Vanguardas estéticas e epistemologias enraizadas no popular
Palavras-chave:
Primitivismo, Estudos Afro-Americanos, IndigenismoResumo
Este artigo considera a incorporação de categorias provindas dos mundos afro-americanos e indígenas, por parte de intelectuais diversos mas igualmente influídos pelo primitivismo nos campos da antropologia e da arte latino-americanos, entre as décadas de 1920 e de 1960: o brasileiro Mário de Andrade, o cubano Alejo Carpentier, o francês (especialista em religiosidades afro-brasileiras) Roger Bastide e o argentino Rodolfo Kusch. Em particular, o trabalho centra-se na posta em questão da dialética sintética, da estabilidade identitária, e até do racionalismo ocidental em seu conjunto, em alguma medida, por parte desses autores, como resultado da familiaridade profunda com conceitos centrais nessas culturas populares de base, especialmente nas áreas da religiosidade e do pensamento mítico. Indiretamente, o artigo procura contribuir a repensar a história intelectual, para atender à influência não só das ideias que provêm dos universos letrados, mas também às cosmovisões de base (afastadas –pelo menos parcialmente– respeito do racionalismo ocidental), com as quais os intelectuais podem estabelecer vínculos sólidos até o ponto de formular novas categorias, chegando a por em questão o eurocentrismo dos modelos teóricos dominantes.
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