O protagonismo infantil organizado: reflexões e desafios em torno de uma experiência de alcance universitário

Autores

  • Carla Cantoro Universidad Nacional de Cuyo, Argentina
  • Rayen Lanzavecchia Universidad Nacional de Cuyo, Argentina
  • Romina Belén Diaz Universidad Nacional de Cuyo, Argentina

Palavras-chave:

protagonismo infantil, extensão crítica, educação popular

Resumo

A partir de nossa experiência, observamos que crianças e adolescentes são muitas vezes pensados ​​como receptores passivos de propostas de extensão universitária e educação popular, e pouco se considera a dimensão política e as implicações de gerar espaços de organização, participação e autonomia. É preciso repensar a relação dialógica com as comunidades incorporando as vozes, visões e experiências de crianças e adolescentes como interlocutores válidos e detentores de saberes que também desafiam os saberes acadêmicos.

Nesse sentido, o olhar que o paradigma latino-americano de protagonismo infantil coloca, não apenas do ponto de vista conceitual, mas também das transformações culturais, exige repensar as formas de pensar a infância e as relações com os adultos na sociedade. É preciso ser capaz de pensar um papel infantil situado, reconhecendo a diversidade de territórios e a partir de uma perspectiva coletiva, entendendo a criança e o adolescente como sujeitos políticos capazes de se organizar.

Diante disso, o desafio para o mundo adulto é continuar acompanhando os processos de organização infantil, questionando nossos privilégios, relações de poder existentes e viabilizando espaços reais de participação de crianças e adolescentes onde tenham voz, poder de decisão e organização. Por fim, acreditamos que a universidade tem muito a aprender com as crianças, suas organizações, seus métodos e suas propostas.

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Publicado

2022-04-28

Como Citar

O protagonismo infantil organizado: reflexões e desafios em torno de uma experiência de alcance universitário. (2022). E+E: Estudios De Extensión En Humanidades, 9(13). https://revistas.psi.unc.edu.ar/index.php/EEH/article/view/37434