Avaliação do terreno em cartografia geotécnica expedita para planejamento urbano: exemplo de Ilha Solteira (Brasil).

Autores

  • José Augusto de Lollo Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira - UNESP.
  • Franciane Mendonça dos Santos Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira - UNESP.
  • Juliano Suman Curti Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira - UNESP.

DOI:

https://doi.org/10.59069/9fqmjm73

Palavras-chave:

cartografia geotécnica, formas de relevo, Ilha Solteira, planejamento urbano

Resumo

O conhecimento das condições do meio físico é fundamental para o planejamento urbano. Mais recentemente instrumentos legais têm sido propostos pelo governo brasileiro para disciplinar o planejamento para as áreas urbanas visando melhor adequação dos projetos urbanos aos condicionantes geológicos e redução de danos decorrentes de desastres naturais. A Cartografia Geotécnica é a alternativa mais viável para o levantamento e representação espacial de tais informações, tanto para previsão de comportamento como para identificação de impactos e riscos em situações variadas, mas sua aplicação por vezes representa altos custos na elaboração de tais estudos, em particular quando os dados fundamentais acerca do meio (solos, rochas, relevo, águas e uso do solo) não têm qualidade apropriada. O uso da técnica de avaliação do terreno como mecanismo preliminar de caracterização do meio físico tem se mostrado eficiente para o levantamento das condições de ocorrência do substrato rochoso e de materiais inconsolidados. A aplicação da técnica na área de expansão urbana de Ilha Solteira (na escala 1:10.000) resultou um zoneamento preliminar do meio físico eficaz para identificar os condicionantes dos principais problemas geotécnicos existentes na área, especialmente ocorrência de materiais inconsolidados colapsíveis e erodíveis.

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Publicado

2013-12-30

Edição

Seção

Artículos originales

Como Citar

Avaliação do terreno em cartografia geotécnica expedita para planejamento urbano: exemplo de Ilha Solteira (Brasil). (2013). Revista De Geologia Aplicada à Engenharia E Ao Ambiente, 31, 29-38. https://doi.org/10.59069/9fqmjm73