A INSTITUCIONALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NA UNIVERSIDADE PÚBLICA ARGENTINA. DEBATES PÓS-PANDEMIA, SIGNIFICADOS E DESAFIOS

Resumo

Este artigo realiza uma breve revisão do processo de institucionalização da educação a distância (doravante EaD) nas universidades nacionais argentinas. Analisa-se sociologicamente através das práticas dos agentes/agências e da construção de um campo próprio com suas lutas internas e em vínculo com outros campos, ao mesmo tempo que define o bem em disputa, sua identidade jurídica e com ele seu lugar no sistema universitário argentino. Como referências conceituais para o estudo, foca-se nas perspectivas teórico-metodológicas da sociologia reflexiva de Pierre Bourdieu e da teoria sociológica da educação do Brasil de Bernstein. A partir deles, constrói-se o espaço social a ser estudado, que se define como objeto de pesquisa: aspectos inerentes à formação do campo da EaD universitária - o que leva à sua institucionalização -, em conexão direta com o campo político educacional universitário, através da análise das práticas dos agentes -e seu habitus acadêmico-, das práticas das agências e da trajetória das políticas e regulações que afetam seu interior. Por outro lado, a partir das relações com outros campos, como a política educacional universitária, e a incidência dos campos intelectuais da educação e da pedagogia, a EaD universitária argentina define o bem em disputa – sentido da educação universitária: forma de compreender o direito à educação - ao mesmo tempo em que passa pelo processo de redefinição de sua identidade jurídica e de consolidação de sua institucionalização nas universidades argentinas.