Audiovisual de reconstituição histórica e construção da memória: efeitos de real e de verdade na minissérie brasileira JK (2006)
DOI:
https://doi.org/10.55442/tomauno.n4.2015.10572Palavras-chave:
Audiovisual de reconstitución histórica, Imagen, Memoria, Historia, Miniserie TelevisivaResumo
Este artigo tem como objetivo identificar os códigos, as convenções e as práticas por meio dos quais a história é apresentada em produtos audiovisuais de reconstituição histórica, bem como os tipos de imagens utilizadas nestas produções, especificamente nas minisséries de televisão, produzidas pela Rede Globo de Televisão (Brasil). Também discutiremos como estas imagens são acionadas no processo de construção do discurso mnemônico sobre a formação do Brasil contemporâneo, reiterando sentidos já consolidados na sociedade e agregando novos significados ao período representado. O material empírico é a minissérie de televisão JK, de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira, exibida entre janeiro e março de 2006. Partiremos da imagem como mecanismo de representação do real; apresentaremos uma tipologia da imagem no audiovisual de reconstituição histórica e relacionaremos seu uso neste tipo de produção, exemplificando seu funcionamento como instrumento de autenticidade que atribui sentidos de efeito de verdade e efeito de real para a representação do passado no audiovisual. Nosso argumento é de que o uso de processos de produção e manipulação de imagens com determinados fins contribuem de modo decisivo para a verossimilhança e a credibilidade do discurso histórico produzido pela emissora.
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