Condicionantes para a utilização de experimentações por professores de física do ensino médio

Autores

  • Fernanda Sauzem Wesendonk Instituto de Matemática, Estatística e Física, Universidade Federal do Rio Grande, Av. Itália, s/n, km 8, Carreiros, CEP 96203-900, Rio Grande, RS, Brasil
  • Eduardo Adolfo Terrazzan Departamento de Metodologia do Ensino, Universidade Federal de Santa Maria, Av. Roraima, 1000, Prédio 16, Sala 3365, Camobi, CEP 97105-900, Santa Maria, RS, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.55767/2451.6007.v32.n1.28939

Palavras-chave:

Experimentação; Trabalho Didático-Pedagógico; Ensino de Física; Ensino Médio

Resumo

Neste trabalho, apresentamos e discutimos os condicionantes para a utilização de experimentações por professores de Física do Ensino Médio. A identificação desses condicionantes foi realizada mediante a realização de entrevista com professores de Física de Escolas de Educação Básica da Rede Escolar Pública Estadual de um município brasileiro do Estado de São Paulo. Como decor-rência da leitura e da interpretação das informações coletadas, elaboramos categorias de análise relacionadas com os objetivos para a utilização de experimentações e com as justificativas para a não utilização ou para a utilização com baixa frequência de experimentações nas aulas de Física. Pelas análises realizadas, podemos apontar os seguintes condicionantes para a utilização de experimentações: (1) caráter motivador do experimento; (2) disponibilidade de tempo atrelada à exigência de cumprimento de diretrizes estabelecidas por instância superior; (3) infraestrutura nas escolas para o desenvolvimento de experimentações, com boas condições físicas e de uso; (4) características das turmas de alunos; (5) capacitação dos docentes para a utilização de experimentações.

Referências

Arantes, A. R., Miranda, M. S. e Studart, N. (2010). Objetos de aprendizagem no ensino de física: usando simulações do PhET. Física na Escola, 11(1), 27-31.

Barberá, O. e Valdés, P. (1996). El trabajo práctico en la enseñanza de las ciências: una revisión. Enseñanza de las ciências, 14(3), 365-379.

Bassalo, J. M. F. (1987). Crônicas da Física – Tomo 1. Belém, Brasil: UFPA.

Bassoli, F. (2014). Atividades práticas e o ensino-aprendizagem de ciência(s): mitos, tendências e distorções. Ciência & Educação, 20(3), 579-593.

Borges, A. T. (2002). Novos Rumos para o Laboratório Escolar de Ciências. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 19(3), 291-313.

Brito, K. Y. U. (2009). Experimento: una herramienta fundamental para la enseñanza de la Fisica. Gôndola, Ensino e Aprendizagem de Ciências, 1(4), 35-40.

Carrascosa, J. et al. (2006). Papel de la actividad experimental en la educación científica. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 23(2), 157-181.

Carvalho, A. M. P. (2011). As práticas experimentais no ensino de Física. En Carvalho, A. M. de (Org.), Ensino de Física (53-78). São Paulo, Brasil: Cengage Learning.

Charmaz, K. (2009). A construção da teoria fundamentada: guia prático para análise qualitativa. Tradução de Joice Elias Costa. Porto Alegre, Brasil: Artmed.

Coelho, R. O. (2002). O uso da informática no Ensino de Física do nível médio. Programa de Pós-Graduação em Educa-ção, Mestrado em Educação – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas.

Fiolhais, C. e Trindade, J. (2003). Física no Computador: o computador como ferramenta no ensino e na aprendizagem das ciências físicas. Revista Brasileira de Ensino de Física, 25(3), 259-272.

Gibbs, G. (2009). Análise de dados qualitativos. Tradução de Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre, Brasil: Artmed.

Gil Pérez, D. et al. (1999) ¿Tiene sentido seguir distinguiendo entre aprendizaje de conceptos, resolución de proble-mas de lápis e papel y realización de prácticas de laboratorio? Enseñanza de las ciências, 17(2), 311-320.

