Epifanias do político

Autores

  • Teresa Portas Pérez Profesora de Filosofía en Instituto Enseñanza Secundaria

Palavras-chave:

identidade, pluralidade, ação política, debates feministas

Resumo

A política, tal como Hannah Arendt a entende, adquire um carácter eminentemente existencial. Fundamentada no factum da pluralidade humana, ajuda a postular um quadro ontológico plural para a teorização feminista e a repensar uma esfera pública entendida como a recuperação do “entre” que, em última análise, molda o mundo. O espaço político transcende a lógica utilitária e não se identifica com nenhum lugar específico; é um espaço de visibilidade e reconhecimento entre um e outro, sem eliminar as diferenças que os separam, permitindo-lhes adquirir a sua própria identidade, bem como albergar novas manifestações do político. Este artigo debruça-se especificamente sobre as reflexões sobre a diferença ou alteridade, neste caso judaica, e as virtualidades que o anti-essencialismo na sua teoria da ação oferece para pensar uma praxis política feminista alinhada com os princípios democráticos e não baseada no binarismo de género. Ambas as questões estão intimamente relacionadas. Começaremos com uma breve abordagem ao “facto político”, tal como Arendt o concebe, e depois investigaremos os debates feministas sobre a diferença e a ação política.

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Publicado

2024-08-26

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Estudos e Notas - Dossiê

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