Etiologia dos maus tratos aos residentes médicos a partir da teoria da violência simbólica
DOI:
https://doi.org/10.31053/1853.0605.v80.n3.42438Palavras-chave:
Corpo Clínico Hospitalar, Violência, ComportamentoResumo
A organização dos serviços de medicina hospitalar caracteriza-se pela sua hierarquia, onde a diferença de conhecimentos e estatutos entre diretores médicos, chefes de serviço, médicos especialistas e residentes acarreta implicitamente uma dinâmica de poder geradora de abusos. Segundo a teoria simbólica de Bourdieu, o quadro subjacente ao abuso é formado pela violência simbólica que se materializa em relações complexas nas quais cada pessoa conhece a sua posição hierárquica e não a questiona. Mas esta violência simbólica é vivenciada de forma inconsciente, onde o abuso é percebido como uma atitude que faz parte de uma ordem estabelecida onde o agressor e o abusado agem sem questionar o abuso e perpetuando o modelo historicamente herdado. Para erradicar o abuso dos moradores, é necessário tomar consciência do fundamento simbólico do abuso que o legitima e perpetua para desmascarar a relação entre o agressor e o abusado, propondo um novo quadro relacional baseado no respeito e no diálogo.
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