Estatuetas e arqueologia do corpo na cultura de palafitas pré-coloniais (estearias) da Amazônia oriental
DOI:
https://doi.org/10.31048/1852.4826.v15.n1.32072Palavras-chave:
Casas de palafitas, Estatuetas, Xamanismo, Arqueologia do corpo, Amazônia OrientalResumo
Este artigo apresenta as estatuetas de cerâmica das palafitas pré-coloniais (estearias) do Maranhão, Brasil. A partir da arqueologia do corpo, este texto mostra como as estatuetas foram confeccionadas levando em consideração que as experiências vividas e compartilhadas socialmente pelos grupos indígenas da Amazônia são marcadas em seus corpos. Descreve-se um conjunto de 74 estatuetas cuja análise formal revelou que as mesmas têm forma humana, animal ou híbrida. O estudo desses artefatos levou à conclusão de que as estatuetas da cultura de palafitas são uma forma original de fabricação do corpo na Amazônia oriental pré-colonial. Sugere-se que essas estatuetas estejam associadas à Tradição Polícroma da Amazônia (TPA). Parece que as estatuetas mostram um modo de fabricar o corpo focado em 1. Mulheres personalizadas (que passaram pela puberdade, por agências curativas ou mulheres ancestrais de linhangem matrilinear); 2. Figuração de xamãs auxiliados pelos animais em sua comunicação com o mundo sobrenatural.
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