação docente continuada e discutem
sua relevância quanto ao uso de TDIC para a superação de dificuldades de aprendizagem de Física. Todas as outras
oito (8) publicações discutem alguma maneira de utilização de smartphones em atividades experimentais, tanto
usando o celular como parte do experimento (Lunazzi et al., 2019; Barroso, Oliveira y Jesus, 2020; Soga, Ueno-Guima-
rães y Muramatsu, 2020; Di Laccio, Núñez y Gil, 2021; Rossini et al., 2021; Pereira, 2021; Jesus y Sasaki, 2019; 2021),
quanto como meio de acesso à dados experimentais de Física Nuclear (Orengo y Schäffer, 2018). Algumas dessas
propostas eram inexequíveis no contexto da presente pesquisa.
Dadas as considerações anteriores acerca das variáveis intervenientes no objeto de pesquisa, para a análise da
proposta didática sobre mecânica newtoniana com uso do celular, adotou-se a Teoria Social Cognitiva (1986; 2023)
proposta por Albert Bandura, centrada no construto das crenças de autoeficácia (Bandura, 1977). Como se verá, isso
nos permitiu realizar inferências quanto à sequência didática proposta e, principalmente, refletir acerca de algumas
das variáveis que, além da estratégia docente, influem de modo imperativo nos processos de aprendizagem de Física.
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III. ENSINO DE FÍSICA E AS CRENÇAS DE AUTOEFICÁCIA
De acordo com Daniel Cervone (2023), Bandura foi o psicólogo mais impactante de sua era, sendo seu maior presente
à psicologia a Teoria Social Cognitiva (TSC) um quadro teórico para compreender as pessoas, suas ações e seus
pensamentos. Apesar da eminência da perspectiva social-cognitiva nas últimas décadas, em especial, em campos cor-
relatos à Educação, o volume de abordagens de ensino de Física que utilizam esse aspecto tem apresentado um cres-
cimento ainda tênue no cenário brasileiro (Bopsin y Guidotti, 2021). Desse modo, espera-se que o presente texto
auxilie na reverberação desse valoroso quadro teórico na esfera da educação científica, com particular utilidade no
ensino de Física, uma vez que parte considerável da literatura especializada investiga, décadas, formas de promover
o engajamento e a motivação estudantil e, até mesmo, combater a desistência ou o abandono na disciplina. A TSC
oferece um prisma capaz de alargar substancialmente a compreensão dos múltiplos determinantes do intrincado pro-
cesso da aprendizagem de Física.
Por esse viés, o quão bem ou mal um estudante julga-se capacitado para articular as dimensões desse campo do
saber científico, bem como para realizar satisfatoriamente as atividades pedagógicas propostas afeta de modo rele-
vante sua motivação e seu comportamento e, consequentemente, seu aprendizado e desempenho em uma disciplina
como a de Física. Bopsin y Guidotti (2021) esclarecem que a questão da motivação dos estudantes tem sido abordada
por diferentes linhas, como a: da Teoria de Atribuição de Causalidade (Heider, 1970), da Teoria da Autodeterminação
(Deci y Ryan, 1985) e da Teoria Social Cognitiva (Bandura, 1986, 2008).
Para a TSC, a ação e a motivação dependem mais do que as pessoas acreditam do que daquilo que elas suposta-
mente sabem acerca de algo. Pajares y Olaz (2008) enfatizam o poder de nossas convicções acerca dos nossos pensa-
mentos e comportamentos, principalmente quando são relativas às nossas próprias capacidades, o que é corroborado
por numerosas evidências empíricas. Por isso, afirmam ainda que as crenças de autoeficácia exercem influência em
praticamente todos os aspectos da vida humana. O modo como um indivíduo agirá é melhor previsto por meio de
suas crenças acerca de suas capacidades do que pelo que ele é objetivamente capaz de fazer. De tal maneira, as
percepções de autoeficácia ajudam a determinar o que as pessoas fazem com os conhecimentos e as habilidades que
possuem. Ao considerar a Física em suas dimensões (conceitual, epistemológica e experimental) e o contexto educa-
cional do Ensino Médio brasileiro, depreende-se que as crenças de autoeficácia em performar a disciplina de Física é
essencial para compreender e intervir em contextos educacionais adversos.
