A Dicotomia natureza/cultura e o antropocentrismo Questões filosóficas da virada ontológica
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Resumo
Um conceito central para a antropologia filosófica em todas as suas épocas é, sem dúvida, o de "natureza humana". Do humanismo renascentista em diante, manifestou-se uma mudança antropocêntrica, destacando as características essenciais do ser humano. Posteriormente, a antropologia científica e a sociologia se consolidaram como disciplinas ao demarcarem o domínio da cultura e da sociedade, respectivamente, como distintos do natural. Com relação à natureza humana, era comum encontrar essa divisão replicada em termos da oposição entre o inato (genes) e o adquirido (ambiente). Assim, a natureza e a cultura eram apresentadas como domínios ontológicos e epistemológicos separados. Há algum tempo, no entanto, várias críticas a essas divisões começaram a surgir em diversos campos de estudo.
Neste artigo, propomos, em primeiro lugar, apresentar as principais características da noção de natureza ou singularidade humana na estrutura da dicotomia natureza/cultura e seu consequente uso por algumas disciplinas científicas. Em segundo lugar, apresentaremos as várias maneiras pelas quais ambos os conceitos e seu entrelaçamento foram questionados a partir de diversas perspectivas, como a biologia, a antropologia e a filosofia contemporâneas. Para isso, faremos referência tanto ao questionamento do antropocentrismo quanto às tentativas de superar ou dissolver a dicotomia natureza/cultura a partir de noções como co-evolução, pós-humanismo e Antropoceno. Inscreveremos esses debates na Virada Ontológica das ciências sociais e seu impacto nos casos latino-americanos, mencionando os desvios em relação ao Antropoceno.
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