A Educação Superior no labirinto da pandemia.
DOI:
https://doi.org/10.61203/2347-0658.v10.n1.31966Palavras-chave:
Educação Superior; educação a distância; pandemia.Resumo
De que maneira a Educação Superior enveredou no labirinto em que se transformou a pandemia advinda com a contaminação pelo SARS-Cov-2? Confrontam-se novos e antigos problemas do meio educacional, acompanhados de soluções óbvias e das mais diferentes. Dentre as propostas e práticas, o uso de tecnologias da informação e comunicação, enquanto perdurar a tragédia que se alastra, vindo em ondas ameaçadoras de vidas. Estas se encontram tanto nas instituições educacionais, quanto ao seu redor, posto que crianças e adolescentes, nas escolas, e outros a frequentar instituições de Educação Superior, todos têm seus pais, responsáveis e familiares com quem interagem socialmente. O uso dessas tecnologias atende aos desafios da educação como um todo? Existem já tentativas de eternizar o provisório? Surgem estas outras perguntas ao longo das análises. Recorre-se à literatura especializada, e não apenas, pois estudos anteriores realizados pelos autores contribuem para lembrar que os quatro pilares da educação para o século XXI propõem princípios de práticas projetadas para este período mesmo, mal iniciada sua segunda década, com abrangência nas perspectivas cultural e de humanização dos envolvidos em processos educativos. Apesar de ser concebido para a educação básica, o Relatório Delors aplica-se à Educação Superior na medida em que prioriza a contínua renovação do conhecimento. É mesmo a promoção de uma educação dialógica, conforme a proposta freiriana, buscando-se a permanente articulação entre aspectos informativos e formativos da educação.
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