Na literatura, Ferreira e Custódio (2013) examinam a dimensão afetiva de estudantes em atividades de resolução
de exercícios de Física, indicando que estas crenças podem direcionar suas emoções. Goya et al. (2008) observaram
uma correlação moderada entre as crenças do professor(a) e a motivação de seus estudantes. Por outro lado, Silva et
al. (2011) investigam se a formação acadêmica dos professores de Física afeta suas crenças de autoeficácia na docên-
cia, concluindo que a formação está relacionada com seus níveis motivacionais e de autoeficácia. Os estudos de Rocha
y Ricardo (2014, 2016) têm como foco as convicções dos docentes de Física quanto ao ensino de Física Moderna e
Contemporânea (FMC), visto que as crenças de autoeficácia exercem forte influência também na prática docente.
Rocha y Ricardo (2016) concluem que: i) professores com maiores índices de crenças de autoeficácia apresentam
maior propensão a discutir a FMC e lidar com as adversidades no que tange ao seu trato em sala de aula; ii) os dife-
rentes níveis dessas crenças estão relacionados a interpretações distintas das mesmas situações; iii) a qualidade da
formação docente quanto à FMC reflete em suas crenças de autoeficácia em lidar com esses tópicos em seu trabalho.
O construto das percepções de autoeficácia é potente aplica-se a uma generalidade de situações e sujeitos envolvidos
nos processos de ensino e aprendizagem, ao mesmo tempo em que se mantém válido pela especificidade da crença
que se almeja investigar, referindo-se à capacidade para obtenção de certo tipo ou nível de desempenho em um
conjunto de ações específicas. Aplicando-se aos estudantes, professores etc.
Para além dos trabalhos envolvendo estudantes e professores da Educação Básica, também são encontrados tex-
tos acerca das crenças no Ensino Superior. Simões et al. (2014; 2016) entrevistaram 26 licenciandos em Física para
compreender a influência das crenças de autoeficácia e a motivação para a escolha da carreira de professor de Física.
Concluíram que as crenças de autoeficácia de secundaristas, as motivações intrínsecas e as relações professor-estu-
dante e terceiros-estudantes (familiares, amigos etc.) são determinantes na escolha desta carreira.
Fraiha et al. (2018) narram a implementação de uma disciplina introdutória na graduação em Física de uma
universidade brasileira baseada em atividades investigativas com o objetivo revisitar tópicos da Educação Básica e
fomentar a Alfabetização Científica. Segundo suas análises, salienta-se o engajamento da turma nas atividades inves-
tigativas e o aumento das crenças de autoeficácia dos estudantes na busca por responder às questões propostas.
Rocha y Ricardo (2019) construíram e avaliaram a validade de um questionário que mensura o nível das crenças
de autoeficácia de estudantes a respeito de seu desempenho escolar na disciplina de Física. Na segunda parte da
presente pesquisa, este questionário foi adaptado e aplicado a 288 estudantes, o que permitiu examinar suas propri-
edades psicométricas e, assim, concluir que esse instrumento apresenta uma única dimensão (e não três) e que, com
a remoção de alguns itens, ele pode tornar-se uma ferramenta fortemente validada e adequada (Ferreira et al., 2023).
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Espinosa et al. (2019) investigam a modificação das crenças de autoeficácia em aprender Física e em trabalhar
colaborativamente de estudantes de uma disciplina introdutória da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS) em que foi utilizada uma metodologia ativa. Os resultados sinalizaram uma alteração positiva nas crenças em
função das experiências individuais e observacionais. Selau et al. (2019) sustentam que parte da pesquisa em ensino
de Física tem-se voltado a estratégias ativas, mas que o sucesso dessas propostas depende, dentre outros fatores, do
nível das crenças de autoeficácia em realizar as atividades propostas. Por isso, Selau et al. (2019), semelhantemente
a Espinosa et al. (2019), realizaram um estudo exploratório com o intuito de examinar impactos do método “Episódios
de Modelagem” sobre as crenças de autoeficácia dos estudantes em três aspectos: no aprendizado de física, na reali-
zação de atividades experimentais e no trabalho colaborativo. A análise dos resultados levou Selau et al. (2019) a
concluírem que houve melhorias nos índices das crenças, provavelmente em virtude das experiências positivas, da
observação dos colegas e do feedback do professor.
