Universidade para o desenvolvimento no Uruguai: reforço da capacidade académica em resposta às necessidades locais e nacionais

Autores

  • Margarita Heinzen Universidad de la República
  • Isabel Bortagaray Universidad de la República

DOI:

https://doi.org/10.61203/2347-0658.v11.n1.36528

Palavras-chave:

universidade para o desenvolvimentoolvimento universitário, reforço da capacidade académica, agendas de investigação, pólos de desenvolvimento universitário

Resumo

A pandemia gerada pela COVID-19 expôs e reforçou mais acentuadamente as desigualdades existentes entre países centrais e periféricos. Também sublinhou a relevância das capacidades de produção de conhecimento acumuladas nestes países, e o seu papel fundamental no combate à crise. Na América Latina, não há sectores produtivos que tenham uma forte procura de investigação e conhecimento local. É nas universidades públicas que estas capacidades estão concentradas e onde os processos foram postos em marcha para responder aos desafios do desenvolvimento humano sustentável. No Uruguai, a Universidade da República (UdelaR) promoveu uma série de políticas transformadoras entre 2007 e 2014, como objectivo de aproximar a instituição dos novos tempos do Ensino Superior (EAD), sob um conceito de "Universidade para o desenvolvimento". Uma das linhas desta reforma universitária foi a da expansão territorial para o interior do país, baseada em: i) novas instituições em diferentes regiões (CENUR); ii) Programas de Ensino Superior (PRET) que têm em conta as necessidades sócio-produtivas e diversidades locais e; iii) Pólos de Desenvolvimento Universitário (PDU), entendidos como grupos de ensino altamente dedicados ao desenvolvimento do ensino de graduação e pós-graduação, investigação e extensão em torno de eixos temáticos relevantes e pertinentes para cada região. Entende-se que os grupos PDU foram o instrumento que permitiu fundamentar a política para criar massa crítica, tornar viável a procura social de territórios específicos, bem como introduzir mudanças institucionais a vários níveis. Este documento tenta contribuir para a compreensão da dinâmica de capacitação, com ênfase na produção académica destes grupos, nas suas agendas e na ligação entre estes e o contexto, através da trajectória do cluster de Virologia que foi instalado no campus de Salto da Universidade da República. Procura também utilizar este estudo de caso para contribuir para a reflexão sobre a "Universidade para o Desenvolvimento". Dez anos após a sua criação, com uma rede científico-tecnológica estabelecida no território, este grupo académico demonstrou a sua relevância tanto em relação à geração como à utilização inovadora de conhecimentos originais no contexto da pandemia provocada pela COVID-19

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Margarita Heinzen, Universidad de la República

    Margarita Heinzen, es Doctora en Ciencias Sociales, Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales (Flacso, Argentina); maestría en Análisis de Sistemas de la Pontificia Universidad Católica de Chile. Docente investigadora, Unidad Académica de la Comisión Coordinadora del Trabajo en el Interior, Universidad de la República (Uruguay). ​​

  • Isabel Bortagaray, Universidad de la República

    Isabel Bortagaray, es Doctora en Políticas Públicas - Política de Ciencia y Tecnología, Instituto de Tecnología de Georgia (EE. UU.). Investigadora, Universidad de la República (Uruguay). Investigadora asociada, Technology Policy and Assessment Center (TPAC), Georgia Institute of Technology (EE. UU.). 

Referências

Ardanche, M., Bianco, M., & Tomassini, C. (2012). Grupos de Investigación en la Universidad pública de Uruguay: cambios y permanencias [Ponencia]. Esocite 2012 / IX Jornada de Estudios Sociales de la Ciencia en América Latina. Ciudad de México, México.

Arocena, R.; Göransson, B. y Sutz, J.( 2013). Universities and Higher Education in Development. En B. Currie-Alder; R. Kanbur; D. Malone y R. Medhora (Eds.) International Development. Ideas, Experience, and Prospects (pp. 582-598). Oxford: Oxford University Press.

