Tendência temporal do antígeno específico da próstata específico em um hospital acadêmico de Buenos Aires.
DOI:
https://doi.org/10.31053/1853.0605.v76.n4.25185Palavras-chave:
neoplasias da próstata, programas de rastreamento, antígeno prostático específico, sobremedicalizaçãoResumo
Introdução. Embora o rastreamento do câncer de próstata baseado em coletas do antígeno prostático específico (PSA) poderia reduzir a mortalidade por câncer de próstata (CP), a preocupação com o risco potencial de sobre diagnóstico tem levado a desencorajar a sua realização nesta população.
O objetivo deste estudo foi descrever a tendência temporal da realização desta prática nos homens entre 40 a 79 anos associados a um plano de saúde particular locado na cidade de Buenos Aires, em concordância com as recomendações da Força-Tarefa Preventiva dos Estados Unidos (USPSTF) e do Instituto Nacional do Câncer da Argentina.
Métodos. Séries temporais de dados agregados. Foram calculadas as taxas padronizadas anuais de incidência acumulativa de realização do PSA em 100.000 associados sem história pessoal previa de CP, no período de 2006 a 2015. Além disso, curvas de tendência foram construídas por grupos de idade de 10 em 10 anos. Foram utilizados os programas Joinpoint e MS Excel.
Resultados. Entre 2006 e 2011 houve uma tendência de aumento na realização de PSA, com uma percentagem média anual de + 1,2% (IC 95%, -1,0 a +3,5). Entre 2011 e 2015, o número de determinações começou a diminuir, com um percentual anual médio de -4,1% (-6,9 para -1,1).
Conclusão. Em um hospital universitário particular da cidade de Buenos Aires foi observado um declínio gradual na realização do PSA nos homens entre 40 e 79 anos após a recomendação em contra do rastreamento de CP em 2012 para todos os grupos etários.
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