Resumo
Enquadrando a ontogenia de cada indivíduo com a aleatória filogenia da espécie humana, os sucessivos desenvolvimentos e as principais funções dos cérebros ditos primitivos, médios e superiores são mencionados neste artigo. Estes, atingem seu máximo desenvolvimento no homo sapiens enfatizando que o sistema límbico e mais precisamente as amídalas, constituem um sistema de recepção, análise e resposta rápido, mas impreciso, que reage de forma bastante indiscriminada, baseado em memórias emocionais muito chocantes. Essas reações, entretanto, tornaram a sobrevivência da especie humana possível, mas quando não são moduladas pela parte superior do cérebro (neocórtex), podem causar comportamentos impulsivos e inadequados. É necessário aprender a controlá-los, caso contrário os comportamentos serão ditados por sentimentos e emoções e não por pensamentos, razão e reflexão. O “senso comum”, uma síntese complexa de raciocínios, experiências próprias e outras, afetos e emoções e que norteia o comportamento mais adequado em cada situação, surge de um equilíbrio correto e modulado entre cerebro emocional e cérebro racional ao longo da vida. Nesse desequilíbrio, principalmente se for prolongado, residem grande parte dos problemas que dificultam a adaptação às circunstâncias adversas, dando origem aos diversos transtornos e doenças causadas, ou exacerbadas, pelo estresse prolongado.
Referências
Aballay, A., Drenkard, E., Hilbun, L.R., y Ausubel, F.M. (2003). Caenorhabditis elegans innate immune response triggered by Salmonella enterica requires intact LPS and is mediated by a MAPK signaling pathway. Current biology: CB, 13(1), 47–52. https://doi.org/10.1016/s0960-9822(02)01396-9.
Baldwin, D.V. (2013). Primitive mechanisms of trauma response: an evolutionary perspective on trauma-related disorders. Neuroscience and biobehavioral reviews, 37(8), 1549–1566. https://doi.org/10.1016/j.neubiorev.2013.06.004.
Damasio, A. (2010). El cerebro creó al hombre. Editorial Planeta.
Gilbert, S.F. (2005). Biología del desarrollo. 7a. Ed. Buenos Aires: Editorial Médica Panamericana.
Le Doux, J.E. y Hofmann S.G. (2018). The subjective experience of emotion: a fearful view. Current Opinion in Behavioral Sciences 19:67–72. http://dx.doi.org/10.1016/j.cobeha.2017.09.011.
Mora, R. (2013). Antonio Damasio, Self comes to mind: constructing the conscious brain. Atenea (Concepción): revista de ciencias, artes y letras (507): 219-221. http://dx.doi.org/10.4067/S0718-04622013000100017.
Rettew, D.C. y McKee, L. (2005). Temperament and its role in developmental psychopathology. Harvard review of psychiatry, 13(1), 14–27. https://doi.org/10.1080/10673220590923146n.
Styer, K.L., Singh, V., Macosko, E., Steele, S.E., Bargmann, C.I. y Aballay, A. (2008). Innate immunity in Caenorhabditis elegans is regulated by neurons expressing NPR-1/GPCR. Science (New York, N.Y.), 322(5900), 460–464. https://doi.org/10.1126/science.1163673
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Copyright (c) 2021 Pinelatinoamericana