Arocena, R., & Sutz, J. (2010). Weak knowledge demand in the South: learning divides and innovation policies. Science and Public Policy, 37(8), 571-582.

Arocena, R., & Sustz, J. (2016). La Universidad para el desarrollo. FORO CILAC 2016, 16.

Atairo, D. (2008). Trama sociopolítica del gobierno universitario: análisis del funcionamiento de los órganos de gobierno a partir de la implementación de una política universitaria. En U. N. Luis. (Ed.) Fundamentos en Humanidades, IX(1), 85-110. Recuperado de http://fundamentos.unsl.edu.ar/pdf/articulo-17-85.pdf

Bourdieu, P. (2003). El campo científico. Redes: revista de estudios sociales de la ciencia. , 2(1), 129-160. Recuperado el 14 de 06 de 2014, de http://ridaa.unq.edu.ar/handle/20.500.11807/317

Burjel, F., & Campos, S. (2013). PRET de la Región Litoral Oeste: caracterización territorial y desafíos. Informe al Claustro CENUR Noroeste, Paysandú.

Chacín, M., & Briceño, M. (2000). Cómo Generar Líneas de Investigación. Caracas: UNESR, LINEA-I. Recuperado de produccion%20de%20conocimiento/archivoPDF.pdf

Clark, B. (1991). El Sistema de Educación Superior. Una visión comparativa de la organización académica. México: Editorial Nueva Imagen/Universidad Autónoma Metropolitana–Azapotzalco. Recuperado de http://secretariageneral.univalle.edu.co/consejo-academico/temasdediscusion/2014/Documentos_de_interes_general/CLARK-el_sistema_de_educacion_cap_1_y_2.pdf

Consejo Directivo Central (CDC).Acta 12/11/2013. Univesidad de la República.

Consejo Directivo Central (CDC). Distribuido Nº 322. Sesión 09.06.09. Univesidad de la República.

Dogan, M., & Pahre, R. (1993). Las nuevas ciencias sociales. La marginalidad creadora. México: Ed. Grijalbo.

Frevenza, N. (2011). Sobre el desarrollo de la UDELAR en el Interior. Facultad de Ciencias. Montevideo: UdelaR.

Heinzen, M. (2020). La política universitaria de expansión territorial en Uruguay: contextos institucionales y radicación de grupos académicos. Montevideo, Uruguay: Universidad de la República.

Instituto Nacional de Estadísticas. (2018). Anuario Estadístico. Recuperado de http://www.ine.gub.uy/web/guest/anuario-estadistico

Oficina de Planeamiento y Presupuesto (OPP). Presidencia de la República. (2019). Observatorio Territorio Uruguay (OTU). Recuperado de http://www.otu.opp.gub.uy/

Riquelme, G., & Langer, A. (2010 ). Capacidades de los grupos de docencia e investigación en la circulación y producción de conocimiento: el caso de tres unversidades argentinas. Revista de la Educación Superior, XXXIX(54), 19-49. Recuperado de http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0185-27602010000200002

Rodes, V. (2012). Explorando transformaciones deseables en la educación superior pública para la inclusión educativa. Montevideo: Universidad de la República.

Wedel, J., Shore, C., Feldman, G., & Lathrop, S. (2005). Toward an anthropology of public policy. Annals American Academy of Political and Social Science, 600, 30-51.

Yin, R. (2003). Case Study Research: Design and Methods. London: Thousand Oaks, California: Sage Publications.

Publicado

2022-01-31

Edição

Seção

Dossier: "Educación Superior, ciencia, tecnología e innovación"

Como Citar

Universidade para o desenvolvimento no Uruguai: reforço da capacidade académica em resposta às necessidades locais e nacionais . (2022). Integración Y Conocimiento, 11(1), 88-108. https://doi.org/10.61203/2347-0658.v11.n1.36528

Artigos Semelhantes

251-260 de 449

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.