Movimento estudantil na ocupação de escolas e defesa da educação pública de qualidade.

Autores

  • Erlando da Silva Resês
  • Marcilon Duarte

DOI:

https://doi.org/10.61203/2347-0658.v6.n1.17116

Palavras-chave:

Movimento Estudantil, Parceria Público-Privada, Organizações Sociais, Escola Pública

Resumo

O presente trabalho apresenta a resistência do movimento estudantil à implantação da parceria público-privada, via Organizações Sociais, no Estado de Goiás/Brasil. Iniciamos apontando elementos reflexivos sobre participação política e ação coletiva e uma breve trajetória histórica do Movimento Estudantil no Brasil, registrando desde as primeiras lutas dos estudantes até os dias atuais. A reforma de Córdoba ganha destaque quando apresentamos a origem do movimento estudantil e suas reivindicações.  Como e por que aconteceu a ocupação das escolas, realizada pelo movimento estudantil no Estado de Goiás, no período de dezembro de 2015 a fevereiro de 2016?  Estamos diante de um novo paradigma de luta? Que luta foi essa e o que ela representa para a Educação? Para dar cabo destas questões recorremos à pesquisa bibliográfica e entrevista com estudantes. Na historiografia, a luta estudantil representava a busca pela superação do status quo em uma sociedade que adotava o regime militar e noutro instante, o foco foi o enfrentamento da política neoliberal, com a instituição de privatizações pela via da implantação de contratos de gestão e aplicação de Organizações Sociais. As ocupações de escolas públicas representaram/representam a tática de luta do movimento estudantil na atualidade.

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Publicado

2017-06-30

Edição

Seção

Dossier especial: "A cien años de la Reforma Universitaria de 1918. Los Estudiantes y la Reforma".

Como Citar

Movimento estudantil na ocupação de escolas e defesa da educação pública de qualidade. (2017). Integración Y Conocimiento, 6(1). https://doi.org/10.61203/2347-0658.v6.n1.17116

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