Neto et al. (2019) avaliaram as crenças de licenciandos no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação
à Docência (PIBID) e concluíram que as experiências neste alteram as fontes e elevam as crenças de autoeficácia para
a docência. Pigosso et al. (2020) discutem a evasão na Licenciatura em Física na UFRGS na perspectiva de Tinto
(2017) e concluem que, nesse caso, os construtos mais relevantes são, respectivamente, o senso de pertencimento,
as crenças de autoeficácia e a percepção de currículo.
Assim, seria importante buscar um quadro conceitual que permitisse compreender os variados resultados apre-
sentados até aqui, em particular na perspectiva dos efeitos da crença de autoeficácia. Nesse sentido, é apresentado a
seguir um panorama da teoria de personalidade de Bandura (1986, 2023), quadro teórico sustentado por um amplo
e rigoroso conjunto de evidências e aplicações que nos auxiliam na compreensão do desenvolvimento e das capaci-
dades psicológicas dos seres humanos, em particular, em processos educacionais.
IV. TEORIA SOCIAL COGNITIVA
Conforme Azevedo (1992), o desenvolvimento da TSC ocorreu na esteira de teorias neobehavioristas de aprendizagem
social e, apesar de anuir aos princípios centrais do behaviorismo, colocou em destaque questões que escapavam às
suas vertentes mais ortodoxas, como os processos de imitação e de aprendizagem por observação. Dessa maneira, a
estrutura teórica proposta por Bandura (1986), que se constitui como uma ponte entre teorias pré-cognitivas e cog-
nitivas, confere grande importância ao processamento de informações e a aspectos agênticos, como os sistemas de
crenças e as capacidades autorregulatórias dos pensamentos e das ações dos indivíduos (Azevedo, 1992).
Como explica Bandura (2005), em geral, as teorias comportamentais fundamentam-se em um conjunto limitado
de determinantes. O construto das crenças de autoeficácia está contido na TSC e, por isso, é necessária uma incursão
pelas principais formulações que se correlacionam com essas convicções. Portanto, adotam-se aqui as sugestões: (i)
de Azzi (2008), de que os principais construtos dessa teoria são: a reciprocidade triádica, a modelação, a agência, a
autorregulação e as crenças de autoeficácia; e (ii) de Schunk (1991), de que, em síntese, a TSC é alicerçada em seis
pontos básicos: (1) os processos de agência no contexto da reciprocidade triádica; (2) a diferença entre aprendizagem
e desempenho; (3) a diferença entre as formas de aprendizagem atuante e vicariante; (4) a reformulação do conceito
de reforço; (5) o construto da modelação; e (6) a função das crenças de autoeficácia na motivação comportamental
(Azevedo, 1997). Nos parágrafos seguintes, percorremos estes seis pontos a fim de apresentar os principais contribu-
tos teóricos de Bandura (1977; 1986), com destaque às crenças de autoeficácia.
V. OS PROCESSOS DE AGÊNCIA NA RECIPROCIDADE TRIÁDICA
Uma postulação fundamental na TSC é a de que a compreensão dos processos de aprendizagem e do comportamento
humano requer considerar a interação recíproca e contínua de três fontes de influências: as internas (cognitivas, afe-
tivas etc.), as externas (ambientais, sociais etc.) e o próprio comportamento do indivíduo. Bandura (1977) corrobora
a noção comportamentalista de que parte relevante do nosso conhecimento é adquirido a partir dos resultados de
nossas ações, isto é, de que o comportamento humano é afetado, mas não regido, pelo reforço-punição. Assim, Ban-
dura (2005) considera que as explicações das vertentes unidirecionais (ambiental ou pessoal) e bidirecionais (ambien-
tal e pessoal) do funcionamento humano são insatisfatórias. Portanto, propõe um modelo no qual não se podem
desconsiderar as influências mútuas e sucessivas entre as situações (ambientais), as disposições (pessoais) e a ação
da pessoa (comportamento). Nesse aspecto, a ação não é apenas produto da situação-disposição, mas um determi-
nante interdependente.
