Atendimento antirrábico humano no polo de vacinação do Município de Niterói, Brasil, 2016-2019
DOI:
https://doi.org/10.31052/1853.1180.v25.n1.30604Palavras-chave:
Raiva, Atenção Primária à Saúde, Monitoramento Epidemiológico, Informação.Resumo
A raiva representa importante problema de saúde pública e as ações de vigilância em saúde deste agravo são fundamentais para o seu monitoramento e construção do conhecimento. Objetivo: descrever o perfil epidemiológico do atendimento antirrábico na Policlínica Regional do Largo da Batalha, no Município de Niterói, Brasil. Método: Estudo observacional, descritivo e retrospectivo das notificações de atendimento antirrábico humano. As frequências foram dispostas no programa Excel® e analisadas pelo SPSS®. Resultados: Foram analisadas 7111 notificações, destas, 52,6% eram do sexo feminino. A faixa etária mais acometida, 20-64 anos, representou 60,5% dos atendimentos. A maioria era residente (n=6131; 86,2%). A espécie agressora com mais registros foi canina, 77,1%, seguida pelos felinos 21,5%. Quanto aos antecedentes epidemiológicos, 79% dos animais – cães e gatos foram passíveis de observação, 24,7% considerados suspeitos e, dos tipos de acidentes, correlacionando leve/grave por espécie, 73,5% ocorreram com primatas. Em 86,7% dos casos optou-se pela VARH, já o SARH ocorreu em 4,8% dos atendimentos. O esquema profilático com duas doses foi o mais prescrito, 4399 (76,3%). Quanto ao abandono, o menor índice foi também, no esquema de duas doses (n=817; 18,6%). Conclusão: Apesar de 79% dos atendimentos serem passíveis de observação, faz-se necessário manter qualificada a vigilância, com vistas ao uso racional dos imunobiológicos e redução do abandono.
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