Influência do grau de desconforto durante a polissonografia no resultado do teste

Autores

  • Mateus Henrique Guiotti Mazão Lima Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Brasis
  • Kevyn Felipe Mendes Universidad Internacional Tres Fronteras, Ciudad del Este, Paraguay
  • Rafael Barbosa Roque Pesconi Faculdade de Medicina Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Brasil
  • Juliano Porto Nascimento Faculdade de Medicina Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Brasil
  • Kamilla Malaquias Cabral Universidade Evangélica de Goiás, Goiânia, Brasil
  • Marcelo Fouad Rabahi Faculdade de Medicina Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.31052/1853.1180.v30.n1.40453

Palavras-chave:

Medicina do sono, polissonografia, apneia obstrutiva do sono

Resumo

Objetivo: Relacionar o grau de desconforto causado pela polissonografia (PSG) com o resultado do teste. Métodos: Estudo observacional analítico transversal baseado em PSG realizado em pacientes adultos. Após a realização da PSG, os pacientes preencheram um formulário padronizado com perguntas sobre o grau de desconforto durante o exame. Essas informações foram divididas em dois grupos de acordo com a presença ou ausência de apneia obstrutiva do sono (AOS), evidenciada de acordo com o resultado da PSG pela medição do Índice de Apneia e Hipopneia (IAH). A análise foi univariada e o teste do qui-quadrado foi utilizado como medida de associação para variáveis qualitativas e, para variáveis não paramétricas, o teste de Mann-Whitney, com intervalo de confiança de 95% (IC 95%) e valor p significativo inferior a 0,05. Resultados: Foram incluídos 594 pacientes de polissonografia, sendo 279 (46,97%) homens e 315 (53,03%) mulheres. O grupo de 30 a 44,9 anos apresentou o maior número de pacientes (43,43%) e a maioria com obesidade (65,16%). O fator que mais incomodou os pacientes foi a presença de fios durante o exame. As variáveis de latência do sono (p 0,55*), número de despertares (p = 0,46*), horas totais dormidas (p = 0,98*) e pontuação do sono (p = 0,36*) não apresentaram relação significativa com o diagnóstico de AOS. O grau de desconforto não apresentou relação significativa com o resultado da PSG (p = 0,565**). Conclusão: Apesar do desconforto durante a PSG, este fator não interfere no resultado do teste quanto à presença ou ausência de AOS.

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Biografia do Autor

  • Mateus Henrique Guiotti Mazão Lima, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Brasis

    Médico residente  em otorrinolaringologia

  • Kevyn Felipe Mendes, Universidad Internacional Tres Fronteras, Ciudad del Este, Paraguay

    Acadêmico de medicina

  • Rafael Barbosa Roque Pesconi, Faculdade de Medicina Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Brasil

    Médico egresso pela Universidade Federal Goiás

  • Juliano Porto Nascimento, Faculdade de Medicina Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Brasil

    Acadêmico de medicina 

  • Marcelo Fouad Rabahi, Faculdade de Medicina Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Brasil

    PhD, professor de pneumologia na  Universidade Federal de Goiás

Referências

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Publicado

2024-06-30

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

1.
Influência do grau de desconforto durante a polissonografia no resultado do teste. Rev. Salud Pública (Córdoba) [Internet]. 30º de junho de 2024 [citado 21º de novembro de 2024];30(1):46-53. Disponível em: https://revistas.psi.unc.edu.ar/index.php/RSD/article/view/40453

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