Nessa linha, múltiplas pesquisas têm corroborado que o ambiente afeta o comportamento por meio de processos
cognitivos intermediários (Bandura, 2008). Na concepção social-cognitiva, não há uma causa final do comportamento
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(comum em outras abordagens) em que a sequência de estímulo, resposta e reforço ou punição; a ação humana
não decorre de processos lineares e unidirecionais; mas, a ação, a disposição e a situação afetam-se mutuamente.
A TSC enfatiza que o funcionamento humano está enraizado em sistemas sociais nos quais os indivíduos são tanto
produtores como produtos de seus sistemas sociais e ambientais (Bandura, 2008). Nestes sistemas, a aprendizagem
e as modificações do comportamento ocorrem pela interação recíproca de fatores pessoais, comportamentais e am-
bientais. Nessa ótica, contudo, os processos cognitivos ganham destaque, havendo centralidade em capacidades ditas
eminentemente humanas de antecipar as consequências de suas ações e agir intencionalmente, monitorando, ava-
liando e regulando as próprias atitudes continuamente. Em outras palavras, as capacidades básicas do construto da
agência humana são: (i) a intencionalidade, (ii) a antecipação, (iii) a autorreflexão e (iv) a autorreação; capacidades
que conferem ao indivíduo um sistema autorreferente que lhes permite originar planos de ação para determinados
propósitos (Bandura, 2001 y Azzi, 2010).
A intenção ocorre mediante o processo de representar cursos de ações futuras planejar e o comprometimento
em concretizá-las, o que guia e mantém o indivíduo em curso, revisando, ajustando e até reconsiderando suas ações.
O processo de antecipação também se relaciona com a capacidade de simbolizar, isto é, de extrapolar o ambiente
imediato por meio de um futuro representado no presente. As pessoas são capazes de imaginar os possíveis resultados
de suas ações a partir de suas experiências (diretas ou observacionais) e, por isso, buscam cursos de ação recompen-
sadores e evitam aqueles que resultam em punições. Enquanto age, as pessoas monitoram e interpretam os resulta-
dos de suas ações, informando-se e alterando as situações e as disposições, o que, por sua vez, influencia em ações
futuras (Pajares y Olaz, 2008).
A autorregulação (da motivação, do afeto e da ação) é determinada pelas subfunções: monitoramento, orientação
das ações e reações corretivas (Bandura, 2008). Nos orientamos e motivamos de acordo com nossas antecipações. As
pessoas monitoram o próprio funcionamento (cognitivo, afetivo e comportamental) e as circunstâncias, de tal modo
que realizam julgamentos com base em percepções e padrões pessoais, que permitem produzir regulações mediante
reações autodirigidas. Como afirma Bandura (2001, p. 8), “[...] a agência, portanto, envolve não apenas a capacidade
deliberativa de fazer escolhas e planos de ação, mas a capacidade de dar forma aos cursos de ação apropriados, mo-
tivar e regular sua execução”.
VI. APRENDIZAGEM E DESEMPENHO
Mesmo no auge do behaviorismo, concorriam linhas de investigação que divergiam na ênfase radical acerca do estí-
mulo-resposta (S-R) e na busca por características mecânicas e previsíveis do comportamento humano, sem quaisquer
referências a processos mentais. A linha seguida por Edward C. Tolman (1886-1969) e seus sucessores demonstrou
que, mesmo em organismos não humanos (animais), a ação nunca é resultado do S-R sem variáveis intervenientes,
isto é, cognições ou pensamentos que podem ser evidenciados pelo comportamento (Lefrançois, 2015). No behavio-
rismo intencional de Tolman (1932), os organismos desenvolvem uma série de expectativas com respeito ao compor-
tamento, estabelecendo o que se denominou de relações “signo-significado”, isto é, entre um estímulo (signo) e uma
expectativa de recompensa resultante de aprendizagem (significado), de modo que a intenção, que guia a ação, é a
expectativa de um resultado reforçador (Lefrançois, 2015).
A distinção entre aprendizagem e desempenho, introduzida por Tolman (1932), foi incorporada por Bandura
(1986) na TSC. Como esclarece Azevedo (1997), as relações entre aprendizagem e desempenho são complexas. Algu-
mas teorias científicas atuais da aprendizagem partem da noção de que, devido à incapacidade de observar direta-
mente os processos mentais, devem-se examinar as leis que regem a ação humana (observável), de modo que
modificações no comportamento ou no desempenho de uma pessoa podem evidenciar uma aprendizagem como con-
sequência de uma experiência.
