Uma reflexão sobre gênero e sexo nos periódicos de física e ciências

Autores/as

  • Viviana da Cruz Vicente Universidade de São Paulo. Instituto de Física
  • André Machado Rodrigues Universidade de São Paulo. Instituto de Física

Palabras clave:

Gênero, Ciências da Natureza, Física

Resumen

O presente estudo, que se consistiu em uma revisão sistemática nacional e internacional da literatura, objetivou identificar de que forma as palavras gênero/sexo são apresentadas nos periódicos associados à física e ciências naturais. Por meio das palavras física e ciências, os periódicos classificados como A1 e A2 disponibilizados na plataforma Sucupira da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), foram escolhidos e submetidos a uma leitura com a finalidade de observar a existência ou ausência da abordagem das palavras gênero e sexo. A metodología, de natureza qualitativa e quantitativa, visou identificar a incidência das palavras gênero/sexo nos artigos, perceber se a palavra gênero era empregada como sinônimo de sexo, verificar a existência de debates dedicados em conceitualizar gênero/sexo, identificar discussões sobre estereótipos de gênero e notar a visibilidade ou invisibilidade das mulheres enquanto protagonistas na história da física e ciências. Os resultados indicaram que poucos são os estudos que aprofundam o conceito de gênero e sexo nos artigos relativos às ciências físicas e naturais. A pesquisa sugere a necessidade de realização de mais estudos na área.

Referencias

Aquino, E. M. L. (2006). Gênero e saúde: Perfil e tendências da produção científica no Brasil. Revista de Saúde Pública, 40(spe), 121–132. https://doi.org/10.1590/S0034-89102006000400017.

Areas, R., Barbosa, M. C. e Santana, A. E. (2019). Teorema de Emmy Nöther, 100 anos: Alegoria da Misoginia em Ciência. Revista Brasileira de Ensino de Física, 41(4), e20190017. https://doi.org/10.1590/1806-9126-rbef-2019-0017

Beauvoir, S. D. (1960). O segundo sexo: fatos e mitos (ed.). Editions Gallimard. Nova fronteira. R. de Janeiro.

Brotman, J. S. & Moore, F. M. (2008). Girls and science: A review of four themes in the science education literature. Journal of Research in Science Teaching: The Official Journal of the National Association for Research in Science Teaching, 45(9), 971-1002.

Butler, J. (2010). Marcos de guerra: las vidas lloradas. Ministério Público do Estado da Bahia.

Carvalho, F. A. D., Polizel, A. L., Sanches, K. e Neri, N. (2015). Políticas públicas e (in) visibilidades escolares: entre (des) conhecer, apagar e trabalhar com o combate à violência de gênero. Observatório de violência de gênero: entre políticas públicas e práticas pedagógicas. Curitiba: CRV, 99-114.

Cortizo Franco, R., y Crujeiras Pérez, B. (2016). Análisis de los estereotipos de género en las acciones de alumnos y alumnas de secundaria durante la resolución de una tarea sobre densidad y disoluciones. Revista Eureka sobre enseñanza y divulgación de las ciencias., 1(3), 588–603. https://doi.org/10.25267/Rev_Eureka_ensen_divulg_cienc.2016.v13.i3.06

Gedoz, L., Pereira De Pereira, A. e Borges Pavani, D. (2020). Maneiras de Conhecer e Implicações para a Equidade de Gênero na Educação em Ciências. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 775–798. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2020u775798

Haraway, D. J. (2004). Testigo_Modesto@ Segundo_Milenio. HombreHembra© _Conoce_Oncoratón®. Feminismo y tecnociencia. Editorial UOC.

Heerdt, B., Santos, A. P. O. D., Bruel, A. D. C. B. D. O., Ferreira, F. M., Anjos, M. D. A. C. D., Swiech, M. J. e Banckes, T. (2018). Gênero no ensino de Ciências publicações em periódicos no Brasil: O estado do conhecimento. Revista Brasileira de Educação em Ciências e Educação Matemática, 2(2), 217. https://doi.org/10.33238/ReBECEM.2018.v.2.n.2.20020.

Keller, E. F. (1995). Reflections on Gender and Science. New Haven: Yale University Press.

Louro, G. L. (2018). Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Autêntica.

Maia Filho, A. M. e Silva, I. L. (2019). A trajetória de Chien Shiung Wu e a sua contribuição à Física. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, 36(1), 135–157. https://doi.org/10.5007/2175-7941.2019v36n1p135

Naidek, N., Santos, Y., Soares, P., Hellinger, R., Hack, T. e Orth, E. (2020). Mulheres cientistas na química brasileira. Química Nova, 43, 823-836.

Oakley, A. (2016). Sex, gender and society. Routledge.

Oka, M. e Laurenti, C. (2018). Entre sexo e gênero: Um estudo bibliográfico-exploratório das ciências da saúde. Saúde e Sociedade, 27(1), 238–251. https://doi.org/10.1590/s0104-12902018170524

Oliveira, A. D. C. B. e Heerdt, B. (2021). Discursos em relação a homens e mulheres da pré-história: possíveis implicações no ensino de Biologia. Amazônia: Revista de Educação em Ciências e Matemáticas, 17(38), 71-87.

Scott, J. W. (1995). Gênero: uma categoria útil de análise histórica de Joan Scott. Educação & realidade. Porto Alegre. Vol. 20, n. 2 (jul./dez. 1995), p. 71-99.

Spizzirri, G; Pereira, C. M. A. e Abdo, C. H. N. (2014) O termo gênero e suas contextualizações. Trabalho publicado pelo Programa de Estudos de Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. São Paulo.

Stoller, R. J. (1968). Sex and Gender: On the Development of Masculinity and Femininity. London: Hogarth Press.

Vidor, C. D. B., Danielsson, A., Rezende, F. & Ostermann, F. (2020). What are the Problem Representations and Assumptions About Gender Underlying Research on Gender in Physics and Physics Education? A Systematic Literature Review. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 1095–1132. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2020u10951132.

Descargas

Publicado

2023-12-01

Número

Sección

Trabajos presentados a REF

Cómo citar

Uma reflexão sobre gênero e sexo nos periódicos de física e ciências. (2023). Revista De Enseñanza De La Física, 35, 299-304. https://revistas.psi.unc.edu.ar/index.php/revistaEF/article/view/43333