Hodson, D. (1988). Experiments in Science Teaching. Educational Philosophy and Theory, 20.

Hodson, D. (1990). A critical look at pratical work in school science. School Science Review, 70(256), 33-40.

Hodson, D. (1994). Hacia um enfoque más crítico del trabajo de laboratorio. Enseñanza de las ciencias, 12(3).

Kiouranis, N. M. M. (2009). Experimentos mentais no Ensino de Ciências: implementação de uma sequência didática. Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência, Doutorado em Educação para a Ciência – Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Bauru.

Leite, L. (2000). O trabalho laboratorial e a avaliação das aprendizagens dos alunos. En Sequeira, M. et al. (Org.), Tra-balho prático e experimental na educação em Ciências. Braga, Portugal: Universidade do Minho.

Lopes, J. B. (2004). Aprender e Ensinar Física. Lisboa, Portugal: Fundação Calouste Gulbekian, Fundação para a Ciência e a Tecnologia/MCES.

Marandino, M., Selles, S. E. e Ferreira, M. S. (2009). A experimentação científica e o ensino experimental em Ciências Biológicas. En Marandino, M., Selles, S. E. e Ferreira, M. S. Ensino de Biologia: histórias e práticas em diferentes espaços educativos. São Paulo, Brasil: Cortez.

Medeiros, A. e Medeiros, C. F. D. (2002). Possibilidades e limitações das simulações computacionais no ensino da Física. Revista Brasileira de Ensino de Física, 24(2), 77-86.

Moreira, M. M. P. C. et al. (2018). Contribuições do Arduino no ensino de Física: uma revisão sistemática de publica-ções na área do ensino. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 35(3), 721-745.

Motta, A. E. M., Medeiros, M. D. F. e Motokane, M. T. (2018). Práticas e movimentos epistêmicos na análise dos resulta-dos de uma atividade prática experimental investigativa. Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, 11(2), 337-359.

Oliveira, J. R. S. (2010). Contribuições e abordagens das atividades experimentais no ensino de ciências: reunindo elementos para a prática docente. Acta Scientiae, 12(1), 139-156.

Prado, L. e Wesendonk, F. S. (2019). Objetivos de utilização da experimentação presentes em produções acadêmico-científicas publicadas nos anais de um evento da área de ensino de ciências. Actio: Docência em Ciências, 4(2), 148-168.

Tavares, R. (2008). Animações interativas e mapas conceituais: uma proposta para facilitar a aprendizagem significati-va em ciências. Ciência & Cognição, 13(2), 99-108.

Terrazzan, E. A. (1994). Perspectivas para a Inserção da Física Moderna na Escola Média. Programa de Pós-Graduação em Educação, Doutorado em Educação – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Wesendonk, F. S. (2015). O uso da experimentação como recurso didático no desenvolvimento do trabalho de profes-sores de Física do Ensino Médio. Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência, Mestrado em Educação para a Ciência – Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista, Bauru.

Wesendonk, F. S. e Terrazzan, E. A. (2012). A utilização de experimentos didático-científicos na estruturação de livros didáticos de Física para o Ensino Médio. Trabalho apresentado no Décimo quarto Encontro de Pesquisa em Ensino de Física. Maresias, São Paulo, Brasil.

Wesendonk, F. S. e Terrazzan, E. A. (2013). Experimentos didático-científicos em livros didáticos de Física para o Ensino Médio. Trabalho apresentado no Vigésimo Simpósio Nacional de Ensino de Física. São Paulo, São Paulo, Brasil.

Wesendonk, F. S. e Terrazzan, E. A. (2016). Caracterização dos focos de estudo da produção acadêmico-científica brasileira sobre experimentação no Ensino de Física. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 33(3), 779-821.

Downloads

Publicado

2020-06-15

Edição

Seção

Investigación Didáctica

Como Citar

Condicionantes para a utilização de experimentações por professores de física do ensino médio. (2020). Revista De Enseñanza De La Física, 32(1), 123-136. https://doi.org/10.55767/2451.6007.v32.n1.28939