Os riscos da Impotência política na república: uma leitura de Arendt e Tocqueville
Palavras-chave:
republicanismo; igualdad; impotencia política; poder; libertad, republicanismo, igualdade, impotência política, poderResumo
Naquela que é considerada a sua obra mais “republicana”, Sobre a revolução, de 1963, a partir da análise das Revoluções Americana e Francesa, Hannah Arendt concentra sua reflexão sobre a preservação e a legitimação do poder gerado pelo novo corpo político nascido da revolução. E também para outra questão central: como evitar que a estrutura igualitária da república resvale na impotência de todos, uma ameaça que, em um texto anterior, de 1953, ela tinha apontado como o grande risco dos regimes baseados na igualdade? O perigo da impotência política dos indivíduos em uma sociedade democrática é também um tema presente nas reflexões de Tocqueville, autor com quem Arendt demonstra uma forte confluência em Sobre a revolução, embora o cite de maneira esparsa. Neste artigo, o propósito é mostrar como o problema da impotência dos cidadãos nos regimes igualitários é abordado de forma aproximada pelos dois autores e as confluências no pensamento de ambos não só no sentido de pensar os caminhos para a institucionalização e a preservação do poder na república, mas também os meios para assegurar uma ampla participação dos cidadãos na esfera pública, de maneira a preservar o espírito público republicano.
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