O Tomismo Tridentino como Marca da Ação Evangelizadora Jesuíta na América Portuguesa

Autores

  • Leandro Henrique Magalhães

DOI:

https://doi.org/10.31057/2314.3908.v2.n2.17607

Resumo

O não entendimento do outro marcou a ação jesuíta na América Portuguesa. Os inacianos, influenciados pelo ideal de homem referendado pelo Concílio de Trento e marcados pelo tomismo moderno daí decorrente, buscaram, a partir de sua ação evangelizadora, integrar o índio no corpo místico do Império Português, fazendo dele cristão e súdito do rei. Partiu-se da concepção de “Lei Natural da Graça”, princípio contra-reformista de base tomista, que favoreceu o entendimento de que, no caso indígena, a graça estaria encoberta pelos maus costumes e pela língua. Seria necessária uma ação que possibilitasse ao índio despertar para a memória do bem, e assim, identificar em sua prática elementos do mal, arrependendo-se. Dentre as estratégias usadas esteve a educação, cujo elemento norteador fora o Ratio Studiorum, e a manipulação da língua que, ao ser sistematizada e transformada a partir da constituição de uma gramática nos moldes europeus, levaria o índio ao entendimento da palavra de Deus e à conversão. Estas estratégias, foco do presente estudo, levaram ao não entendimento do índio brasileiro pelos jesuítas, que denominaram sua prática como “dificultíssima”, alertaram para a “Inconstância da Alma Selvagem” e entenderam os costumes indígenas como demoníacos, ou marcados pela ausência do bem.

Biografia do Autor

  • Leandro Henrique Magalhães
    Doutor em História pela Universidade Federal do Paraná – UFPR. Professor do Centro Universitário Filadélfia – UniFil.

Publicado

2014-12-16

Edição

Seção

Notas y Comunicaciones

Como Citar

O Tomismo Tridentino como Marca da Ação Evangelizadora Jesuíta na América Portuguesa. (2014). Antiguos Jesuitas En Iberoamérica, 2(2), 134-142. https://doi.org/10.31057/2314.3908.v2.n2.17607