A agenda da democracia e a cooperação internacional não governamental no Brasil ciclos e pactos na virada do século

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Marta Ribeiro Grave
Antônio Dimas Cardoso

Resumo

A aliança de agências não governamentais de cooperação internacional, sobretudo europeias, com diferentes setores da sociedade civil brasileira contribuiu, historicamente, para a sua organização, articulação e fortalecimento. A partir destas relações de parceria, a Cooperação Internacional Não Governamental cumpriu um importante papel no processo de redemocratização do Brasil e, ao longo do tempo, para a consolidação e projeção sociopolítica de diferentes ONGs e movimentos sociais. O objetivo deste artigo é proporcionar um panorama histórico sobre os ciclos e pactos que atravessaram e nortearam as relações de cooperação internacional de caráter não governamental no Brasil, situando-as em termos de valores, agendas e influências conjunturais. Por fim, a partir de uma análise do atual contexto sociopolítico brasileiro, reflete-se sobre a retomada da defesa da democracia para o centro da agenda destas relações de cooperação. Desta forma, o trabalho procura contribuir com a apresentação de quais debates se impõem para que este tipo de solidariedade global prossiga mantendo vitalidade e pertinência.

Detalhes do artigo

Como Citar
A agenda da democracia e a cooperação internacional não governamental no Brasil ciclos e pactos na virada do século. (2020). Administración Pública Y Sociedad (APyS), 9, 53-65. https://revistas.psi.unc.edu.ar/index.php/APyS/article/view/28833
Seção
Dossier Temático

Como Citar

A agenda da democracia e a cooperação internacional não governamental no Brasil ciclos e pactos na virada do século. (2020). Administración Pública Y Sociedad (APyS), 9, 53-65. https://revistas.psi.unc.edu.ar/index.php/APyS/article/view/28833

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