Mesmo assim, é necessário considerar duas questões, conforme a TSC. Primeiro, pode-se adquirir diversos tipos
de conhecimento sem desempenhá-los ou demonstrá-los em ações observáveis durante ou após a ocasião da apren-
dizagem. Em parte das teorias de aprendizagem social e na TSC, compreende-se que o conhecimento humano é ad-
quirido, em grande medida, de forma observacional vicária e sem a necessidade de performance, modificação
comportamental explícita e reforço-punição. Segundo, mesmo quando ocorrem, as ações não são reproduções me-
cânicas, exatas, objetivas e completas de uma informação ou conhecimento, podendo ser afetadas por determinantes
externos e internos ao indivíduo. Na TSC, o desempenho resultante de uma aprendizagem distingue-se da aprendiza-
gem em si, o que exige cautela ao empregar e relacionar essas duas noções (Azevedo, 1997).
Inúmeras pesquisas indicam que o conhecimento e a aprendizagem humanas não se limitam à retenção ou ao uso
de informações. Lefrançois (2015, p. 6) define que a aprendizagem se refere a “[...] todas as mudanças relativamente
permanentes no potencial de comportamento, que resultam da experiência [...]” e não são efeitos de eventos fisioló-
gicos, como uma lesão ou doença. As mudanças no potencial expressam a ideia de que a aprendizagem resulta em
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alterações nas capacidades e na disposição (tendência ao comportamento). Azevedo (1997) aponta que estudos atuais
consideram que a aprendizagem é uma atividade de processamento de informação, por meio da qual é traduzida em
representações simbólicas que orientam o comportamento.
Na teoria de Bandura (1977), a aprendizagem pode ocorrer por meio de dois processos: atuante e vicariante. O
processo atuante ocorre quando um indivíduo aprende empiricamente; agindo, ele experiencia as consequências de
suas próprias ações, o que fornece informações tanto de reforço-punição (isto é, de incentivos relativos à desejabili-
dade da ação), quanto para as possíveis correções comportamentais. O processo vicariante observacional ocorre
quando um indivíduo aprende pela observação do desempenho de um modelo (humano, verbal ou pictórico) e de
suas consequências sobre este, sem requerer qualquer ensaio da pessoa ou resposta.
Alguns dos proponentes do behaviorismo, como Thorndike (1898) e Watson (1913), rejeitavam a aprendizagem
observacional pela ausência de ocorrência de respostas. Porém, pesquisas posteriores demonstraram que as apren-
dizagens complexas (procedimentais) decorrem de processos operantes e vicariantes. Na TSC, a modelação ocorre
quando aprendizagem por observação e imitação. Baseando-se no condicionamento operante, Bandura (1977)
considera que a imitação é uma forma de aprendizagem operante, na qual um comportamento é emitido após a
observação de um modelo.
O processo de modelagem é um mecanismo fundamental para a compreensão da ação humana, em que uma
prevalência de comportamentos sociais ou socialmente aprendidos. A chamada “socialização” envolve observar e imi-
tar. Os modelos nos informam como fazer algo e os prováveis resultados de nossas ações. A noção de aprendizagem
observacional nas formulações iniciais de Bandura foi derivada de teorias comportamentalistas; contudo, o autor
passa a reconhecer, cada vez mais, que é indispensável considerar os fenômenos cognitivos.
De acordo com o que foi discutido, a incorporação feita por Bandura (1977) da aprendizagem vicária na explicação
da aprendizagem social e o destaque dado a eventos internos cognitivos e afetivos, são avanços em relação às verten-
tes mais restritivas do comportamentalismo. As pessoas tendem ou não a agir mediante o que elas esperam que
aconteça, ou melhor, por meio das expectativas produzidas pelas consequências dos desempenhos de um modelo ou
de seus próprios desempenhos (Bandura y Walters, 1963). Na perspectiva social-cognitiva, os estímulos de reforço-
punição são (re)interpretados, pois, nesse ângulo, eles não exercem influência diretamente, mas mediante as expec-
tativas formadas. A depender de determinadas disposições do indivíduo, um evento pode ser mais ou menos reforça-
dor-punitivo. Assim, a divergência mais relevante no quadro da TSC é a ênfase nos aspectos de personalidade
(Bandura, 1986).
