O protagonismo infantil organizado: reflexões e desafios em torno de uma experiência de alcance universitário
Palavras-chave:
protagonismo infantil, extensão crítica, educação popularResumo
A partir de nossa experiência, observamos que crianças e adolescentes são muitas vezes pensados como receptores passivos de propostas de extensão universitária e educação popular, e pouco se considera a dimensão política e as implicações de gerar espaços de organização, participação e autonomia. É preciso repensar a relação dialógica com as comunidades incorporando as vozes, visões e experiências de crianças e adolescentes como interlocutores válidos e detentores de saberes que também desafiam os saberes acadêmicos.
Nesse sentido, o olhar que o paradigma latino-americano de protagonismo infantil coloca, não apenas do ponto de vista conceitual, mas também das transformações culturais, exige repensar as formas de pensar a infância e as relações com os adultos na sociedade. É preciso ser capaz de pensar um papel infantil situado, reconhecendo a diversidade de territórios e a partir de uma perspectiva coletiva, entendendo a criança e o adolescente como sujeitos políticos capazes de se organizar.
Diante disso, o desafio para o mundo adulto é continuar acompanhando os processos de organização infantil, questionando nossos privilégios, relações de poder existentes e viabilizando espaços reais de participação de crianças e adolescentes onde tenham voz, poder de decisão e organização. Por fim, acreditamos que a universidade tem muito a aprender com as crianças, suas organizações, seus métodos e suas propostas.
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Copyright (c) 2022 Carla Cantoro, Rayen Lanzavecchia, Romina Belén Diaz
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