NEABs: Quilombos epistêmicos contra uma educação “brancocentrada”

Autores

  • Joselina Da Silva Universidad Federal de Ceará

DOI:

https://doi.org/10.61203/2347-0658.v10.n2.33916

Palavras-chave:

Antirracismo. NEABs. CONNEABs. Quilombo epistémico. Educação.

Resumo

Este texto se propõe abordar um movimento presente no interior de diferentes instituições educacionais brasileiras, intitulado NEABs (Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros). O artigo está dividido em três partes principais. Inicialmente abordaremos o fenômeno do surgimento do interesse pelos estudos a respeito do continente africano, inseridos no âmbito acadêmico brasileiro por pesquisadores brancos em atendimento a políticas internacionais de integração do governo brasileiro. Depois nos deteremos em algumas das primeiras iniciativas sob a orientação e coordenação de pesquisadores, estudantes e/ou ativistas negros, notadamente no final dos anos 1970, seguindo até a década de 1990. Por último, a mais atual formação inspirada pela constituição da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN) e a criação do Consórcio de Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros (CONNEABs). Interessa-nos também refletir sobre os diferentes alcances destes grupos que ultrapassam as discussões epistêmico-acadêmicas e adentram os debates políticos, culturais e até individuais em amparo a estudantes e professores negros. Contribuem, assim, com a ampliação da cidadania, dos direitos políticos e individuais, provocando tensões ao desvelar os racismos diversos no ambiente educacional brasileiro, além de fortalecer laços de pesquisa e de redes acadêmicas. Percorremos aqui um fenômeno que se inicia nos anos 1960 e sofre mudanças a partir de diferentes contextos marcados pelo maior ingresso de afro-brasileiros(as) na seara acadêmica e pela ampliação dos debates e do arcabouço legal, em torno do antirracismo, na sociedade brasileira

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Publicado

2021-07-25

Edição

Seção

Rumo à erradicação do racismo no Ensino Superior: tensões e desafios

Como Citar

NEABs: Quilombos epistêmicos contra uma educação “brancocentrada”. (2021). Integración Y Conocimiento, 10(2), 38-57. https://doi.org/10.61203/2347-0658.v10.n2.33916

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