Desta feita, a TSC corrobora o entendimento de que os estímulos reforçadores ou punitivos decorrentes de um
comportamento aumentam ou diminuem, respectivamente, a probabilidade de sua recorrência. Com isso, as pessoas
agem com base em antecipações (das consequências potenciais de suas ações), adquiridas de forma operante e/ou
vicariante. Isso posto, o reforço-punição afeta o comportamento humano por intermédio da formação de expectati-
vas, variável interna ou termo teórico de caráter cognitivo, que nos informa quanto à sua correção e à sua desejabili-
dade. Costa y Baruchovitch (2006) e Zimmermann (2020) indicam que múltiplas investigações em torno do tema da
motivação reiteram que a forma como uma pessoa interpreta sua experiência produz convicções acerca de suas pró-
prias capacidades e expectativas quanto a realizações específicas, o que, por sua vez, repercute em seus comporta-
mentos, seus pensamentos e seus sentimentos.
Na década de 1960, Bandura dedicou-se a engenhosos estudos acerca da aprendizagem por observação e por
imitação, de tal modo que sua formulação se tornou paradigmática no campo da aprendizagem social (Aguiar, 1998;
Lefrançois, 2015). Bandura (1962, p. 215) define imitação como a “[...] tendência de uma pessoa para emitir compor-
tamentos ou atitudes similares àqueles exibidos por modelos reais ou simbólicos”. Bandura, Ross e Ross (1961, 1963),
em um dos estudos clássicos da psicologia, demonstraram que a observação de pistas provenientes de um modelo
aumentava a probabilidade de ocorrência de determinadas respostas, sem a necessidade de aproximações sucessivas,
como sugeria Skinner (1965). As pessoas podem aprender apenas observando, mesmo na ausência de desempenho e
de reforço-punição.
Compete mencionar que, ao imitar um modelo, as ações podem tornar-se mais ou menos frequentes de acordo
com seus resultados. Porém dois aspectos precisam ser considerados: primeiro, a modelagem ocorre, sobretudo, pela
aquisição de representações simbólicas das respostas observadas, isto é, por uma função informativa; segundo, a
associação entre estímulo-resposta não ocorrem apenas da ação direta do observador, mas também das respostas
imediatas ou inferidas acerca do desempenho do modelo e de estímulos internos (autorreforçamento).
Ao investigarem o papel da imitação na aprendizagem social, Bandura e Walters (1963) indicam que a exposição a
um modelo informa como executar e quais as prováveis consequências de determinada ação, produzindo três efeitos
no observador, a saber: (1) o modelador, (2) o eliciador e (3) o inibitório/desinibitório. O efeito modelador refere-se
à ampliação do repertório de respostas, isto é, ao aprendizado de novos comportamentos por meio da observação ou
imitação de um modelo. O efeito eliciador funciona como um facilitador de respostas semelhantes, não exatamente
as mesmas do modelo, mas relacionadas a elas. Os efeitos inibitório/desinibitório referem-se a um comportamento
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existente no repertório, engajando ou desengajando a pessoa em desempenhá-lo. Bandura (1986) também escla-
rece que quatro subprocessos influenciam as aprendizagens por observação e, consequentemente, por modelação:
(i) a atenção; (ii) a retenção; (iii) a reprodução; e (iv) a motivação.
Quando se presta pouca atenção a um modelo, aprende-se pouco. Em geral, nosso nível de atenção é maior
quando valorizamos o comportamento observado. Além disso, nossa atenção depende do quão nítida, complexa e
prevalente é a ação do modelo. Isso significa que tendemos a prestar menos atenção em comportamentos pouco
nítidos, complexos, considerados de pouca utilidade, muito comuns ou muito raros. A aprendizagem também de-
pende da capacidade da pessoa de lembrar (reter) o que foi observado, o que envolve dois tipos de representação
simbólica: visual e verbal. Por vezes, retemos um comportamento complexo por meio da lembrança de uma sequência
de imagens do modelo, e não necessariamente por um conjunto de frases que podem ser verbalizadas. Ademais,
quando o observador põe em prática, isto é, imita uma sequência de ações do modelo, seu desempenho depende de
suas competências (físicas, motoras e intelectuais); enquanto seu aperfeiçoamento depende das capacidades de mo-
nitorar, avaliar e corrigir o desempenho.
