A interculturalização do Ensino Superior, uma estratégia contra o racismo
DOI:
https://doi.org/10.61203/2347-0658.v10.n2.34076Palavras-chave:
Ensino Superior, Racismo, Discriminação, Interculturalização.Resumo
Este trabalho propõe-se oferecer uma perspectiva das respostas ao racismo nas instituições de ensino superior do Uruguai, onde é recente pensar de forma manifesta do ponto de vista étnico-racial, tanto na sociedade em geral quanto nas instituições educacionais em particular. O Uruguai foi moldado e considera-se mais próximo da Europa do que da América Latina em sua composição étnica, seus costumes e sua cultura. Isto deve-se, em parte, à presença forte de fluxos migratórios vindos da Espanha e da Itália na fase de conformação nacional, bem como às ações deliberadas de invisibilizar os grupos étnicos indígenas e africanos e tipos sociais como o gaucho. Os relatos identitários ficaram com essa marcaenganosa e preconceituosa, própria da história escrita de uma perspectiva só. O artigo começa com uma contextualização dirigida a atitudes negativas em relação às pessoas de origem indígena, que parecem fazer parte da vida quotidiana e são
legitimadas por comportamentos e atitudes discriminatórias, que em muitos casos nem sequer são reveladas
e denunciadas, muito menos são promovidas acções educativas e institucionais para a prevenção e eliminação
do racismo, apesar de a Bolívia ter regulamentos em vigor contra o racismo e todas as formas de
discriminação. Embora algumas universidades organizem actividades educacionais sobre o tema da
interculturalidade e da socialização dos regulamentos sobre o racismo, não são desenvolvidas acções
educacionais específicas para identificar formas de racismo institucional e discriminação praticadas por
diferentes actores educacionais, principalmente estudantes e professores, nem existem estratégias para
abordar a questão nos processos pedagógicos. Este artigo visa contribuir com elementos de reflexão sobre as
atitudes racistas e discriminatórias presentes nos espaços do Ensino Superior, que em muitos casos são
encobertas ou simplesmente ignoradas como se fossem algo "natural". As próprias universidades não
contribuem para a compreensão do racismo por parte dos actores educativos para a sua adequada reflexão.
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