Unir o corpo, o tempo e o espaço a partir do Sul Global: Filosofar a partir da Nossa América
Palavras-chave:
América Latina, ciências sociais e colonialidadeResumo
O presente texto é uma revisão sincera e agradável de um livro com poder local e ao mesmo tempo regional, organizado em capítulos que abrem diferentes janelas para as Ciências Sociais, sob o título "Interpelaciones críticas a las ciencias sociales y las humanidades desde América Latina", coordenado pela Dra. Paola Gramaglia. Da viagem através dos diferentes textos desta compilação, destaco e analiso os debates propostos pelos autores sobre diferentes aspectos da colonialidade do poder, do ser, do conhecimento e do género. A colonialidade é identificada mesmo nos agentes e movimentos sociais que são contra-hegemónicos, tais como os feminismos. Ao longo do livro, vemos como é complexo questionar o conhecimento universitário de dentro da própria universidade, e os autores sabem-no, razão pela qual fazem um esforço para desmantelar e destacar o que acontece aos discursos contra-hegemónicos quando são capturados pelo discurso académico e neoliberal. Além disso, a forma como as pessoas trabalham sempre contra nós próprios, em favor do nosso próprio domínio, especialmente visível em estruturas como as universidades. A particularidade deste livro é que o foco na mudança social não é particularmente na transformação radical das estruturas, mas sim na agência micro-política dos sujeitos. Esta é uma situação problemática, porque já sabemos neste ponto da teoria social que as opressões nem sempre são materiais, mas vivem dentro de nós, e que nos constituem como sujeitos desde o nascimento. Contudo, há colectivos que ainda resistem e criam face a este contexto adverso, e este livro é um exemplo disso, do encontro de vontades rebeldes que pesquisam, debatem e escrevem para contribuir para desvendar opressões e sonhar novas formas de criar comunidades descoloniais.
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Referências
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