Por fim, a motivação do observador (que envolve as causas e as razões do comportamento) tem grande influência
sobre suas aprendizagens. Desempenhar ou não um determinado curso de ações está diretamente relacionado à mo-
tivação que, por sua vez, esligada à noção de reforço antecipado (Lefrançois, 2015). Existem evidências, como as
apontadas por Steinmayr y Spinath (2007), que a motivação é uma das variáveis mais relevantes na determinação do
desempenho escolar. Nessa perspectiva, os processos de ensino e aprendizagem de Física não são diferentes daqueles
relacionados à aprendizagem em geral, sendo necessária a consideração de múltiplos determinantes internos (como
a motivação) e externos, para a compreensão e a análise adequada da aprendizagem e do desempenho acadêmico.
Nesse sentido, o construto das crenças de autoeficácia é potente pois conecta eventos internos, externos e compor-
tamento.
VII. AS CRENÇAS DE AUTOEFICÁCIA E A MOTIVAÇÃO COMPORTAMENTAL NA TSC
O comportamento motivado é aquele orientado por um objetivo, ativado e mantido por meio das expectativas acerca
das consequências de determinadas ações e das percepções do indivíduo quanto às suas competências para a execu-
ção dessas ações (Bandura, 1986). Por conseguinte, Azevedo (1997) esclarece que as ideias centrais da TSC para a
investigação da motivação são: a definição de objetivos, as expectativas de resultados (aprendidos de modo atuante
ou vicariante) e as percepções de autoeficácia. Essas percepções são crenças formadas pelos julgamentos de uma
pessoa acerca de sua capacidade em organizar e executar cursos de ações necessários para atingir certo tipo ou nível
de desempenho. Cunhada formalmente em 1977 por Bandura, as crenças de autoeficácia são centrais na explicação
e na previsibilidade de comportamentos humanos nos mais diversos contextos e, particularmente, na educação.
Em 1977, Bandura utilizou o termo expectativas de eficácia para designar as avaliações das próprias capacidades
para organizar e desempenhar um conjunto de ações necessárias para produzir certos resultados. Como mostra Azzi
e Polydoro (2006), as nomenclaturas transformaram-se ao longo dos anos, de modo que, a partir de 1982, a autoefi-
cácia percebida passou a denominar estas convicções, isto é, as crenças de autoeficácia em um determinado domínio.
A TSC evidencia o poder de nossas convicções, sobretudo em relação a nossas próprias competências.
VIII. CONSIDERAÇÕES FINAIS DA PRIMEIRA PARTE DO TRABALHO
Ao longo das décadas muitas evidências empíricas robusteceram a compreensão de que “[...] as crenças de autoefi-
cácia influenciam praticamente todos os aspectos das vidas das pessoas” (Pajares y Olaz, 2008, P. 101), na medida em
que os pensamentos, os sentimentos e as ações das pessoas são mais afetados pelo que elas acreditam, do que pelo
que objetivamente sabem ou conhecem. A autoeficácia influencia na quantidade de esforço empregado, na persis-
tência, na resiliência e na aprendizagem em certas atividades. Em outros termos, essas convicções atuam na determi-
nação do que as pessoas fazem (ou não) com os conhecimentos e as habilidades que possuem (Pajares Y Olaz, 2008).
As correlações encontradas entre as crenças de autoeficácia e diversos construtos utilizados, por exemplo, nas pes-
quisas em saúde, trabalho, esporte e educação, prenunciam a proficuidade da TSC no estudo do ensino de Física.
Nos últimos anos, um volume considerável de pesquisas educacionais tem utilizado o construto da autoeficácia.
Essas crenças, no ambiente escolar, estão relacionadas às interpretações dos estudantes acerca das suas inteligências,
habilidades, conhecimentos etc., exercendo grande influência em suas decisões e ações diante das circunstâncias e
em suas aprendizagens (Bzuneck, 2001). Por isso, é justificável a tentativa de compreender e de direcionar, no con-
texto educacional, os processos de formação das crenças de autoeficácia e, em particular, no que se refere à aprendi-
zagem e ao ensino de Física. Essas percepções são formadas a partir das interpretações de informações provenientes
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de quatro fontes principais: (1) as experiências atuantes; (2) as experiências vicárias; (3) as persuasões sociais; e (4) os
estados emocionais ou somáticos.
