Uma Universidade do Drasil para a África: bases axiomáticas no discurso oficial sobre a UNILAB
Palavras-chave:
movimento negro, UNILAB, crítica do discurso socialResumo
A luta dos movimentos antirracistas brasileiros registra um ponto de inflexão durante as últimas décadas do século XX, quando subvertendo a racialização historicamente usada para prejudicá-los, promovem a questão racial com o objetivo de reivindicar a transformação da sociedade brasileira e, de forma mais concreta, o estabelecimento de políticas públicas orientadas a corrigir os efeitos da discriminação racial. Nesse devir, torna-se cada vez mais relevante a participação dos movimentos antirracistas estabelecendo alianças no exercício do poder estatal. Diversos autores e lideranças dos movimentos negros reconhecem em algumas ações de governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso os primeiros gestos que o poder político manifestou neste sentido, sobre tudo em termos de reconhecimento identitário. No entanto, é a partir do governo do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando surgem propostas de políticas públicas de reconhecimento com intuito redistributivo, em áreas como a Educação, em resposta às demandas do movimento negro brasileiro. Neste trabalho, abordamos a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira, criada por Lula em 2010, através da análise de diversos discursos que a tematizam como o objetivo de identificar quais as bases axiomáticas que subjazem a tais discursos. Acontece que, segundo a denominada crítica do discurso social, Marc Angenot (2010, 2012), referencial teórico-metodológico adotado neste trabalho, através do estudo dos discursos sociais é possível des-cobrir as invariantes axiomáticas que, sujeitas a um sistema regulador global que determina o dizível, instituem a realidade numa conjuntura histórica particular.Downloads
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