A fonte de informação mais influente na formação das crenças de autoeficácia são as consequências de desempe-
nhos anteriores. Ao agir, as pessoas interpretam seu sucesso ou insucesso de acordo com os resultados de sua própria
atuação e, assim, formam convicções acerca das suas competências para lidar com situações semelhantes. Crenças
também são estabelecidas a partir da interpretação do que observamos, principalmente quando somos expostos ao
desempenho de modelos que consideramos semelhantes a nós. Por exemplo, uma estudante pode acreditar ser mais
ou menos capaz de solucionar um problema de Física ao observar uma colega solucionando. O grau de competência
que um indivíduo atribui a si mesmo também pode ser concebido com base no parecer de outras pessoas. Podemos
ser convencidos de que somos mais ou menos capazes em um domínio específico segundo o que pessoas fiáveis (como
familiares, professores etc.) nos informam ou induzem. Similarmente, o que sentimos nos informa acerca de nossas
capacidades. A fadiga, a ansiedade, o estresse, a excitação e múltiplos estados de humor complementam o quadro de
informações que utilizamos para julgarmos nosso grau de capacidade em alguma atividade em particular.
A TSC apresenta uma perspectiva agêntica do funcionamento humano, no qual as pessoas orientam e regulam
suas ações de acordo com suas intencionalidades e, no decorrer da execução de seus planos, desenvolvem-se por
meio de funções autorregulatórias (Bandura, 2001). As funções autorregulatórias exigem padrões para a autoavalia-
ção que, em geral, são formados via modelagem. Muitas vezes, no decorrer da vida acadêmica, nos faltam dados
objetivos acerca das nossas próprias capacidades; nessas situações, buscamos satisfazer as necessidades de informa-
ção e de aprovação (conformidade social), o que nos conduz à comparação social (Mucchielli, 1976 apud Azevedo,
1997). Quanto mais um observador considera-se semelhante ao modelo, maior a probabilidade da indução da ação
observada. Quando desempenhamos com sucesso cursos de ações específicas (conforme os padrões pessoais estabe-
lecidos), são produzidos sentimentos de satisfação, promovendo o interesse e as crenças de autoeficácia nessas ações
(Bandura, 1982).
Pelo enfoque social-cognitivo, o ambiente educacional afeta a motivação do aprendiz, essencialmente por sua
observação de modelos e pelas crenças de autoeficácia (Schunk, 1991). Assim, depreende-se que a relação entre au-
toeficácia, motivação e desempenho escolar é complexa, pois é influenciada por diversas contingências e práticas
educacionais. Contudo, fica evidente o papel central dessas crenças na agência de cada estudante.
No contexto brasileiro, vale enfatizar que o ensino de Física ocorre, sobretudo, no Ensino Médio, no qual cerca de
88% das matrículas são em escolas da rede pública (Brasil, 2022). Dessa maneira, convém investigar questões atuais
particulares desse recorte estudantil em relação aos problemas da educação científica, particularmente na perspec-
tiva da TSC.
Na segunda parte deste trabalho, discutiremos as seguintes questões: Qual é a maneira mais acessível e eficaz
para o ensino de Física no complexo e desmotivador contexto de Ensino Remoto Emergencial (ERE)? Em que medida
é possível aprender e ensinar Mecânica Clássica por meio de aparelhos de configurações básicas (como um celular)?
Como estruturar e avaliar uma sequência didática de Física (mediada por TDIC) capaz de, no contexto da educação
pública brasileira, evitar parte dos problemas do criticado ensino tradicional, promover positivamente as crenças de
autoeficácia dos estudantes e, assim, por decorrência, favorecer suas aprendizagens? Quais fatores (sociais e cogniti-
vos), além da proposta pedagógica, exercem influência nesses processos? O objetivo geral da pesquisa é identificar
possíveis correlações entre as crenças de autoeficácia, as variáveis socioeconômicas, os diferentes formatos pedagó-
gicos e suas influências na aprendizagem de Física.
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